Ser blogueiro político no Brasil nos torna atores de um filme de ação, do tipo Velocidade Máxima. A quantidade de coisas que acontecem em 48 horas devem corresponder a uns dois anos de vida política na Suécia.
De vez em quando, o acúmulo de notícias a serem comentadas me obriga a adotar um estilo que não gosto muito, o de fazer um pout-pourri com vários assuntos.
Não tem jeito, vamos lá. Os assuntos de hoje são:
1) Nomeação de Michel Temer para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), responsável pela relação política entre governo e congresso. Temer é o atual vice-presidente da República, além de presidente nacional do PMDB. Ele vai acumular os cargos.
2) A votação da o PL 4330, que permite às empresas contratar, em regime de terceirização, mão-de-obra destinadas às atividades-fim da companhia. Ou seja, amplia, de maneira descontrolada, a terceirização no país, que já é enorme.
3) A compra da BG pela Shell, o que é um sinal poderoso do interesse estrangeiro no pré-sal brasileiro.
4) França concordou em ceder ao Brasil a lista completa dos nomes de brasileiros proprietários de contas secretas no HSBC da Suíça.
5) Uma constatação perturbadora: o doleiro Alberto Youssef, pego nos esquemas do Banestado pelos mesmos procuradores e pelo mesmo Juiz da Lava Jato, usou a sua primeira delação premiada para detonar seus concorrentes; e saiu maior do que entrou. Antes era um doleiro local, depois virou um doleiro nacional. Quem patrocinou, com a cumplicidade do Judiciário e do Ministério Público, a sua ascensão meteórica?
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Assunto 1: Foi a melhor cartada de Dilma.
Uma cartada tão boa que a gente fica pensando: por que não fez antes? O ministro anterior, Pepe Vargas, representante da minoria da minoria do PT era uma das razões principais do embaraço político em que se meteu Dilma nos primeiros meses de governo. Vargas é gente boa e tal, mas não tinha nenhum peso político para o cargo que ocupava.
Temer, em alguns dias, já conseguiu ao menos uma grande vitória: enterrar a CPI do BNDES, de iniciativa do espertíssimo Ronaldo Caiado, desesperado para desviar as atenções públicas da lavação de roupa suja que presenciamos entre ele e o senador Demóstenes Torres.
Aliás, pela bilionésima vez tivemos prova da blindagem da mídia desfrutada pelos caciques da oposição. Se qualquer homem do PT fosse contemplado com os adjetivos e a acusações que Caiado recebeu de Demóstenes Torres, haveria um batalhão de repórteres investigando a procedência de tudo, fazendo investigações minuciosas, explorando ad infinitum as repercussões junto a outros políticos, produzindo charges, editoriais, etc.
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Assunto 2: A votação da PL da terceirização voltou a promover um alinhamento ideológico raro no Brasil, e que tínhamos visto no segundo turno das eleições de 2014.
Ficou patente que a esquerda real tornou-se minoria no Congresso Nacional. Já era antes, ficou ainda menor.
Evidencia-se também a importância da comunicação de massa.
À diferença de outros países democráticos, onde há jornais e tvs progressistas com grande audiência, o Brasil sofre com o discurso único da mídia. Todos os canais de TV, todos os grandes jornais, fazem parte do mesmo cartel ideológico, cuja cabeça é a Rede Globo. No dia da votação da PL 4330, o Jornal Nacional noticiou as manifestações organizadas pela CUT em todo o Brasil em tom de sarcasmo. O foco era apenas mostrar a quantidade, e não as pautas. Não houve entrevistas com profissionais especializados em mercado do trabalho, do lado dos trabalhadores, apenas com o lado dos patrões.
As manifestações maiores, como a de Recife, foram exibidas à jato. O foco foi nas manifestações menores, mais simples, com objetivo de desmoralizar o movimento sindical.
Aliás, outra diferença entre o Brasil e outras democracias é que mesmo a direita política defende o direito dos trabalhadores nacionais, até para contrapor-se ao direito de imigrantes estrangeiros. Aqui, não. A direita é entreguista e anti-trabalhador 100%.
Entretanto, foi uma tremenda vitória de Pirro desses partidos, sobretudo por parte do PSDB. Porque deu à esquerda, para os anos vindouros, uma prova física concreta de quem foi se posicionou contra o direito dos trabalhadores, e quem lutou a seu favor.
