E assim vai caindo mais uma farsa…
A história é bem diferente da narrativa midiática, com auxílio luxuoso da “República do Paraná”.
***
Lava Jato: Os equívocos de Sérgio Moro e MPF segundo Paulo Roberto Costa
SEX, 10/04/2015 – 14:36
ATUALIZADO EM 10/04/2015 – 15:01
Por Cíntia Alves, no GGN.
Jornal GGN – Na petição enviada ao juiz federal Sergio Moro nesta quinta-feira (9), a defesa do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, um dos principais delatores da Lava Jato, reafirma tudo que foi dito às autoridades da operação que investiga os casos de corrupção na estatal – embora a Folha de S. Paulo tenha noticiado que Costa “mudou” o depoimento dado em 2014.
O objetivo da petição é o perdão judicial a Costa, mas a defesa aproveitou para listar 17 itens na denúncia apresentada pelo MPF e nas informações colhidas por Moro que precisam de “pontuação”. Em alguns casos, os advogados rebatem informações prestadas por outros investigados.
O primeiro item repercutiu na mídia nesta sexta-feira (10), pois o tema já havia rendido manchetes escandalosas sobre a destinação de 1% a 3% de “propina” a partidos políticos da base governista.
Segundo a Folha, Costa “recuou” da informação de que a propina aos partidos era fruto de “superfaturamento” em contratos assinados pela Petrobras com o cartel de empreiteiras. Segundo o delator, não é correto falar em “sobrepreço” nos contratos porque os valores saiam, na verdade, da “margem de lucro” das empresas.
“Os valores dos contratos assinados pela Diretoria de Serviços variavam entre 15% e mais 20%. As empresas repassavam em média até 3% (1% para o PP e 2% para o PT) . Estes valores eram retirados da margem das empresas. Assim, se uma empresa oferecia uma proposta de 15% acima do orçamento básico e repassava os 3% ela ficava com o lucro de 12%, no caso de não repasse, ficaria com um lucro de 15%. (…) Assim não se pode dizer que houve sobrepreço.”
Ao contrário da Folha, o Estadão sustentou que, com essa observação, Costa esclareceu esse ponto específico das denúncias. De qualquer maneira, a fala tem potencial para impactar na Operação Lava Jato. As autoridades envolvidas terão de apurar se resta prejudicada a versão de que o cartel combinava sobrepreço com o envolvimento de políticos e funcionários da Petrobras, lesando os cofres da estatal com obras superfaturadas.
Propina x dinheiro não declarado
Outro item corrigido pela defesa de Paulo Roberto Costa diz respeito à interpretação equivocada por parte do juiz Sergio Moro de que o dinheiro apreendido na casa do ex-diretor era fruto de propina. Segundo a correção, o montante foi obtido de maneira legal, ao longo de seus anos na Petrobras, mas não foi declarado à Receita Federal. Na denúncia, Moro transformou “valores não corretos” em “propina”. A petição contém trecho de interrogatório sobre a origem dos recursos:
— E esses valores que foram apreendidos na sua residência, que era setecentos e sessenta e dois mil reais, cerca de cento e oitenta mil reais e mais dez mil euros, qual que era a origem desses valores – perguntou o juiz federal.
— É, a parte de euros e de dólar eram valores meus. De dólar que eu tinha durante a vida toda guardado, e euros tinha dez mil euros lá de uma viagem que eu fiz à Europa, tinha feito há pouco tempo. Os valores, os outros, era setecentos e poucos mil reais, eram valores não corretos – respondeu Costa.
A defesa de Costa ainda corrigiu a denúncia de que o cartel de empreiteiras atuava na Petrobras “de forma plena e consistente, ao menos de 2004 a 2013”. “(…) os contratos, desde o orçamento básico do projeto à licitação em si, eram enviados para aprovação e assinatura da Diretoria Executiva, para somente após ser conduzido pela Diretoria de Serviços. Antes do final de 2006 não havia nenhuma obra de grande porte na área de atuação do defendente [Costa].”
