Quase toda a mídia, e mesmo alguns analistas mais progressistas, acham que é exagero dar tanto destaque aos manifestantes que pedem intervenção militar.
Insistem que eles representam uma minoria do movimento contra Dilma.
Sim, são minoria, mas estão lá, marchando lado a lado com as famílias “pacíficas e democráticas”.
Estão em toda a parte, em todas as manifestações, em todas as cidades, com seus carros de som, suas faixas gigantescas, seus discursos cada vez mais violentos e fascistas.
Eu me permito pensar que se houvesse, de fato, um novo golpe de Estado no país, todas aquelas pessoas “pacíficas e democráticas” que dizem não concordar com intervenção militar (mas que marcham ao lado daqueles que a pedem) aceitariam de bom grado um golpe, se este fosse eficientemente vendido como “democrático”.
Um golpe provisório, uma intervenção cirúrgica, “apenas” para livrar o país das garras do PT.
A disposição psicológica daqueles que marcham contra Dilma não é de gente que quer pressionar o governo a agir assim ou assado, a fazer isso ao invés daquilo.
Eles querem derrubar o governo e mudar a direção do país, à base do grito, sem respeitar o sufrágio universal.
São pessoas com espírito violento, mesmo que marchem pacificamente, e nada mais emblemático disso do que a moda coxinha de tirar selfies com policiais militares.
Eu mesmo testemunhei uma cena assim, neste domingo, em Belo Horizonte.
Por que essa admiração pela força bruta, pelas armas, numa manifestação política?
Porque entendem que a mudança deveria ser feita à força, sem respeitar o jogo democrático.
E também porque entendem a força bruta como algo que lhe pertence historicamente, como elites.
Por isso querem o impeachment ou intervenção militar.
Manifestar-se contra o governo (ou a favor) é perfeitamente democrático.
Mas esses protestos deste domingo, assim como outros similares, não são, de maneira alguma, manifestações tocadas com espírito democrático.
Foi exatamente assim que aconteceu em 1964.
Os jornais, como hoje, não vendiam que haveria golpe.
Não diziam que haveria ditadura.
As manchetes e os editoriais sempre manipularam a opinião pública.
Venderam o golpe como “retorno à democracia”.
Venderam a ditadura como o fim da “república sindical”.
Hoje, a grande mídia, em especial a Globo, esconde as faixas e os carros de som que pedem intervenção militar.
Por que?
Porque, mais uma vez, querem vender o seu golpe como “democrático”.
A grande mídia não faz editoriais, nem nos jornais impressos, nem na TV, contra a intervenção militar.
Quem cala, consente.
Abaixo, um videozinho rápido com algumas imagens sobre os defensores da intervenção militar, neste domingo, dia 12 de abril, em São Paulo.
Há uma cena antológica.
O senhor pede intervenção militar, e aí quando aparece um militar pedindo para ele tirar o seu ônibus de um lugar proibido, ele diz que “não há liberdade”.
A “intervenção militar”– Se os militares não ocuparem o poder, os bandidos acabam com o país em poucos meses…- Senhor, por gentileza, esse ônibus é do senhor? Peço para o senhor retirá-lo aqui da Paulista. Ou por bem, ou a gente vai guincharhttp://glo.bo/1ErRu2b
Posted by Época on Domingo, 12 de abril de 2015
Se não conseguir assistir, clique aqui.
Outro vídeo bem louco, da manifestação no Rio, mostra coxinhas furibundos perseguindo, xingando, por pouco não agredindo fisicamente uma senhorinha que usava uma roupa avermelhada. Assista abaixo.
Black Squad Montage
09/07/2016 - 16h45
Sitezinho Comunista.
Majori
14/04/2015 - 14h07
hahahah,,,,
Viu só….. eles querem outro tipo de intervenção militar,, aquela do tipo que lhes
permitiriam fazer de tudo….até….m..
Parabéns ao policial que agiu com respeito e boa conversa.
Sidnei Brito
13/04/2015 - 18h55
Acho que vale a frase extraída do Hamlet, de Shakespeare: “há método na loucura”!
Sim. Os caras parecem loucos, mas há método na loucura deles.
E essa loucura, não tenho dúvidas, é puro diversionismo – daí haver uma lógica.
Um ou outro realmente não tem noção histórica, sem dúvida. Mas parte para lá de considerável – provavelmente maioria – sabe que o tempo dos militares passou: não há clima para aventuras militares, e a relativa quietude nos quartéis indicam que nem eles mesmos estão lá muito interessados.
Os militares de hoje em dia são Judiciário, MP e PF. O golpe passa por eles. Miremo-nos em Honduras e Paraguai.
E admitamos: não tivessem Chávez e os Kirchners dado uma boa mudada nas cortes supremas de seus países, e mesmo Venezuela e Argentina já teriam sofrido seus golpes legais.
Mas para dar uma disfarçada, melhor sair com uma faixa clamando por “militar intervention”!
josé eduardo franzon
13/04/2015 - 15h24
Terceiro tempo com o mineirinho Milton Neves!!!! nota 10!!!!!! Terceiro tempo com o Mineirinho Aécio Porto!!!! fracasso!!! total!!!
Eronilce Machado
13/04/2015 - 15h40
Mistura de ignorantes com burrice
Alexandre Freitas
13/04/2015 - 12h40
Eu estou com vergonha de explicar isto para um estrangeiro.
Vinicio Schumacher Santa Maria
13/04/2015 - 12h32
Excelente! Levei!
Karla Viana
13/04/2015 - 12h10
Ao passar perto da área fechada e restrita para a manifestação na Praça da Liberdade em BH, um truculento flanelinha disse, aqui só passa quem quer tirar a Dilma, se não for vai embora….
Edson Junior
13/04/2015 - 10h45
Com certeza, intervenção prende muita gente, quem tem c tem medo!
Eduardo Moreira
13/04/2015 - 09h08
Pronto atendimento exemplar. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Ge Munhoz
13/04/2015 - 03h36
Eu nao vi isso. Eu nao ouvi o que este Sr. disse. nem da pra comentar, tamanha ignorancia.
Arlene Fatima Vicente
13/04/2015 - 03h26
Na boa, acho que os militares devem sentir vergonha de terem uns fãs desse naipe. Nem eles merecem.
Pedro Henrique Passos
13/04/2015 - 03h23
pediu? chegou!
Pedro Henrique Passos
13/04/2015 - 03h22
https://www.facebook.com/video.php?v=10152779539606430
Alayr Ferreira
13/04/2015 - 11h46
KKKKKKKKKKKKKKKKK . O militar interviu!!!! KKKKKKKKKKKKKKK
Marcelo Lemos
13/04/2015 - 14h38
Maravilha. Intervenção militar mas não contra eles mesmos. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. muito bom!!!
Sandra Francesca de Almeida
13/04/2015 - 03h17
#AceitaDilmaVez
Cícero Alves
13/04/2015 - 03h00
Marúzia Coelho Ferreira
13/04/2015 - 02h48
Essas famílias “pacíficas e democráticas”sao de uma naïveté touchante!
Beto Mafra
13/04/2015 - 02h43
E quando os intervencionistas ficam sob intervenção militar, o que acontece?
https://www.facebook.com/Beto.Mafra.o.querido/posts/955819627795755?pnref=story