Recebi texto de uma brasileira que acompanha, preocupada, a situação de Pizzolato na Itália.
Esta brasileira também vive na Itália e acredita em sua inocência, assim como este blogueiro.
Ela diz que as autoridades estão “negociando” a vida de Pizzolato como se fosse um produto.
A deputada ítalo-brasileira, Renata Bueno, apresentou proposta de lei, em 2013, em que denuncia o estado lamentável das prisões brasileiras, e que, por isso, brasileiros presos na Itália não deveriam ser extraditados.
Hoje, numa reviravolta oportunista e sem caráter, enceta todo o tipo de esforço para que Pizzolato seja extraditado para o Brasil.
A coerência, realmente, não é o forte de alguns políticos.
Renata Bueno é filha de Rubens Bueno, líder do PPS na Câmara Federal, e um dos parlamentares da oposição mais raivosa.
Abaixo, o texto da “amiga”.
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Pizzolato é um “bueno” negócio para Renata Bueno
Por Amiga.
O destino e a vida de Henrique Pizzolato estão sendo tratados como um “NEGÓCIO COMERCIAL” entre Brasil e Itália segundo informação da Agência Estadão (Estadão):
Henrique Pizzolato também parece ser um “bom negócio”, para a oportunista carreira política da brasileira Renata Bueno.
No Brasil, nas eleições municipais de 2008, Renata Eitelwein Bueno elegeu-se vereadora na cidade de Curitiba com 4.984 votos. O povo curitibano negou-lhe segundo mandato nas eleições municipais de 2012, quando obteve apenas a primeira suplência no seu partido (PPS) com 4.791 votos.
Bueno que chamou seus colegas vereadores “gentalha”e não foi reeleita no Brasil, decidiu concorrer a vaga na Câmara dos Deputados da Itália pela quota de representação dos italianos no exterior. Como não conseguiu lugar na lista do Partido Democrático italiano, ingressou no movimento cívico USEI (Unione Sudamericana Emigrati Italiani) como primeira candidata. Os 18.077 votos recebidos no distrito eleitoral da América do Sul em fevereiro de 2013 asseguraram-lhe cadeira no parlamento italiano.
Renata Eitelwein Bueno, filha do deputado federal Rubens Bueno e líder do PPS (com posição contrária aos partidos de esquerda), parece ter conseguido seus minutos de fama na imprensa brasileira através do caso de extradição de Henrique Pizzolato, o ex-diretor do Banco do Brasil condenado no processo do “mensalão” e, atualmente, preso na Itália.
O motivo desta segunda prisão se deve à decisão da Suprema Corte italiana (12 de fevereiro) que anulou sentença do Tribunal de Bolonha que, em outubro de 2014, havia decidido por negar a extradição de Pizzolato, dada as inumanas condições existentes nos cárceres brasileiros.
A Suprema Corte italiana aceitou o recurso apresentado pelo governo brasileiro que contratou advogado italiano a “peso de ouro”. Comenta-se nos bastidores que o valor pago foi pelo sobrenome do advogado: Gentiloni, mesmo sobrenome do Ministro dos Negócios Extrangeiros da Itália, Paolo Gentiloni.
Para os senadores italianos, causa estranheza o fato da deputada italo/brasileira, Renata Eitelwein Bueno estar tão empenhada pela extradição de Pizzolato, também cidadão italo/brasileiro, para que ele cumpra pena no Brasil.
O motivo principal da “estranheza” é que a mesma Bueno, no ano de 2013, apresentou proposta de lei ao parlamento italiano, com uma argumentação que foi base para a aprovação de um tratado entre Brasil e Itália o qual permite aos cidadãos italianos, que cumprem pena nos cárceres brasileiros, a possibilidade de requerer transferência para cumprir pena em território italiano, em penitenciárias italianas.
O eloquente e “bueno” motivo apresentado em maio de 2013 pela “buena” Renata Bueno na Itália, pedindo aos parlamentares italianos que aprovassem urgentemente a proposta de lei (tratado) foi este: “ as condições carcerárias de nossos cidadãos (italianos) nos presídios brasileiros são intoleráveis e ofensivas para a dignidade do ser humano.”. Bueno prossegue, ” as autoridades penitenciárias brasileiras submetem os detentos a humilhações e a condições de vida que violam os princípios contidos na Declaração Universal de Direitos Humanos e violam direitos humanos consagrados em convenções e tratados internacionais.”
As eloquentes palavras da política brasileira na Itália, resultou na recente aprovação pelos deputados e senadores italianos da ratificação do tratado entre Brasil e Itália, que permite aos prisioneiros – cidadãos italianos – optarem por descontar penas de privação de liberdade nas prisões da Itália.
Muito provavelmente Bueno nunca visitou nenhuma prisão, nem no Brasil, nem na Itália. Ou tavez estivesse apenas legislando em causa própria, caso fosse presa no Brasil pelos crimes de falsidade ideológica e “caixa 2” – uma investigação aberta no ano de 2012 contra Renata e o pai, Rubens Bueno.
Enfim, Renata Bueno é protagonista de uma enorme contradição: pedir a extradiçao de Henrique Pizzolato, cidadão também italiano, ao mesmo tempo que afirma “os presídios brasileiros são intoleráveis e ofensivos para a dignidade do ser humano”.
Infelizmente, as incoerências e contradições da brasileira e deputada na Itália, Renata Eitelwein Bueno, contribuem para o descrédito da população nos políticos – aqueles políticos oportunistas que se apresentam defensores de direitos para angariar votos, mas, ao exercerem o poder, negociam e vendem a vida de pessoas em troca da fama pessoal.