Nos itens restantes, há as seguintes ressalvas:
– Paulo Roberto Costa não conhecia as empresas de fachada de Alberto Youssef
– O delator desconhece também os trabalhos da Labogen e da Petroquímica
– Costa não operava lavagem de dinheiro
– Costa não tratava de valores com Julio Camargo nem com ninguém. Esse papel era José Janene e, depois, de Youssef
– Nada se concretizou no que tange o recolhimento de fundos, com ajuda de Costa, para a campanha do senador Lindbergh Farias (PT). E Costa também não teve tratativas com Mateus Coutinho, da Construtora OAS
– Nas obras dos gasodutos Pilar-Ipojuca e Urucu-Coari participaram as diretorias de Gás e Energia (à época, com Graça Foster) e Serviços (Renato Duque), e não da Diretoria de Abastecimento, ao contrário do que consta na denúncia
– Costa não conhecia Rogério Cunha, da Mendes Junior
– Ao contrário do que consta na denúncia do MPF, não é correto dizer que a Petrobras admitia “funcionários inexperientes”. “O processo interno sempre foi muito rígido e seu quadro de funcionário sempre foi muito bem qualificado e com experiência.” “(…) as normas da Petrobras eram seguidas à risca. O processo [de contratação] passava pelo Jurídico e somente seguia para a Diretoria Executiva depois de aprovado pelo órgão jurídico”. E ao contrário do que diz a denúncia, a estatal segue “o processo licitatório nos termos da Lei 8.666/93.” Quanto a contratos aditivos, a Diretoria Executivo só deliberava após a aprovação da Diretoria de Serviços.
– Costa, em várias oportunidades, aprovou a participação de empresas de menor porte nas licitações da Petrobras, mas foi “criticado pelas empresas do cartel”, que diziam que ele iria “quebrar a cara”
– A informação constante na denúncia do MPF de que Costa e Youssef recebiam com antecedência uma lista com as empresas que venciam as licitações é uma “inverdade”. O que Costa sabia é que as empresas que integravam o cartel certamente participavam do certame
Como Paulo Roberto Costa foi o primeiro a firmar o acordo de delação premiada na Lava Jato, os advogados pedem que seja concedido a ele o perdão da justiça ou a redução da pena. Costa está em prisão domiciliar, no momento.
A petição, na íntegra, está disponível aqui.
Iara Pinheiro
12/04/2015 - 05h12
Quem se referia e se refere, aos valores como “propina” foi sempre a oposição nos discursos, o juiz nas perguntas e MP nas denuncias, o que é perfeitamente de se esperar, e a mídia nas notícias. Os Delatores sempre se referiram como “comissões” e doações aos partidos. Agora dá pra entender que isso tudo acontecia fora da Petrobrás. COMO FICA O BALANÇO DA PETROBRÁS, uma vez que esses valores saíram dos lucros das empresas e não da própria Petrobrás, já que não havia “sobre valor” nos contratos???????????
Carmem Witt
12/04/2015 - 01h57
já passou as eleições, o candidatinho favorecido, felizmente =perdeu,,,,
Custoso S Cicero
12/04/2015 - 01h30
mentira tem perna curta … aprendi isso no primário ,
Paulo Gonçalves
11/04/2015 - 18h35
E agora como fica o Juiz do PSDB?
Luís CPPrudente
11/04/2015 - 18h29
O juiz do PSDB seria o Dr. Moro (a Personalidade do Ano da Famiglia Marinho)?
Paulo Gonçalves
11/04/2015 - 18h35
E agora como fica o Juiz do PSDB?
Carmem Witt
12/04/2015 - 01h59
vai fazer filme em holliwood, sobre a 2′ guerra , é só colocar um bigodinho..kkkaaa
Luís CPPrudente
12/04/2015 - 10h47
o Dr. Moro Tucano se tornou o sósia perfeito daquele demente chamado Hitler. Eles se parecem psicologicamente.
a vida como ela é
11/04/2015 - 15h26
Perguntas: Qual versão é a verdadeira?
Quantas versões ainda teremos?
A quem interessa mudanças de versões?
E aquela michariazinha, que ele se comprometeu a devolver? Deve ficar com ele pois é fruto do seu árduo trabalho ao longo da vida
Cícero Alves
11/04/2015 - 15h14
A Versão nunca mudou ! Ele disse a verdade, e disse o que interessava ao pessoal da República do Paraná ! Eu escutei o ÁUDIO da Delação Global sem recortar nada para colocar no Jornal Nacional ! O Delator Global, no Programa Eleitoral da República do Paraná, disse que as LICITAÇÕES eram providenciadas por FUNCIONÁRIOS DA PETROBRÁS que não aceitavam interferência externa. SE houvesse IRREGULARIDADES nas LICITAÇÕES, os Funcionários já estariam presos.
Carmem Witt
12/04/2015 - 02h01
tudo ano ELEITORAL, para favorecer o nariz de farinha…só isto, por isto, distorceram o depoimento…..e a direitalha se cala,,cadê ela????/….hum
Luís Eduardo Guedes
11/04/2015 - 14h53
Mas agora o estrago já foi feito
paul moura
11/04/2015 - 11h22
Parabéns Miguel.
