Liberdade de expressão, para a Globo, vale só para blogueiros de Cuba e chargistas de Paris.
Para blogueiros do Brasil, é só porrada e processo na Justiça. De vez em quando morre um blogueiro assassinado, sem que haja qualquer repercussão em nossa mídia.
Eu sempre detestei essas ondas linchatórias das redes sociais, que não admitem o contraditório, e vão num crescendo que se transforma rapidamente numa grande fogueira inquisitória.
No caso do Charlie, com a sua redação dizimada, e seus desenhistas mortos, sem poderem se defender, fiquei particularmente indignado com as acusações apressadas contra seu trabalho.
E mais chocado ainda porque as acusações partiram principalmente da esquerda, absorvida por um rancor incrível contra os desenhistas. Mesmo depois de explicados os contextos das charges mais pesadas, e esclarecido que a linha do jornal era fortemente anti-racista, pró-socialista, pró-trabalhista, progressista, as pessoas agora torcem a boca para dizer que os desenhos “não são engraçados”, ou que são de “mau gosto”.
Como se isso tivesse alguma importância diante da conjuntura!
Humor é uma questão de gosto, evidentemente.
O francês tem um humor historicamente negro, talvez em vista de um passado com tantas tragédias. Enquanto pesquisava as edições do Charlie, numa mesa do centro George Pompidou, um senhor sentado a meu lado apontou-me uma notícia que ele lia no jornal.
O título era algo como: “Lucro da indústria de tranquilizantes dispara após atentados”.
Ele sorria maliciosamente. A notícia era um chiste puro de humor negro. Sempre haverá alguém faturando em cima da tragédia alheia.
O humor negro é um humor triste, como um palhaço olhando a si mesmo no espelho.
Aliás, pensando bem, nós, brasileiros, também temos humor negro. Só que ele não aparece nos jornais. Rimos de “memes” infames nas redes sociais, mas ficaríamos chocados de ver as mesmas imagens em nossos periódicos.
Mas voltemos para o caso Charlie Hebdo, cuja honra eu resolvi defender, sabe-se lá porque.
Através de uma pirueta cheia de incompreensão, alguns brasileiros passaram a comparar o humor libertário do Charlie ao humor reaça que eles tanto odeiam no Brasil.
É uma confusão fatal.
O humor reaça brasileiro é bancado pelos monopólios. Nem preciso ler a Globo para saber que a emissora tentou faturar politicamente com a tragédia, associando-se aos jornalistas mortos.
Não tem nada a ver.
Charlie tinha muito mais a ver com a blogosfera do que com a mídia corporativa.
A Globo é propriedade da família Marinho, os maiores bilionários do país.
Charlie era um jornal pobre, que em novembro publicava editorial pedindo aos leitores para o salvarem da bancarrota.
Lembrei-me imediatamente dos frequentes e desesperados pedidos de SOS deste Cafezinho.
Charlie era um jornal de esquerda.
Um jornal que combatia de frente a extrema-direita e suas políticas racistas e anti-imigrante. Os desenhistas não tergiversam. A extrema-direita é o inimigo.
A partir de 2012, com a ascensão de François Hollande, do Partido Socialista, ao poder, Charlie passou a fazer um contraponto à esquerda ao governo, sempre protestando contra as concessões do presidente ao conservadorismo econômico.
Mas o fazia com muita estratégia, mantendo a artilharia pesada contra a Frente Nacional, a famigerada extrema-direita francesa, que está em ascensão, e a centro-direita representada pelo UMP, de Nicolas Sarkozy.
Eu analisei uma coletânea de edições do Charlie, publicada há alguns anos, com resumo de seus trabalhos desde sua fundação, em 1969, quando sucede um jornal mensal de humor, intitulado Haraquiri, até 2004. E depois analisei, com muita atenção, umas trinta ou quarenta edições mais recentes, além desta última, publicada após a tragédia, e que vem se esgotando dia após dia nas bancas de jornais, num fenômeno de sucesso editorial jamais visto em lugar nenhum do mundo.
Não era, de maneira alguma, um jornal “islamofóbico”. Era um jornal ateu, com tendência anarquista, o que é bem diferente.
Não há nenhuma charge ou desenho contra o Islã, mas somente contra os jihadistas que matam gente inocente, e mesmo assim, esse tema não é, nem de longe, dominante no jornal.
Pelas acusações nas redes, deu-se a impressão que o Charlie vivia para chocar e humilhar os muçulmanos na França. Outros o acusaram de sionismo.
Não é verdade. Não encontrei nenhum editorial em favor de Israel, mas vários textos em favor da Palestina.