Outro fator que me chamou a atenção: a direita precisa de lutas rápidas, urgentes, para ganhar suas batalhas. Lembrei-me das privatizações, sempre feitas a toque de caixa, para impedir que a sociedade se organizasse, que o debate fluisse por todos os caminhos.
A concentração dos meios de comunicação em mãos de poucos, e o posicionamento ideológico conservador e anti-trabalhista destes meios, faz com que os debates pela esquerda sejam demorados. A movimentação dos setores progressistas é sempre lenta, porque precisa ser feita quase manualmente, através de encontros físicos, debates presenciais. As informações publicadas em blogs demoram dias, semanas, para atingirem um púbico que a grande mídia atinge em segundos, horas, ou no máximo 2 dias. Mais uma vez, isso me lembrou o segundo turno eleitoral de 2014. Após a passagem do primeiro para o segundo turno, Aécio chegou como vencedor, divulgando pesquisas em que estava até dezessete pontos na frente.
O diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, divulgou pesquisa, através da Istoé, em que Aécio tinha quase 60% dos votos válidos, contra 41% de Dilma. Comentando sua própria pesquisa para a Istoé, Guedes afirmaria: “O tamanho da rejeição à candidatura de Dilma, torna praticamente impossível a reeleição da presidenta”.
Como esquecer aquela capa do Brasil 247, dizendo que Aécio “já está eleito”?
Hoje alguns analistas políticos da oposição falam que Dilma não ganharia novamente as eleições. Ora, porque eles falam isso? Porque a oposição vem fazendo campanha diuturnamente, através da mídia, enquanto o governo manteve, até pouco tempo, um estranho silêncio, como que envergonhado de sua própria vitória, ou como que se fingindo de morto para ver se os predadores passavam adiante, esquecendo-o.
Uma campanha pressupõe a oportunidade de todos os espectros explicarem suas plataformas políticas.
Com a divulgação daquela pesquisa Sensus, a oposição e a mídia tentavam criar um “fait accumpli”, ou seja, um fato emocional desmobilizador, uma sensação de batalha perdida junto a um campo que ainda começava a ser organizar para enfrentar o segundo turno eleitoral.
Na época, eu escrevi que a esquerda precisa sempre de, no mínimo, duas semanas para se organizar, e isso quando há grande tensionamento político, como um segundo turno eleitoral.
A cada vez que a direita estoura um factoide midiático de impacto contra o governo e o PT, o campo progressista precisa digeri-lo, analisá-lo, desmontá-lo, e essa contrainformação demora dias, semanas, meses, em alguns casos até anos para ser devidamente processada e respondida.
A comunicação ainda é o grande trunfo da direita política brasileira, mormente porque, através desta hegemonia, a mídia consegue amordaçar boa parte da classe cultural e da intelectualidade, que vive sob chantagem contínua de entrar para “lista negra”, caso se aventure a denunciar as tramoias da imprensa corporativa.
Nos EUA, Europa e Japão, atores, cineastas e escritores se posicionam abertamente, à direita e à esquerda, sem que ninguém perca o emprego ou seja criminalizado por isso. Aqui a barra é muito mais pesada. Está liberado apenas fazer coro à mídia. O resto é proibido.
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Assunto 3: A Shell, uma das maiores petroleiras do mundo, comprou a BG, por mais de R$ 200 bilhões, de olho no pré-sal brasileiro. A movimentação, aliada à forte alta nos papéis da Petrobrás, desmonta a mentira que obscuros interesses pretendiam impor no Brasil: a de que nem Petrobrás nem o pré-sal valiam mais nada.
Valem sim, tanto quanto antes, tanto quanto sempre.
A britânica BG era a empresa que, até então, tinha maior presença no pré-sal brasileiro. Agora é a Shell. A notícia prova também que o declínio das cotações do petróleo representou um teste de força terrível para todas as petroleiras do mundo. Foi ele o principal responsável pela queda nas ações da Petrobrás, e e não as delações premiadas, embora o ataque político doméstico à nossa estatal ter sido usado e abusado para tentar vergá-la, ou mesmo como instrumento de especulação para os fundos americanos comprarem barato mais ações da empresa.
Em entrevista recente à Forbes, o CEO da Shell admitiu francamente: “Nós temos que olhar para o Brazil pelo potencial que existe lá. No momento, é provavelmente a mais excitante área no mundo para a indústria de petróleo”.
