A Veja tentou morder Wadih Damous.
Mas foi uma mordida desdentada, de uma revista decadente e sem prestígio.
Repórteres da Veja tem de trabalhar clandestinamente nos dias de hoje.
Ninguém mais, que não seja tucano, quer recebê-los. Quer dizer, com exceção do ministro da Justiça, o petista-tucano José Eduardo Cardoso, que deu entrevista à TV Veja…
Em qualquer universidade, são vaiados.
A nota de Lauro Jardim é só para dizer que Wadih Damous critica o juiz Sergio Moro.
E que, se assumir a vaga de deputado federal, vai continuar criticando.
Ora, não é só o vascaíno Wadih que critica Moro.
As críticas à Moro vem de todos os times.
O decano do STF, Celso de Mello, um ministro ultra conservador, criticou fortemente as ideias de Moro, de legalizar a prisão do réu antes mesmo do trânsito em julgado.
Disse Mello, sobre a tese de Moro: “inaceitável, insuportável, um retrocesso inimaginável”.
Ontem, Moro foi também criticado pelo presidente da OAB-SP, o jurista Marcos da Costa.
Diz Costa, rebatendo Moro: “A presunção de inocência do acusado se estende até o final do processo, quando o acusado não tem mais possibilidade de recorrer da decisão. Isso é básico em um Estado Democrático de Direito. ”
A tese do Moro é incrivelmente fascista, sobretudo se observamos os dados do sistema penal brasileiro. Milhares de brasileiros ficam encarcerados meses ou anos em presídios infectos, e depois são absolvidos em segunda instância.
Ou seja, eram inocentes e ficaram presos injustamente. Eu tenho esses dados aqui, mais tarde eu os publico.
Vários juizes, desembargadores e advogados tem criticado as teses de Moro, considerando-os antidemocráticas.
O jurista Luiz Flavio Gomes, que já foi promotor de justiça e juiz em São Paulo, acusou Sergio Moro de “rasgar a Constituição e a Convenção Americana de Direitos Humanos”.
Mas é Moro quem ganha prêmio da Globo…