O editorial de Charlie, de novembro do ano passado, critica o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e os deputados da UMP (centro-direita francesa, partido de Sarkosy) por não reconhecerem o Estado palestino, lembrando que a OLP, a autoridade nacional palestina, reconhece o Estado de Israel.
Charlie também criticava o Hamas e as facções palestinas mais radicais, que advogam a destruição de Israel. Alguns desenhistas do Charlie eram judeus, como Wolinsky, um senhor de 80 anos cujo pai fugiu da Polônia durante a II Guerra, e que deve ter perdido inúmeros parentes e conhecidos nos campos da morte nazistas.
Não podemos esquecer que os judeus formam uma minoria na França. São 600 mil judeus, contra 6 ou 7 milhões de muçulmanos na França. E que desde priscas eras, as vítimas dos atentados terroristas na França são sempre os judeus, não os muçulmanos.
Na Palestina, no Iraque, as vítimas são muçulmanos. Na França, ainda são judeus.
Claro que há uma questão de classe, muito forte na França.
Apesar do país não possuir um percentual significativo de miseráveis, e do Estado francês ainda ser socialista (ao menos em comparação com Brasil e EUA), com um sistema público de educação e saúde universal, inúmeros programas sociais, amplo seguro desemprego, transporte público de massa de altíssima qualidade, a vida não é um mar de rosas para os mais pobres, que vivem nas periferias.
Os jovens de ascendência árabe, misturados a uma população crescente de imigrantes ilegais, criaram uma cultura própria, rica, contestadora. Há muitos rappers muçulmanos na França, cujas músicas trazem títulos como: “Não ao laicismo” e “Sou muçulmano, não entre em pânico”. Não vou fingir que conheço todas as músicas, mas suponho que há canções interessantes, com letras agressivas e políticas, que tocam a juventude. Todos foram solidários com as vítimas e seus parentes, contudo.
Esses jovens odiavam, é preciso admitir, o jornal Charlie Hebdo, por causa da decisão dele de publicar as charges de Maomé. Eles não conheciam quase nada do jornal. Nunca leram uma edição. Tinham apenas uma visão simplista, construída pelo maniqueísmo típico de redes sociais, cujo exemplo vimos também no Brasil, de que Charlie era “islamofóbico”.
Este foi o caldo cultural que levou os terroristas a fazerem o que fizeram.
Também entre esses jovens, há um gigantesco ceticismo em relação à mídia tradicional. Teorias de conspiração proliferam rapidamente entre eles. Não se acredita que o atentado tenha sido cometido realmente por islâmicos, mas sim orquestrado por Israel, ou pelos EUA, ou pela extrema-direita, para jogar a França contra os muçulmanos.
Essas informações eu tirei do Le Monde de ontem, que entrevista vários jovens muçulmanos do sul da França.
A última edição de Charlie, pós-atentado, traz uma análise destas teorias. Elas não se sustentam, de nenhuma forma, diz o jornal.
Agora já se conhece a história pessoal dos terroristas. Eles efetivamente se ligaram a elementos com histórico no jihadismo internacional, e aderiram ao islamismo radical. Não eram, contudo, experts. Eram muito jovens, e o seu crime foi, de longe, a ação mais ousada que jamais empreenderam. Talvez por isso os detalhes mais patéticos, como esquecer a carteira de identidade perto do local do crime.
Não vou dispensar totalmente nenhuma teoria de conspiração porque sou blogueiro e, como tal, altamente sensível a elas. Mas da mesma maneira que não posso dispensá-las, também não posso abraçá-las.
E esta teoria é mais difícil de acreditar porque os terroristas admitiram as suas intenções , a Al Qaeda o reinvindicou, e a reação dos islamismo radical foi de júbilo. O Estado Islâmico chamou os terroristas de “heróis”.
O jornal era crítico às políticas norte-americanas e europeias no Oriente Médio, e criticava frequentemente a política de ocupação de territórios de Israel.
Alguém falou que a França proibiu uma manifestação pró-Palestina no ano passado. Sim, e o Charlie foi contra essa proibição, prevendo, acertadamente, que aquilo apenas iria estimular os radicais e afugentar as pessoas de boa paz – maioria – que apoiam a Palestina. Acabou que houve a manifestação, mesmo sem autorização do governo, e foi liderada pelos grupos mais radicais e mais violentos.
Culpar Charlie por qualquer erro da política externa francesa, desde os mais antigos, na Indochina, passando pela guerra da Argélia, até os mais recentes, como o apoio à Otan na derrubada de Kadafi, e o apoio aos rebeldes sírios, seria como pretender culpar a Caros Amigos pela Guerra no Paraguai e pela privatização da Vale.
Charlie sempre foi contra as guerras.
O jornal trazia, frequentemente, desenhos contra o genocídio em Israel. Alguns são bem fortes, sempre na linha do humor negro que ele usava para tudo.