De qualquer forma, esse é um terreno onde não podemos ser inocentes. É óbvio ululante que há grandes interesses geopolíticos e econômicos de olho em nossos recursos naturais. Sempre estiveram, e não há razão para que não continuassem assim.
Nunca discutimos, por exemplo, a privatização da Vale. Na verdade, antes mesmo de ser privatizada, a Vale já tinha sido vendida a interesses escusos do capital internacional. Durante décadas, o Brasil exportou minério de ferro a preços absolutamente ridículos. Durante toda a década de 90, até a data da sua privatização, a Vale vendia a tonelada do nosso ferro a 15 dólares, em média. O conteiner que levava o ferro brasileiro valia mais que o seu conteúdo. Depois da privatização, misteriosamente, a cotação do ferro explodiu.
Esse é o tipo de coisa que nos faz pensar no moralismo midiático. Medidas como a PL da terceirização ou a privatização da Vale, correspondem a uma transferência de centenas de bilhões de reais do bolso dos trabalhadores, para meia dúzia de bilionários. Enquanto isso, os pistoleiros da mídia cacarejam que o mensalão é maior corrupção da nossa história, que a Lava Jato é a maior corrupção do mundo…
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Assunto 4: a decisão do governo francês de ceder os dados bancários à CPI do Suiçalão é uma vitória da Política contra o esforço hercúleo da mídia de manter o controle narrativo sobre o escândalo, que envolve barões da mídia e os principais milionários brasileiros.
O Suiçalão vai se fundir, em algum momento, com a Operação Zelotes, porque ambas tratam daquele é o maior crime contra o erário: a evasão fiscal.
Em 2014, segundo o Sinprofaz (Sindicato dos Procuradores da Fazenda Nacional), a sonegação fiscal no Brasil atingiu R$ 502 bilhões. Esse número nunca apareceu no Jornal Nacional, nem em nenhum grande noticiário televisivo. A nossa mídia, além de sonegar impostos, sonega informações essenciais ao povo brasileiro. Ela cria, no povo, o sentimento de que os ladrões estão somente no congresso. Não estão. Estão em toda parte. O grosso da roubalheira acontece nas grandes empresas brasileiras, que praticam uma sonegação que não tem paralelo no mundo. Se o povo tivesse acesso a esta informação, haveria mudança no clima político, e uma pressão maior sobre o poder público para apertar o cerco aos grandes sonegadores.
A CPI do Suiçalão e a Operação Zelotes, eu já disse, produzem uma reviravolta no imaginário nacional. E com razão. Elas são a prova viva, palpável, de que o governo Dilma combate a corrupção.
Mesmo a Lava Jato agora pode ser vista de outra maneira: também passa a ser a prova de que há hoje combate real e corajoso contra a corrupção, ao contrário do passado, quando qualquer investigação contra membros do governo ou de partidos governistas, contra patrocinadores de campanhas, contra banqueiros ou milionários em geral, era algo impensável.
Hoje, não. Hoje todo mundo entra na roda. Os donos da RBS, a filiada à Globo, no Sul. A viúva do Roberto Marinho. Os donos da Folha. Banqueiros. Os homens da privatização, como os Steinbruch.
Desta vez, porém, a mídia não faz infográficos, nem produz editoriais inflamados. Os colunistas não tocam no assunto, com honrosas exceções, como Janio de Freitas, Ricardo Melo e a ombudsman da Folha, Vera Magalhães, que acusam a mídia justamente de não estar dando manchetes, nem capas, nem destaque suficiente a um escândalo cujos desvios são dezenas de vezes, ou mesmo centenas de vezes, superiores aos da Lava Jato.
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Assunto 5: Fernando Brito, meu parceiro de Tijolaço, publicou um post dias atrás que me deixou com uma pulga atrás da orelha. Brito, absorvido pelas dezenas de crises diárias que assolam a nossa política, não voltou ao assunto, mas eu não parei de pensar nele.
Brito aborda o caso do promotor Carlos Fernando dos Santos Lima, que se orgulha, em entrevista para a Folha, de ter mentido aos réus da Lava Jato, tentando arrancar confissões deles.