Em tempo: “21 Senadores italianos interrogam o Ministro da Justiça italiano sobre a extradição de Pizzolato”. http://www.sergiologiudice.it/2015/02/27/giustizia-lo-giudice-e-manconi-pd-21-senatori-interrogano-orlando-sullestradizione-di-henrique-pizzolato/#comments
Nikola
06/03/2015 - 17h28
A lei proposta pela deputada deveria constar da defesa de Pizzolato.
Qualquer um que queira falar de Pizzolato tem que ler o inquérito 2828 da PF. Estão lá com todas as letras: lista dos nomes das pessoas autorizadas pelo consórcio VISANET a fazer pagamentos à SMP&B – nenhum deles é H. Pizzolato. Aliás, em 42 páginas, o nome de Pizzolato não é citado uma única vez. Ele foi condenado com base em depoimentos de colegas – todos egressos da era FHC. Uma coisa NOJENTA. Todos os CULPADOS encriminaram Pizzolato. E ficou assim. Contra Pizzolato só uma observação: receber – como portador – e repassar R$ 300 mil, coisa que ele admitiu, é crime. Mas nada que dê quase 13 anos de prisão. Outra coisa: o tal “desvio” milionário, não aconteceu. Os serviços foram prestados. MAS, os mesmos caras que incriminaram Pizzolato, SONEGARAM por anos as notas fiscais à justiça. Só assim foi possível dizer que houve desvio na VISANET – um consórcio internacional, verificado e auditado a cada 2 meses! Ao fim do julgamento, os advogados conseguiram reunir as provas e as apresentaram. MAS, misteriosamente, ESTAS, foram desconsideradas por Barbosa. Não há heroísmo nisso. Ninguém merece ser passado para trás por um juiz! Isso é um achincalhe à justiça. Barbosa, ao invés de se engrandecer, mostrou-se tão bandido quanto aqueles que acusava. o FATO DE TER PEGADO OUTROS, NÃO o exime desta culpa.
Messias Franca de Macedo
03/03/2015 - 21h55
… Bastaria o Banco do Brasil divulgar para todo o Brasil e o resto do mundo os Laudos Técnicos Periciais que comprovam a inocência do Henrique Pizzolato!
E, de quebra, que quebram a espinha dorsal do MENTIRÃO!
A de que houve desvios de recursos públicos do Banco do Brasil!
Ainda que os recursos públicos fossem da empresa privada VisaNet Internacional, segundo o entendimento dos(as) “supremos” de merda cheirosa do nosso STF DESMORALIZADO!
E cadê o Inquérito 2474 e o Laudo Técnico 2828 da Polícia Federal?
Enquanto o casal Pizzolato e a verdade factual padecem no cadafalso do golpe jurídico-midiático ainda ora em curso, o senhor Aldemir Bendine “tenta colocar ordem na Petrobras”!
A desordem na Petrobras plantada pelas mesmas mãos invisíveis, entreguistas, antinacioanalistas, CORRUPTAS e fascigolpistas de sempre!
Fernando Lemos
03/03/2015 - 15h38
“Recebi texto de uma brasileira que acompanha, preocupada, a situação de Pizzolato na Itália” Ela deveria acompanhar, preocupada, a situação da corrupção do governo petista aqui no Brasil !
Ricardo
03/03/2015 - 15h46
Voce se refere à compra de reeleição do FHC, da Venda da Vale, da venda da base de Alcântara, do trensalão, do Paulo Preto ou está com saudades do FMI mesmo??
Fernando Lemos
03/03/2015 - 17h14
Pode ser também, mas lembre-se que o petê teve doze anos para investigar tudo isso e não fez nada a respeito, não é verdade ? Isso sempre ocorre entre ladrões. Ladrão que é ladrão não investiga outro ladrão. Quanto ao FMI, parece que o petê também estava com saudades, e as saudades eram tantas que o partido deu um pé na bunda do Mantega e foi lá no Bradesco pegar o Levy para limpara as cagadas petistas e aplicar na economia um receituário que nem mesmo o FMI ousaria propor!
sergio m pinto
03/03/2015 - 19h38
E quantos anos teve o psdb para fazer o mesmo? Pelo que me consta, um dos primeiros atos do fch foi fechar uma comissão de investigação que havia no governo federal
Ricardo Edmundo Cecconello
03/03/2015 - 16h41
A CORJA FASCISTA DO MOVIMENTO LOCAUTE PARA PARAR O BRASIL
Caminhoneiro particular é perseguido pelos “trogloditas” capangas das empresas a serviço do fascismo.
EIS AQUI A VERDADE SOBRE O LOCAUTE DOS CAMINHONEIROS
Assistam ao vídeo e vejam como a “democracia” tucana alimenta o ódio e seus movimentos “democráticos”.
É MENTIRA QUE TODOS OS PROFISSIONAIS CAMINHONEIROS QUEREM ADERIR AO BLOQUEIO.
E aqui está a PROVA, documentada, que quem não aderir é perseguido, agredido e pode acabar com o equipamento destruído.
ASSISTAM, BRASILEIROS, E NÃO SE DEIXEM ENGANAR PELA GLOBO, VEJA, FOLHA DE SP, ESTADÃO E REDE BANDalheira.
https://www.youtube.com/watch?v=8iA2wKYCYO0