A Petrobrás é uma empresa impressionante.
Sob ataque especulativo fortíssimo dos principais abutres do mundo.
Sob ataque político terrível da mídia entreguista nacional.
Esnobada e desprezada pelo coxinhismo fascistoide.
Mesmo assim, a empresa continua fazendo o que é a sua função principal: produzir petróleo.
Nenhuma empresa do mundo, em momento algum na história, conseguiu sair do zero para quase 1 milhão de barris/dia em apenas 8 anos.
Só a Petrobrás.
Mas isso não é destaque em nossa imprensa, claro.
O destaque é a demissão de um gerente.
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Entenda o Brasil: Petrobras bate recorde no pré-sal e notícia é demissão de um gerente!
Por Fernando Brito, no Tijolaço.
A Petrobras está nas manchetes, esta noite, nos grandes sites
Só em petróleo, sem contar o gás, que deve elevar a marca a mais de 900 mil barris-equivalente de petróleo, contra o recorde anterior de 814 mil barris .
Não, mas porque teria demitido o gerente de Comunicação Institucional, Wilson Santarosa, um servidor da empresa que tem como “pecado” ter sido dirigente sindical e ser petista.
Eu estranharia se fosse tucano.
Todos os que acompanham este blog sabe que não deixo de fazer as críticas que acho justas à comunicação da Petrobras, quando acho que merecem.
Mas a função da Petrobras é produzir petróleo, não anúncios, embora os anúncios sejam parte de qualquer estratégia empresarial vitoriosa.
Como já dizia Millôr Fernandes, “quem não anuncia, se esconde”.
Estamos próximos de um milhão de barris diários no pré-sal, que tem oito anos de descoberto, o que é nada em termos de indústria de petróleo.
E de um milhão para dois milhões vai ser em muito menos tempo, com a entrada em operação dos campos de Búzios ( antes, Franco) e de Libra.
Mas o que importa é a intriga política, embora não se tenha notícia de qualquer irregularidade praticada.
Este é o Brasil da mídia: a realidade tem quase nenhuma importância.
E, ainda por cima, uma vingança fria dos tempos em que a Petrobras enfrentou, na internet, os ataques da grande imprensa, com o blog “Fatos e Dados”.
Jornalismo não se faz, aqui, nem com fatos, nem com dados.