Lima, assim como o juiz Sergio Moro, tem um longo caso de amor com o doleiro Alberto Youssef. Um era o responsável pelas investigações sobre o Banestado, e já escrevi sobre ele no post “Quem vivia os vigias?“; o outro foi o juiz responsável pelo julgamento de Youssef e por sua primeira delação premiada.
Brito, ao final do post, propõe algumas questões perturbadoras:
“Ou Youssef delinquia nas barbas dos que tinham firmado com ele um acordo de delação, livrando-o da cadeia por bom comportamento que sabiam não ter, ou não se pode deixar de pensar na possibilidade de que tenha se tornado agente, sabe-se lá de quem.
O fato é que, a partir do acordo de delação premiada, Youssef deixou de ser um “ladrãozinho regional” do Paraná, manjado e condenado.
Passou a ladrão nacional, com todas as honras e impunidades por mais de oito anos.”
Pois é.
De fato, tem alguma coisa muitíssimo estranha aí.
Muito, muito, muito estranha!
O promotor Carlos Lima, que posou junto com seus colegas na capa da Folha, como novo paladino na luta contra a corrupção, precisa se explicar.
Sergio Moro, que concedeu a primeira delação premiada a Youssef, também.
Lima investigava José Janene, o deputado federal, líder do PP na Câmara, e parceiro de Youssef na corretora Bônus.
Em 11 de março de 2006, a Folha publica uma matéria na qual Roberto Bertholdo, advogado de Janene, faz acusações gravíssimas contra um esquema montado na 2ª Vara Federal Criminal de Curitiba, onde teria nascido “a indústria da delação premiada”.
Agora prestem atenção: segundo Bertholdo, o espertíssimo Youssef entregou doleiros no Brasil inteiro e se apropriou de seus clientes: “Ele opera com um grupo em que agem a Nelma [Penasso Kodama], de Santo André, e o [Lúcio] Funaro, ex-sócio da corretora Guaranhuns. Esse grupo controla 80% do câmbio no país. No esquema federal, a sociedade do Youssef e do Janene na Bônus possibilitava transformar em dinheiro vivo o esquema de corrupção”, afirmou.
Como é que é?
Alberto Youssef teria usado a “delação premiada” para detonar seus concorrentes, apossar-se de seus clientes e sair livre e muito maior do que antes?
Até mesmo os sócios de Youssef rodaram. Ele permaneceu livre, leve e solto.
A delação premiada pedida pelos procuradores e concedida por Moro (os mesmos procuradores e o mesmo juiz da Lava Jato) ajudou Youssef a ficar mais rico e mais poderoso?
Quem ganhou com isso, além de Youssef?
Será esta razão pela qual juiz e procuradores são tão bonzinhos com Youssef? Porque ele sabe de podres do próprio Ministério Público e do próprio Judiciário?
Que esquema era esse na vara criminal de Curitiba, a mesma de Moro, e frequentada pelos procuradores da Lava Jato?
Para fechar o post, ainda espero que a mídia se aprofunde sobre uma outra delação recente de Youssef, publicada na grande imprensa, mas que esta nunca se preocupou em investigar.
Segundo o doleiro, houve um esquema envolvendo a Denatran, órgão ligado ao Ministério das Cidades, sob responsabilidade do PP (principal partido envolvido na Lava Jato). Reproduzo trecho de matéria publicada na Folha um mês atrás:
(…) Segundo Youssef, o órgão [Denatran] fez um convênio com a Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização para a instituição passar a fazer um registro específico dos veículos nacionais. Sem concorrência, a Fenaseg contratou a empresa GRF para realizar o serviço.
Segundo consta no inquérito, a GRF era de Carlos Augusto Montenegro, presidente do instituto de pesquisa Ibope, que seria responsável pelo pagamento da propina.
“O negócio teria rendido cerca de R$ 20 milhões em comissões para o PP, montante que seria pago em vinte parcelas”, disse Youssef ao depor. “As parcelas eram pagas por um empresário de nome Montenegro, dono do Ibope.”
Montenegro, dono do Ibope…
Como Montenegro é amigo da Globo, nenhum repórter se lembrou de ligar para ele para saber o que tinha a dizer. A Globo simplesmente sonegou a informação, na maior cara de pau. A Veja também.
É o mesmo tipo de silêncio que se impôs sobre a delação de Youssef, dizendo que Aécio Neves recebeu, durante anos, uma propina de US$ 120 mil por mês, proveniente de um esquema entre Furnas e a empresa Bauruense. A fonte de Youssef era José Janene, seu parceiro na Bônus.
