Excelente notícia!
Que tenho obrigação de dar, porque essa história da Lava Jato, e o consequente risco à indústria de construção civil, nos tem deixado um tanto alarmistas – e, infelizmente, com argumentos bem concretos.
Por isso mesmo é importante divulgar que o governo conseguiu, ao menos, impedir a paralisação de qualquer obra do setor elétrico.
É exagero, portanto, afirmar que “todas as obras” de infra-estrutura estão paradas.
Na área de energia, quiçá a mais estratégica de todas, as obras continuam sendo tocadas normalmente.
A notícia me dá um fio de esperança de que o Brasil ainda pode emergir ileso, e até mais forte, da operação Lava Jato.
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Nenhuma obra do setor elétrico do PAC está paralisada pela Justiça
23 de Fevereiro de 2015
Um levantamento da Advocacia-Geral da União (AGU) indica que, atualmente, não existe qualquer impedimento judicial ao andamento das obras de usinas de geração e linhas de transmissão de energia do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No total, 54 obras do setor elétrico do PAC já foram questionadas na Justiça, sendo ajuizadas 205 ações. Hoje todas elas estão em execução e algumas já estão gerando energia.
Entre os empreendimentos, o que sofreu mais questionamentos na Justiça, sendo alvo de 37 ações, foi o Complexo do Rio Madeira, que tem investimentos previstos de R$ 24 bilhões. A hidrelétrica Santo Antônio (3.568 MW), que compõe o Complexo, começou a gerar energia em 30 de março de 2012, nove meses antes do cronograma original. No final de 2016, quando estiver totalmente concluída, com 50 turbinas instaladas e em operação, produzirá energia suficiente para atender ao consumo de mais de 44 milhões de pessoas.
Localizada no rio Xingu, no estado do Pará, a Usina Hidrelétrica de Belo Monte também foi acionada na Justiça, sendo alvo de 30 ações que resultaram em 105 medidas judiciais. A usina paraense é o maior empreendimento de infraestrutura do Brasil, com custo estimado em cerca de R$ 30 bilhões, e sua construção está a pleno vapor, tendo 70% das obras civis concluídas. Quando estiver pronta, será a terceira maior hidrelétrica do mundo – atrás apenas de Itaipu e da usina chinesa Três Gargantas. Com capacidade instalada de 11.233 MW, produzirá energia suficiente para abastecer 40% do consumo residencial do país.
Confira o vídeo do Mochilão BR na usina de Belo Monte.
A linha de transmissão Porto Velho (RO) – Araraquara (SP), uma das maiores no mundo, também foi alvo de ação civil pública, mas não houve paralisação das obras. Com 2,4 mil quilômetros de extensão e custo estimado em mais de R$ 7 bilhões, ela cruza o país, do Norte ao Sudeste, para levar a energia das usinas de Jirau e Santo Antônio ao Sudeste por meio do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Com informações da AGU