Na charge acima, vem escrito no chapéu: “Não nos deixemos comover!”
O texto que aponta para a barriga da mulher palestina diz: “Esconderijo de armas do Hamas”. E o soldado israelense no tanque fala ao rádio: “O colo do útero parece dilatado, um morteiro será lançado!”
São muitas charges assim! Não há nenhuma charge pró-Israel. Nenhuma!
Na charge acima, a legenda no alto diz: “fim do embargo ao Iraque”. E mostra a chuva de mísseis caindo sobre Bagdá.
Na charge acima, outra denúncia terrível em forma de humor. O título diz: “pensem no material escolar de hoje”. A menina pergunta ao pai: “papai, precisa me comprar outras pernas”. Ao que o pai responde: “de novo?”
Não podemos, evidentemente, criar uma imagem edulcorada e santa que o Charlie jamais quis para si. Ao contrário, sempre buscou, deliberadamente, a malícia. Seu humor sempre foi cruel e sarcástico. Mas seu objetivo não era humilhar, e sim promover uma crítica libertária, uma crítica que liberta.
Haverá um tempo, no futuro, em que os principais intelectuais islâmicos admitirão que o trabalho de Charlie ajudou a religião a purgar suas franjas medievais e sectárias. Essa luta nunca foi apenas do Charlie. Nos países islâmicos, também se tenta criar espaços de liberdade, humor e autocrítica.
O Charlie mesmo foi atrás de periódicos de países muçulmanos que tentavam brincar com os dogmas de sua religião.
O título da matéria diz: “Piadas heréticas em terras muçulmanas”, e traz vários exemplos de charges e desenhos publicados em jornais de países islâmicos. Alguns são incrivelmente ousados politicamente, com críticas pesadas a um jihadismo que as elites árabes incentivam juntos aos mais pobres, mas do qual preservam seus filhos.
É uma questão a se pensar. As elites árabes incentivam o jihadismo por razões bem distantes de uma guerra anti-imperialista, mas porque assim evitam que o povo produza uma consciência de classe que os levem a querer coisas como melhores salários e mais serviços públicos.
Se todos concordam que não há santos em geopolítica, então devemos admitir que nem a França é nenhuma santinha libertária, nem as elites árabes são movidas por puro idealismo anti-imperialista. Tanto que mandam seus filhos estudarem nas melhores universidades da Inglaterra, França e EUA, enquanto os pobres são incentivados a matarem outros árabes. As principais vítimas do terrorismo islâmico são os próprios muçulmanos.
Entre as charges que os acusadores do Charlie chamam de “islamofóbicas”, poderíamos incluir, por exemplo, as que mostram o “palhaço terrorista”?
O que querem os palhaços terroristas?, diz a legenda sobre o desenho. O palhaço responde: “quero arrancar um sorriso”.
Estou selecionando apenas as charges que tratam do tema Israel-Palestina ou de terrorismo. 90% das charges do Charlie tratavam de outros temas.
A mania de mostrar a bunda, ou enfiar objetos nos rabos de figuras públicas, que tanto horrorizaram o público quando o personagem atacado foi Maomé, é na verdade uma antiga marca do Charlie.
A capa do jornal mostra o presidente norte-americano, George Bush pai, e a legenda diz: “O primeiro presidente com uma palma de ouro enfiada no rabo”. Ainda na capa, um desenho simpático de Michael Moore, o cineasta americano que é o pesadelo da direita.
Claro, esse tipo de charge choca o público brasileiro. No post anterior, eu expliquei que as artes francesas têm uma antiga tradição em chocar, em escandalizar. Um século antes de Machado de Assis, com suas histórias pudicas da burguesia fluminense, a França tinha Marques de Sade, descrevendo cenas eróticas de personagens do submundo.
A igreja católica, maioria na França, era o alvo preferido do Charlie Hebdo, desde a sua fundação.
Muitos acusadores dizem que eles não desenharam profetas de outra religião com a mesma crueldade com que o fizeram com Maomé. Talvez.
Talvez eles devessem ser mais ousados e mostrar Jesus com a bunda de fora, com um sinal do crescente estampado em suas nádegas.
Mas quem disse que eles não o fariam?
Mortos, é que não farão mesmo.
De qualquer forma, é justo perguntar: por que eles fizeram charges tão agressivas contra Maomé?
Bem, já mostrei e provei que eles faziam charges em favor dos palestinos, e contra os EUA.
Mas, de fato, nos últimos meses, os editores de Charlie se mostravam preocupados com a expansão do Estado Islâmico. E acusavam o Ocidente de não ver que a fonte do islamismo radical estava na Arábia saudita, o verdadeiro estado islâmico.