O Brasil, definitivamente, não é um país para amadores.
Eunice
12/04/2015 - 12h55
Os tucanos enfiaram vários bancos estaduais no bolso. Em São Paulo, dois.Pra isso fizeram associações com muita gente podre. No O Parana tudo começou no Banestado cuja fortuna desviada jamais foi devolvida exceto trocos, ainda assim não se. Informa direito o paradeiro.Ninguém foi pra cadeia, pois o chefe eh intocável.
armand de brignac
10/04/2015 - 16h03
A DILMA, nova Rainha do Brasil, reina mas não governa. Doravante, só corta fitinha do projeto MINHA CASA MINHA DÍVIDA, aceita credenciais de embaixadores e faz viagens de representação.
Ótimo para nós, porque assim ela erra menos ! Realmente, o Brasil não é para amadores !
revenger
10/04/2015 - 15h29
Youssef é o maior cagueta da história!
Joel Miranda
10/04/2015 - 14h51
Amigos, Youssef é um “espião” do Mora? Vixe, é formação de quadrilha!
Luciano Mendonça
10/04/2015 - 12h47
Devemos agradecer a existência de Eduardo Cunha. Enfim a CUT, a UNE, entidades de esquerda, pensadores, percebem o retrocesso batendo à porta. As bases estão soltas perante a acomodação do discurso inclusivo.
Falta dizer que emprego não cai do céu nem depende do esforço próprio. Nem casa própria, ou acesso à Universidade, ou ao consumo de bens como veículos, motos e celulares. Dizer que isso vem de uma ação política voltada para os pequenos empreendedores – como o MEI – e para os trabalhadores. A comunicação boca-a-boca. A mobilização permanente.
Colocam a culpa na comunicação do Governo, mas o que as “esquerdas” faturaram com a ascensão dos menos abastados, apareceram lá pra dizer que era obra do Governo do PT ou de um governo de esquerda. Nada. É na base que se ganha a comunicação. Hoje há um mote. Desconstruir o projeto de terceirização. Mobilizar as massas.
Os pseudo-evangélicos perceberam um espaço e ocuparam. A bancada da bala, idem. Eles capitalizaram o contentamento com algo e o descontentamento com algo. E se elegeram. Vereadores e Deputados.
Mas e as lideranças sindicais e estudantis, aonde estavam. Na periferia, na porta das fábricas promovendo futuros candidatos? Quem são eles?
Lembro-me de Lula e Meneghelli eleitos. Marinho e Vicentinho e outros sindicalistas. Aonde estão os intelectuais, os professores. Lideranças locais de esquerda. Agora temos na política a necessidade de ocupar o espaço deles, dizendo que o quê eles ganharam não foi de mão beijada, foi proveniente de luta.
Em 2008 disseram não ao desemprego. Lula surfou com a crise lá fora.
Victor Abreu
10/04/2015 - 12h39
Trecho da delação do Paulo Roberto Costa: … sobrepreço de 3% (podemos tirar se achar melhor)…
luiz mattos
10/04/2015 - 11h13
Miguelito tá ficando de cabelo branco.
jose carlos lima
10/04/2015 - 04h11
LULA e Temer precisam ressuscitar o Centro Democratico que foram 61 deputados que sairam do Centrao na Constituinte de 88 o que permitiu ao pais avancar..com esse Centrao comandado por Vu ha nao rola: eh caixao
Meire Souza
10/04/2015 - 04h02
Como tudo isso ficará nos livros de História do Brasil daqui a 10, 20, 30 anos? Não vai ter aluno que consiga entender, nem professor que consiga explicar!
Messias Franca de Macedo
09/04/2015 - 23h59
LÁ VEM O MATUTO QUE CONFIA MUITO MAIS NOS RATOS DO QUE NOS ‘RATOS’ [de duas pernas!]!
… Por que agredir ratos inocentes ao soltá-los no Congresso Nacional, haja vista que o pelegão ‘Paulinho da Forca’ é um rato de carne e osso, terno e gravata?
Esse assessor do corrupto parlamentar deve ter menos neurônios funcionantes do que os pobres ratinhos ingênuos!
E inocentes!
Esses golpistas não respeitam nem indefesos seres do mundo animal!
