A mídia brasileira quer provocar um clima de instabilidade, de quase guerra civil.
Ela está instigando a violência em todos os níveis.
Está querendo criar, no Brasil, o que a mídia venezuelana conseguiu produzir na Venezuela.
Um clima de sectarismo absoluto, de radicalismo contra o PT, o governo e a esquerda em geral.
Durante a campanha eleitoral, as agressões a simpatizantes do PT, de Dilma, ou mesmo qualquer pessoa usando uma cor vermelha, tornaram-se comuns.
Um companheiro nosso, Enio Barroso Filho, cadeirante, foi agredido por playboys tucanos em São Paulo.
Um militante petista foi assassinado em Curitiba.
Circularam inúmeros vídeos mostrando a brutalidade e a violência dos tucanos.
Há alguns dias, o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi agredido no Einsten, junto com sua esposa, por médicos e pacientes de mentalidade fascista.
Com certeza são leitores de Veja, Globo e votam no PSDB.
Nas redes sociais, a violência da militância tucana era algo estarrecedor.
Na classe média cheirosa, uma declaração de voto em Dilma provocava inúmeras agressões verbais.
Corta a cena, 24 de fevereiro de 2015.
Um grupo de coxinhas violentos aparece em frente à um evento em defesa da Petrobrás, cheio de petistas e cutistas, e começam uma série de provocações.
Provocam e agridem.
O que sai na capa dos jornais, no dia seguinte?
Que a agressão partiu dos petistas, claro!
Eu estava lá. Um rapaz ao microfone alertava os sindicalistas para não caírem na provocação, já prevendo a armadilha da mídia.
Os jornalistas estavam juntos com os manifestantes coxinhas.
Foi uma jogada combinada.
Provocaram, bateram, um sindicalista reagiu, e o fotógrafo tirou fotos.
O mau caratismo midiático perdeu todos os escrúpulos.
*
FOTOS QUE PROVAM COMO A MÍDIA MANIPULA VOCÊ
No Brasil 247.
Nos três principais jornais brasileiros, você não viu as imagens acima, que mostram um militante da Central Única dos Trabalhadores sendo pisoteado no Rio Janeiro; na Folha de S. Paulo, no Globo e no Estado de S. Paulo, o que estampou a primeira página foram agressões de petistas (que poderiam ser reações a provocações anteriores), antes do ato em defesa da Petrobras e do pré-sal; escolha editorial dos barões da mídia não foi aleatória; no fundo, no fundo, o que eles querem é promover mais violência e mais intolerância num processo continuado de criminalização do PT e de negação da política
25 DE FEVEREIRO DE 2015 ÀS 18:43
247 – As imagens acima, registradas pelas lentes do fotógrafo Fernando Frazão, da EBC, não estamparam as capas dos principais jornais do País.
Elas mostram, com clareza, um representante da Central Única dos Trabalhadores, a CUT, sendo pisoteado, no Rio de Janeiro, na tarde de ontem, antes do ato em defesa do pré-sal e da manutenção do modelo de partilha do pré-sal.
As imagens escolhidas pelos três principais jornais do País, Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo e O Globo mostram agressões cometidas por pessoas que vestem camisas vermelhas.
Eis a capa da Folha e sua legenda: BRUTALIDADE – Em ato da CUT e do PT em defesa da Petrobras perto da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio, petista agride homem que pedia o impeachment de Dilma.
Agora, a capa do Estado de S. Paulo e sua legenda: Pancadaria no Rio – Em ato de petroleiros no Rio, que teve agressões entre manifestantes, o ex-presidente Lula disse que Dilma Rousseff ‘não pode ficar dando trela’ sobre as investigações na Petrobras e ‘tem de levantar a cabeça’.
Por fim, a capa do Globo, com sua legenda: Intolerância – Homens com camisa do PT partem para a briga com manifestantes que pedem a saída de Dilma em frente à ABI, no Rio, onde aliados do governo fizeram ato.
No mínimo, uma cobertura isenta, mostraria agressões dos dois lados, até porque as imagens publicadas nos jornais poderiam ser uma reação a provocações e agressões anteriores, como a captada por Fernando Frazão.
No entanto, já faz tempo que as famílias midiáticas brasileiras deixaram de buscar o equilíbrio e a isenção. No fundo, no fundo, o que eles querem é promover mais violência e mais intolerância num processo continuado de criminalização do PT e de negação da política. É como se houvesse uma espécie de ‘reinaldização’ dos veículos de comunicação, que, a cada dia, se deixam pautar pelo radicalismo.