Os editores do Charlie não estavam gostando nada da expansão do obscurantismo islâmico no oriente médio e na própria França. Como ficou provado pelo atentado, eles tinham absoluta razão.
Sabemos que o Ocidente tem culpa pelo surgimento do Estado Islâmico. Em posts anteriores, expliquei isso em detalhe. Mas isso não nos impede de criticar o Estado Islâmico por si e repetir que nem tudo é guerra social. A Arábia Saudita é um dos países mais ricos do mundo, e incentiva a proliferação de uma ideologia ultrarreacionária, contra a mulher, contra o homossexual, contra o laicismo.
A gente entende que há um fundo sócio-político no aumento do conservadorismo religioso em áreas pobres do Brasil, mas isso não pode nos fazer calar críticas contra as lideranças que florescem nesse meio, como o Pastor Malafaia.
Se houvesse um Charlie Hebdo no Brasil, teríamos uma profusão de charges contra as lideranças evangélicas e católicas, as quais, na minha opinião, seriam muito bem vindas!
*
Muito se falou da presença de Benjamin Netanyahu na marcha de domingo, que reuniu quase 4 milhões de pessoas. Ora, não se pode culpar os mortos pela presença do primeiro ministro de Israel. O governo da França chegou a pedir que ele não viesse, mas ele, oportunista, fez questão de vir. Ao cabo, acho que teve um lado positivo, de ver o primeiro ministro de Israel e o presidente da Palestina, marchando juntos.
Se um punhado de jornalistas de uma revista de esquerda do Brasil fossem mortos por radicais religiosos, e houvesse uma grande marcha no Rio ou São Paulo, em prol da paz e da liberdade de expressão, seria um absurdo culpar os jornalistas mortos pela presença de Kassab e Ronaldo Caiado!
Um texto na edição pós-atentado, um dos sobreviventes aborda com duro sarcasmo esse apoio generalizado que vem de todos os lados. Ele torce para o tempo passar e tudo voltar ao normal, quando os idiotas da direita atacavam o Charlie por sua posição política, e ele poderá contra-atacar do jeito que sempre fez, chamando-os de idiotas (em francês, “con”).
*
Lembram daquela polêmica sobre a charge da ministra da Justiça da França, uma senhora negra, retratada como macaca?
Explicamos mil vezes que a charge vinha no contexto de uma acusação a uma política da Frente Nacional, que havia xingado a ministra de macaca. O Charlie, antirracista, tomou a defesa da ministra.
Eis aqui os textos e uma outra charge, que contextualizam a situação:
Editorial atacando Anne-Sophie Leclere, política da Frente Nacional, que comparou a ministra Christiane Taubira a um macaco. O texto diz: Leclere, o macaco é você, até porque você veio do macaco como todos, embora no seu caso, parece não ter evoluído muito. Em seguida, o texto diz que o sistema político sonhado pela Frente Nacional lembra, em efeito, aquele dos babuínos e dos gorilas, com um chefe dominante se impondo pela força. Termina dizendo que alguns primatas são bem mais evoluídos que os membros da FN.
Acima, 4 charges de denúncia à violência israelense na Palestina, publicadas em edições recentes do Charlie: na primeira, o soldado israelense chama a senhora ferida, segurando uma perna: “Madame! Você esqueceu uma coisa”.
Na segunda, um israelense brinda com um palestino: “Em reconciliação, há Sion”, ao que o palestino, degolado, responde: “Há um idiota também”. Há um jogo de palavras e seus sons, intraduzível. Reconciliação em francês se pronuncia “reconciliacião”, ou seja, termina com o som de “sião”. Na mesma palavra, também há o fonema “con”, que significa idiota.
Na terceira, um retrato de casamento entre dois intransigentes: Netanyahu, primeiro-ministro israelense, e Mechaal, dirigente do Hamas.
Na quarta, o soldado israelense enrola nos braços as tripas de uma velhinha palestina, e fala: “quem faz a bagunça é que tem de arrumá-la”. Uma crítica à inutilidade de medidas paliativas depois que o estrago da guerra está feito.
*
Encerro o post com uma charge tipicamente charliana, de humor negro e pegada de dura crítica política e social. O desenho mostra um menino atrás das grades, com olhar triste. “Prisão aos 13 anos”. Diante dele, seus pais dirigem o carro com expressão eufórica. A legenda no alto explica a cena: “Enfim, férias tranquilas!”
Sucram
20/01/2015 - 17h22
Quando tiveres a coragem de desnudar satiricamente as atrocidades na faixa de gaza e cisjordânia. Quem sabe! O Charie, teu amado Charlie; meu não, convença-se a satirar-te um proletário assumido em Paris, tu saia do limbo.