Ah animais beócios, canalhas e golpistas!
Fascistas estúpidos!
Corruptos até a enésima geração de pilantras e picaretas!
Reforma política JÁ!
Diana Maria Araújo
10/04/2015 - 01h37
Tenha certeza disso !!!!
Amarilia Teixeira Couto
10/04/2015 - 00h38
E não é mesmo!
Fernanda DeFreitas
10/04/2015 - 00h21
tava pensando nisso ontem… para os comuns como eu é muito louco… às vezes ñ dá nem 48 horas… imagina para blogueiros, colunistas, jornalistas e tantos outros que estão engajados na luta diariamente.
Denise Ramos
09/04/2015 - 22h40
Só faltou questionar o fato do enigmático doleiro ter sido agraciado novamente com a delação premiada, uma vez que incorreu no mesmo erro e já havia sido beneficiado antes.
Giovani Blumenau SC
09/04/2015 - 19h10
Miguel
De novo, na sua visão ainda é possível alguma estratégia contra esse PL 4330 do Cunha?
Messias Franca de Macedo
09/04/2015 - 19h04
Homem que soltou ratos na CPI trabalhava para Paulinho da Força
Postado em 9 de abril de 2015 às 5:50 pm
(…)
FONTE: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/homem-que-jogou-ratos-na-cpi-trabalhava-para-paulinho-da-forca/
LÁ VEM O MATUTO QUE CONFIA MUITO MAIS NOS RATOS DO QUE NOS ‘RATOS’ [de duas pernas!]!
… Por que agredir ratos inocentes ao soltá-los no Congresso Nacional, haja vista que o pelegão ‘Paulinho da Forca’ é um rato de carne e osso, terno e gravata?
Esse assessor do corrupto parlamentar deve ter menos neurônios funcionantes do que os pobres ratinhos ingênuos!
E inocentes!
Esses golpistas não respeitam nem indefesos seres do mundo animal!
Ah animais beócios, canalhas e golpistas!
Fascistas estúpidos!
Corruptos até a enésima geração de pilantras e picaretas!
Reforma política JÁ!
Márcia Elizabete Gruzdiv
09/04/2015 - 21h46
Ufa
Cleusa
09/04/2015 - 18h11
Oi Miguel do Rosário! Considero-o um grande jornalista investigativo. Favor me enviar uma conta corrente para que eu possa colaborar com seu corajoso blog. O meu e-mail é o que está acima. Grata! Um abraço, Cleusa
Luís CPPrudente
09/04/2015 - 17h58
Dr. Moro, dr. Youssef, dr. Marinho. Esses são doutores mesmo em destruir o patrimônio público em prol de alguns pilantras.
Luiz
09/04/2015 - 17h52
Isso chega a dar arrepios. Todo paladino da justiça, um dia, vai se ver diante da própria justiça. Justiça demais é injustiça demais. Se esse esquema na justiça de Curitiba for desvendado, ai sim, estaremos diante do maior escândalo público do Brasil, onde raposas tentaram tomar conta do galinheiro. A cara desse juiz não me engana.
Giovani Blumenau SC
09/04/2015 - 17h45
Miguel
No seu ponto de vista, ainda da para batalhar contra esse PL da quarteirização diabólico? Dilma não deveria convocar rede de TV e botar as cartas na mesa e capitalizar denunciando a manobra?
Ieda Couto
09/04/2015 - 20h29
Excelente!
José Soares
09/04/2015 - 20h00
Cada vez melhor. Parabéns. Vou providenciar uma doação para o Cafezinho. Merece.
Cicero Costa
09/04/2015 - 19h45
Verdade absoluta. Esse fato é incontestável, sem discussão..
zé eduardo
09/04/2015 - 16h43
Maravilhoso. Artilharia tão poderosa que é melhor ler com calma e refletir. Mas mesmo à leitura apressada identifico uma correção necessária: “Lima investigava José Janene, o deputado federal, líder do PT,…”. Parabéns, mais uma vez.
Miguel do Rosário
09/04/2015 - 16h59
Obrigado. Já corrigi;
Paulo Guedes
09/04/2015 - 16h41
Só uma correção: José Janene foi líder do PP, nunca do PT.
Miguel do Rosário
09/04/2015 - 16h55
corrigi antes de você comentar, rs. mas obrigado!