Tenho impressão que se o Cafezinho fosse sediado em Minas, eu teria o privilégio de repetir as experiências literárias de Dostoiévski, em Recordações da Casa dos Mortos e Graciliano Ramos, em Memórias do Cárcere.
Aqui no Rio, a justiça é da Globo. Qualquer processo dos figurões da Globo contra blogueiros e jornalistas, é condenação na certa. Mas eles não tem coragem, ainda, de mandar prender. Ficam apenas nas multas, na ordem de 20 a 50 mil reais.
Nos estados governados por tucanos, a coisa é muito mais pesada. Em Minas, jornalista que fala mal do PSDB é demitido ou preso.
No Paraná, nosso amigo blogueiro Tarso Cabral, do blog do Tarso, foi condenado a pagar mais de R$ 100 mil, e parece que a multa ainda vai crescer muito quando passar para a segunda instância.
Democracia? Liberdade de expressão? Para a nossa mídia, vale apenas para detonar o PT. Denunciar tucano é crime!
Nossa mídia e nossos políticos só se preocupam com blogueiros cubanos e jornalistas venezuelanos.
Blogueiros e jornalistas do Brasil, se não forem amiguinhos dos tucanos e da Globo, que se danem!
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Jornalista mineiro que denunciou caso de Furnas foi preso
QUA, 13/05/2015 – 16:52
ATUALIZADO EM 13/05/2015 – 16:53
Do Blog do Marcelo Auler (Via blog do Nassif).
Curtas: Censura prévia vira moda novamente12 de maio de 2015
Por Arnaldo César
Foi preso, na última segunda-feira (dia 11/05), em Belo Horizonte, o jornalista Marco Aurélio Carone (foto). Ele é diretor do site de noticias “Novo Jornal”. É acusado de pertencer a uma quadrilha especializada em “difamar, caluniar e intimidar adversários políticos”. Seu crime foi ter tornado público a relação de notórias figuras mineiras que se envolveram com o repasse de R$ 40 milhões dos cofres de Furnas para o “Caixa 2” do PSDB. Trata-se do famigerado “mensalão mineiro”.
Uma encrenca da pesada. Suspeita-se que os figurões apontados pelo jornalista também estariam envolvidos com o assassinato da modelo e garota de programas Cristiana Ferreira, em meados de 200. Vamos nos abstrair, contudo, das paixões políticas que envolvem escândalos deste quilate. Fixemo-nos, única e exclusivamente, na prisão do profissional da imprensa. O motivo apresentado pela juíza Isabel Fleck, da 1º Vara Criminal de Minas Gerais, para mandar trancafiar Carone é o de que, se ele ficar solto, poderá vir a fazer novas divulgações sobre o caso.
Ou seja, a Sra. Fleck, no uso de suas atribuições, praticou censura prévia. Exatamente, como se fazia, nos “anos de chumbo” da ditadura militar. Os organismos dedicados à proteção da liberdade de expressão deveriam prestar mais atenção em sentenças como a desta magistrada. Desgraçadamente, a censura prévia voltou à moda nos tribunais deste País.