Miguel do Rosário
20/01/2015 - 20h58
O post publicou várias charges satíricas contra Israel! Meus Deus! Veja o post!
Pharaô
23/01/2015 - 19h12
Não achei certo, o ataque mas! a forma que “esse” “jornal”Fascista
e servo dos I11UMINATI,brincava parecia!uma encurralação alem do desrespeito. Tipo, AH VOCÊ VAI ter, que aceitar,engolir essas piadas! de mau gosto!ja que estão na “França” meu territorio.ESQUECERAM que os inimigos dos illuminati é os Arabes e os Comunistas se deram maU…OS mulçumanos, são inimigos numero 1 deles; alem da Coreia do norte,Russia,china
que são Paises que usa o Dialogo.
Pharaô
23/01/2015 - 19h27
Vou falar um segredo…
todos humoristas são Racistas,nazistas, e fascistas
Generalisando mesmo!AGORA V6 SABEM!
e politicos são (lobos em pele de cordeiro) ou seja
Inimigos claro!n vou generalisar, pq sei que existe uma Mafia nessa merda, e quem não dançar certo, ou seguir os passo da coreografia!fica sem money,excluido, ta suja essa merda n tem jeito!n existe um Politico “Danado” que é pelo povo,que não tem medo de morrer, que tenha idéias “Loucas no sentido de Brilhantes”so tem robó, igual os jornalista e empregados da globo!
Então…
Cosme Henrique
20/01/2015 - 09h45
De novo a lesma lerda…
Luciano Prado
19/01/2015 - 17h14
O que está acontecendo com o Miguel aconteceu comigo quando eu tinha entre 12 e 13 anos de idade.
Ganhei uma roupa do Superman, daquelas mal acabadas, mas que a gente achava que vestindo virava um daqueles heróis americanos que a TV e o cinema mostram. Eu era o próprio Superman naquela roupa.
Embalado nessa luz resolvi ir à desforra com o Luizão. Dias antes ele havia jogado areia nas engrenagens da minha bicicleta que acabara de mandar lubrificar e polir. Uma Monark preta com dínamo e tudo. O farol iluminava uns quinze metros à frente. Linda!
Coloquei a roupa de Superman e o desafiei para brigar. O primeiro murro foi que nem nos filmes, me jogou direto no chão. Levantei que nem os super heróis, na certeza de que ao final sairia vencedor. No segundo ainda achava que superaria a diferença, mas no terceiro tive a certeza da bobagem que aquela roupa representava.
Nunca mais me empolguei com essas roupas. Passei a notar mais nas histórias de Saci Pererê, Mula-sem-cabeça e Caipora…
O Tarado Trocadilhista
19/01/2015 - 16h08
AH, QUER SABER DUMA COISA? NUM AGUENTO MAIS! JE SUIS CIDEI!!!…
manoel
19/01/2015 - 15h18
Miguel, pare de gastar caneta com defunto morto. Eu não sou Charlie.
Se Noblat, Reinaldos, e pig o são; este já um grande motivo pra mim não ser.
Abaixo todo ato violento, mas não sou!! Charlie.
Simplício
19/01/2015 - 12h57
Deveria bastar pra vc, Miguel, a indignação do Reinaldo Azevedo e Guga Noblat contra o Papa Francisco, por este não ter aderido ao EusouCharlie. No Brasil, só distraídos são Charlie. Na França, não, assim como nos EUA, em Israel, na Escandinávia, na Inglaterra, Dinamarca etc. Lá todos o são. Meu pai já dizia: “Filho, ser de direita é bonito na Noruega. Aqui é sacanagem.” Não se iluda com as origens da CH: Míriam Leitão já foi torturada.
Simplício
19/01/2015 - 13h17
Guga não, Ricardo.
Miguel do Rosário
19/01/2015 - 13h51
O que eu tenho a ver com Reinaldo. Sua opinião não fede nem cheira para mim. Os motivos dele são outros. Com certeza, ele não está ao lado de um jornal comunista-libertário de Paris. Aliás, ele odeia a França, governada pelo socialista Hollande. Ele sempre apoiou Sarkozy.
Simplício
19/01/2015 - 15h29
Entendi. Bibi de bracinho entrelaçado com Hollande esquerdizou-se. Esse frio aí tá congelando teu coração, Miguel. Quando voltares, mudarás de opinião. Au revoir!
Miguel do Rosário
19/01/2015 - 13h51
E não falo de origens. Falo de edições recentes. De semanas atrás.
Ciro de Medeiros Leite
19/01/2015 - 11h05
Aprendi desde criança que a liberdade é proporcional a responsabilidade. Isso implica que toda liberdade tem limites. E são muitos limites: o direito e o respeito ao outro talvez seja o principal limites. Agora não podemos ter uma análise simplista ou cartesiana. Ao defender que liberdade , inclisive de expressão tena limites, não estou defendendo o terrorismo, ou o fanatismo religioso.