Caio Rampazo
11/04/2015 - 10h04
Quem tinha que comprar as ações da Petrobras a preço de banana já comprou. Quem domina o mundo são os homens de negócio e não governos. Até Obama se ferrou na mão deles. E agora Moro, e agora Aécio, PSDB, DEM, o tsunami está passando, mas o Soros com certeza ficou muito, muito, muito mais bilionário.
Pedro Gomes Brasil
11/04/2015 - 09h20
— E esses valores que foram apreendidos na sua residência, que era setecentos e sessenta e dois mil reais, cerca de cento e oitenta mil reais(USD) e mais dez mil euros, qual que era a origem desses valores – perguntou o juiz federal.
Arnaldo Nogueira
11/04/2015 - 02h25
Pois é, típico caso de torcer a verdade até ela chegar aonde se quer.
Paulo Bastos
10/04/2015 - 23h04
Isto é simplesmente surreal. Que delação premiada é esta, onde o investigado muda seu depoimento a bel prazer. Por acaso ele será punido ? Fica a pergunta…
GILDASIO
10/04/2015 - 20h59
Este espaço tem de ser preenchido com análises de vários juristas a respeito do tema. Existem várias perguntas e suas respostas precisam ser abalizadas. Precisamos de credibilidade jurídica. Faço a seguinte pergunta: Se todo dinheiro saiu da Petrobras(Petrolão), por que ninguém foi acusado no crime de peculato?? Afinal de conta, este dinheiro pertence a quem?? Confesso que não estou entendendo mais nada.
Maria Alice Pavan
10/04/2015 - 23h42
Mara Sallai.
Antonio Moreira da Silva
10/04/2015 - 23h37
interessante……………..
Arthur Caria
10/04/2015 - 22h01
Perfeito!
Conceicao Falcao
10/04/2015 - 21h57
Que confusão do MPF E DO MORO, todos devem ser afastados
Amara Silva
10/04/2015 - 21h50
VIGIAI E ORAI… QUE A VERDADE APAREÇA.
Roque Pinto
10/04/2015 - 21h41
Cada vez mais penso no PT – e como partidos tradicionais e mídia corporativa os odeia encarniçadamente – como uma anomalia da Matrix. Não podia ter existido e se existiu jamais poderia ter chegado onde chegou. O problema é que eles ficaram embriagados com poder e dinheiro, passaram a imitar as falcatruas que os antecediam, e jogaram no lixo a chance de fazer um país melhor. E apanham não pelos erros, mas pelos acertos.
Anônimo
11/04/2015 - 13h29
…”como uma anomalia da Matrix”…
Perfeito.
Mas deixou de ser “anomalia” para ser o neoPT.
Será que os Smith’s permitirão?
Roque Pinto
10/04/2015 - 21h37
Mas a estratégia da mídia sempre foi criar sua versão dos fatos, simplificá-la à Homer Simpson e massacrar o PT, que ao ficar acuado passa o atestado público de culpa.
Fernando Américo Teixeira Delavy
10/04/2015 - 21h35
Será que a versão mudou pq o ataque à Petrobrás naufragou? Agora, que a Petrobrás não afundou para ser vendida de vez, a verdade ganha um pouquinho mais de espaço? Ou PRC está mentindo de novo?
O Cafezinho
10/04/2015 - 22h18
quem pode saber? entretanto prova uma velha máxima jurídica, de que a delação é a prima pobre das provas.
Maria Penha da Silva
11/04/2015 - 10h11
O Sr Paulo Roberto Costa se desdizendo, nos permite perguntar aos globais, aliás, não só aos globais…: E agora jornalistas nada éticos e à serviço da mídia golpista? Não foram os senhores que levaram o povo à acreditar q nas delações premiadas ninguém mente… e q haveria provas do q foi delatado… E agora? O Paulo Roberto Costa, está retirando o que disse!!!! E AGORA????????????? Globo? Band? Silvio Santos? Globo News? BandNews? Veja e aquela capa baixamente golpista no dia da votação/2o turno? O Globo A FolhaSP? Estadão? EtecEtcEtc???? Um vale tudo pelo Aécio… E AGORA?????????????
Henrique Pedro
11/04/2015 - 23h45
Ele mentiu antes ou agora ? Foi comprado antes ou agora ? Não vamos analisar por paixão como se fosse um clube de futebol, o importante é ter a investigação e os culpados serem punidos independente do lado!
Arthur Caria
10/04/2015 - 21h31
Importantíssimo, Roque Pinto