A imprensa agora está numa campanha descarada para fazer valer o ponto-de-vista dos promotores contra a posição de Luis Adams, advogado-geral da União.
Adams encetou esforços para permitir às empreiteiras investigadas na Lava Jato celebrarem acordos de leniência com a Controladoria Geral da União.
A iniciativa da CGU visa, naturalmente, impedir que as grandes obras de infra-estrutura permaneçam paralisadas.
A oposição midiática sabe que o principal trunfo de Dilma, ao longo dos próximos 4 anos, seria inaugurar as grandes obras de infra-estrutura, algumas iniciadas no governo Lula.
Grandes obras, aliás, que nunca foram feitas durante o governo FHC.
Eles preferem parar o Brasil, desempregar centenas de milhares de pessoas, causar danos bilionários ao erário do que ver Dilma inaugurando obra.
O Brasil precisa apoiar a iniciativa de Adams, porque o Brasil não pode parar.
Os promotores podem e devem continuar investigando tudo, mas há centenas de milhares de empregos que não podem ser destruídos.
E as obras tem importância capital para o nosso desenvolvimento.
Para cúmulo do cinismo, os promotores dizem que o governo não tem acesso aos dados sigilosos da Lava Jato e, portanto, pode ser enganado.
Ora, partindo desse princípio, o governo não poderia realizar contrato com nenhuma empresa, visto que qualquer empresa é suscetível de ter problemas com a justiça.
É incrível a total ausência de preocupação com a questão social e econômica.
É incrível a falta inclusive de racionalidade.
A paralisação das obras geraria um prejuízo ainda maior do aquele causado pelos desvios. Primeiro porque o atraso aumenta o custo das obras. Segundo porque são obras de infra-estrutura, essenciais.
A sanha desses procuradores para transformar a Lava Jato numa espécie de operação apocalíptica beira a insanidade.
A luta contra a corrupção é fundamental, mas não é tudo.
O Brasil precisa dessas obras, e não pode se dar ao luxo de destruir as suas principais empresas do ramo de construção civil.
MP, um pouco de bom senso não faz mal a ninguém!