Joca de Ipanema
19/01/2015 - 17h50
Já respondi isso para outro navegante desse blog. É o seguinte: Qual é o limite? Queres estabelecer um? E quem vai dizer o quê é o quê? Não vês que é aí que começa o problema?
Por fim, já que essa polêmica está ficando chata, um diálogo de surdos, digo o seguinte: é compreensível que pessoas acostumadas à nossa estrutura sociopolítica e cultural, forjada no medo das religião e de autoridades quase sempre autoritárias e isentas de qualquer satisfação aos prejudicados, não compreendam o espírito libertário francês. Por fim, me esgoelo a dizer que não foi por nenhuma outra razão que esses fatos provocarem tal comoção lá. Foi pelo simples fato de terem calado opiniões, dizimando a bala praticamente toda uma redação de uma revista satírica. Os porquoi dos comment fica para depois. Deve ter muita gente da esquerda na França que reconhece o jogo geopolítico mundial e a parte de culpa do ocidente. Mas nada justifica. É só isso.
Mauro
19/01/2015 - 19h52
Que tal o bom senso, a partir de precedentes?
Mauricio Gomes
18/01/2015 - 21h11
O lema do Alckmin agora é Je suis Seca. E o pior é que com certeza na próxima eleição o picolé de chuchu terá um grande impacto em sua popularidade por causa da seca, tendo mais de 90% dos votos em SP para qualquer coisa que disputar. São Paulo é o Estado mais conservador e reacionário do Brasil, só lamento pelos que não votaram neste engodo que prometeu que não ia faltar água em SP em hipótese nenhuma. O resto merece ficar com sede e fedendo igual ao Tietê! Bem que poderia ter uma charge para ironizar esse picareta que vai ferrar com a economia de SP e do Brasil…..
Maria Lia Leal Soares
18/01/2015 - 22h49
É muita informação, estou confusa. Só posso dizer: para nenhum cristão, não importa a orientação, Jesus jamais foi o maior profeta.
Orlando Fogaça Filho
18/01/2015 - 18h25
Putz, Miguel, você acha que seus leitores são idiotas, e você um gênio? Estão dizendo que não concordam, te apertando nas cordas, como a Emilia M. faz o tempo todo e você não consegue entender os argumentos? Caraca, escreve polêmicas para ganhar tempo e audiência? Vamos então passar para discussão fútil e infinda?
Dane-se se você é Charlie Hebdo, mas não encha o saco de quem não é.
Miguel do Rosário
18/01/2015 - 21h23
Não entendi. Para mim, o aprendizado político vem do debate. Ninguém é dono da razão.
Mauro
19/01/2015 - 19h56
Não existe debate quando se foge de questões.
Você não me respondeu (pelo menos não vi) quando toquei várias vezes na questão do bom senso.Então não houve debate!
Karen O
18/01/2015 - 16h45
Considero um erro fatal olhar apenas a história do CH e ignorar o que se passa ao seu redor. Em pleno século 21, parece que muitos franceses de todas matizes ideológicas ainda querem manter o privilégio colonial de viver dentro de uma bolha ideológica, onde podem ditar o que deve e o que não deve ser dito, por meio de uma “justiça” sectária.
Os franceses estão preocupadíssimos com os 6 milhões de “armadilhas” que circulam em terras francófonas e mais os milhares do Magreb, O.M.?!! Como eles podem considerar um grupo cultural todo como extremista? É por causa desse estigma e das ações discriminatórias por trás dele “em nome da segurança e da liberdade infinita” que mulçumanos comuns acabam por se tornar “armadilhas”. É um erro que o CH se recusa a olhar.
Talvez (olha a importância de uma única palavra) o semanário não seja xenófobo. Reconheço que não o conhecia. Entretanto, por que raios as ações imperialistas, inclusive da França, não são retratadas em seu aspecto mais sanguinário e rasteiro? E o judaísmo, o patriarca judeu? Bush é retratado num desenho tão fofinho pros padrões de quem se defende dizendo ser um jornal ultra-hipercrítico de esquerda. A explicação seria simples, ele é um individuo. Sério que não há excessos na liberdade total para criticar a simbologia? Alguém tem que lembrar ao ingênuo Liberación da censura e perseguição a quem citar a simbologia judaica (lembra o holocausto?), e não apenas “indivíduos”, como seu editorial quer fazer crer. Veja só quanta diferença em relação ao lobby judeu, Critique-nos e serás censurado, preso e tratado como criminoso. Não houve um que defendeu por exemplo que os chargistas vivos do CH devam ser presos ou censurados. Defendeu-se que tenham bom senso. Sinto informar mas a ideologia que se serve do humor “escatológico” do CH é das mais reacionárias já produzidas, o que deveria fazer acender ao menos uma única luz vermelha. Espero sentada o poder ultra-corrosivo do CH contra os personagens do Antigo T. Quem sabe sobre a história fundadora de Israel com bases em suas míticas raízes biblicas…
Entendo que você pensa na história do jornal, mas não dá para isentá-lo (o jornal) dessas críticas por conta dos bons serviços prestados. Seus discursos não estão isolados de outros. Pelo contrário se misturam, dialogam com os discursos aos quais o CH se opõe explicitamente, o religioso por exemplo, e com os que se alinham com o CH, de um jeito ou de outro e até determinado ponto, quer o CH queira ou não, como o discurso xenófobo e o imperialista/hegemônico. O ódio repugnante à simbologia mulçumana, não visto contra outros alvos retratatos, é útil para inflamar o ódio no Oriente Médio, denegrir e perseguir mulçumanos e distrair as massas do uso ideológico que as políticas hegemônicas fazem disso (vamos falar de atrocidades no Oriente Médio, África?). Falhar em enxergar isso é o grande erro do CH. Os franceses aprendem a interpretar discursos com ajuda de elementos históricos na escola, é uma tradição francesa. No sec. 20 seus teóricos desenvolveram uma teoria do discurso a Análise do Dicurso francesa exatamente para opor-se a ideologia fascista da época. Os franceses mais do que ninguém tem todas as condições de saber onde estão errando. Talvez os do CH continuem se deixando levar pela ideologia imperialista. Limite é um componente que não faz parte do script do discurso capitalista, muito pelo contrário como diria Lacan, estimula-se o excesso. E não vejo equivalência em termos de critica artística entre as obras de arte citadas e charges rasteiras e com tendências sádicas. Do mesmo modo, que não posso comparar o CH e a Veija que conclamou seus leitores para combater o terrorismo através da sátira e do dialogo “democrático”.
Luciano Prado
18/01/2015 - 15h59
Por que o Miguel precisou de um 3º Capítulo para explicar exaustivamente seu apoio ao jornal francês?
Ouso responder: Porque os dois primeiros capítulos não convenceram seus leitores. E certamente não convencerão. Nem no 3º, 4º, 5º e quantos ele se dispuser a publicar.
Os leitores do Miguel – que o admiram tanto quanto eu – sabem que ele está imbuído de boa fé, boas intenções e tentando mostrar para todos a necessidade de evoluir.
O único problema do Miguel é a diversidade, a diferença, o contraditório, a quantidade de gente que pensa diferente dele. E não só no Brasil.
Gente que não aceita nessa “evolução” toda, que dá direito aos franceses de dizer é fazer o que bem entendem sobre outras culturas, outros povos.
Certamente para o Miguel vale todas as mortes do mundo para fixar uma ideia, um pensamento, uma máxima.
Eu ainda acho que a evolução da humanidade se dá pelo caminho da concórdia, do diálogo, da aceitação do outro (como ele é).
Mas, cada cabeça uma sentença.
Se o francês, o americano acha que deve impor ao mundo sua cultura, sua forma de ser e agir e que todos devem seguir… Fazer o quê?
Eu ainda acho que esse tipo de comportamento não leva a um bom lugar.
Mas quem sou eu para discordar de gente que já evoluiu o suficiente… E que está em outra…
Eu ainda prefiro o jeito amigável, paciente, cordato, amistoso, solidário, bobão de ser do povo brasileiro.
Prefiro viver sem atentados e “terroristas” azucrinando nossos dias.
Certamente devo ser um idiota.
Mauro
18/01/2015 - 18h21
Com todo o respeito que o Miguel merece pelo trabalho que faz, acredito que ele cai no erro, que todos nós estamos sujeitos por sermos humanos.
Lamentavelmente ele está fazendo o papel que a direita faz, sendo reacionário e obsessivo com esse fanatismo da defesa da liberdade de expressão,sendo corporativista tentando defender um triste episódio que poderia ser evitado se houvesse bom senso.
Concordo com seu texto.E vou além:
Uma coisa dos jornalistas ,tanto faz de esquerda ou direita, que eu não gosto é sempre invocar a tal “liberdade de expressão” quando quer ter razão.Não existe liberdade total, absoluta.Sempre tem um limite.No caso o limite era o bom senso.E sempre vou escolher o bom senso, que fala por si só.Enquanto os jornalistas ficam sentados diante da TV batendo palmas para a liberdade de expressão e o sangue escorre pelas ruas, a extrema direita se levanta pedindo espaço para passar.É isso que esses jornalistas estão conseguindo, jogar gasolina numa fogueira que já está quente o suficiente.
Ano passado um garoto perdeu um braço porque não teve bom senso, ultrapassou um limite e foi atacado por um tigre num zoológico.Ele não mereceu perder o braço, mas foi o responsável por isso.
Esses fanáticos tem que ser vistos como animais, é o que são.
Nem adianta defender os jornalistas do CH porque a charge não é uma notícia, não é essencial, nem sequer necessária.Além disso , nem Maomé nem Allah fazem nada para merecerem uma.É diferente quando um líder política , uma celebridade , um artista ou qualquer outra pessoa conhecida faz algo para merecer uma.
Montanhistas também morrem tentando escalar o Everest por não saberem a hora de desistir.
São 3 casos que poderiam ser evitados caso houvesse bom senso.
Luciano Prado
18/01/2015 - 19h46
Concordo com seus argumentos.
E você tem toda razão quando afirma que “não existe liberdade total, absoluta”. Aliás, nas sociedades civilizadas nenhum direito é absoluto.
Quem advoga esse tal direito absoluto desconhece e rejeita eventual direito alheio.
É por isso que alguns jornalistas, digo, soldadinhos da velha e carcomida imprensa brasileira se esgoelam em defesa de uma liberdade absoluta de imprensa. No fundo querem se eximir de responsabilidades. Querem ter o direito de assassinar a honra de adversários – a mando dos patrões – sem qualquer consequência, sem serem responsabilizados por isso.
Direito absoluto é sinônimo de barbárie.
rildoferreiradossantos@gmail.com
19/01/2015 - 12h48
Se não há liberdades absolutas o que dizer das verdades?
Se há protestos contra e a favor de CH é porque existem visões de mundo diferenciadas. O debate pode ajudar a diminuir as desigualdades, mas não creio na possibilidade de elimina-las.
O problema é que estamos lidando com culturas diferentes, línguas diferentes, entendimentos diferentes e estamos querendo igualar tudo como se fosse o imbecil do Gentile a fazer insinuações islamofóbicas.
O fato é que cometemos o erro de achar que a verdade existe, e pior, que somos o dono dela.
Luciano Prado
19/01/2015 - 17h24
Um professor de Direito Processual Civil dizia que só existe uma verdade: a que convence.
marcelão
18/01/2015 - 15h55
“Sem ódio”. As palavras, elas nos traem. Chamar de “esquerda burra” quem discorda, se isso não é uma expressão ofensiva e odiosa então está além do meu entendimento
Josef Marcio Tavares
18/01/2015 - 17h42
Se houvesse um Charlie Hebdo no Brasil, teríamos uma profusão de charges contra as lideranças evangélicas e católicas, as quais, na minha opinião, seriam muito bem vindas! – See more at: https://www.ocafezinho.com/2015/01/17/porque-eu-sou-charlie-parte-3-final/#sthash.DU7zIQ9W.dpuf
Josef Marcio Tavares
18/01/2015 - 17h39
“As elites árabes incentivam o jihadismo por razões bem distantes de uma guerra anti-imperialista, mas porque assim evitam que o povo produza uma consciência de classe que os levem a querer coisas como melhores salários e mais serviços públicos.”- See more at: https://www.ocafezinho.com/2015/01/17/porque-eu-sou-charlie-parte-3-final/#sthash.DU7zIQ9W.dpuf
Josef Marcio Tavares
18/01/2015 - 17h30
se você tiver mesmo que pagar os 20 mil ao Ali Kamel, serei o primeiro a pingar uma contribuição na vaquinha.
Emilia M. de Morais
18/01/2015 - 17h17
Até Le Pen aderiu à “théorie du complot”!
http://jornalggn.com.br/blog/alessandre-de-argolo/le-pen-afirma-possibilidade-de-conspiracao-nos-atentados-em-paris
Silvia Lazarin
18/01/2015 - 16h35
Mas uma coisa ficou claro com o texto do sr Miguel, a revista não era um veiculo a serviço da direita fascista senão não ousariam ataca-la. diferente da Veja
gg
18/01/2015 - 14h34
Os grupos de mídia e o desrespeito às religiões
DOM, 18/01/2015 – 06:00
ATUALIZADO EM 18/01/2015 – 06:00
Luis Nassif
Em meados dos anos 90, um bispo evangélico chutou uma imagem de Nossa Senhora Aparecida em um programa da TV Record. Houve comoção nacional. A Globo aproveitou o incidente para conduzir uma feroz campanha contra o bispo e a Record.
O episódio resultou na demissão do bispo, no seu afastamento da sua igreja e em pedido de desculpas da Record.
Em Paris, o jornal “Charlie Hebdo” publica uma charge do profeta Maomé. Segue-se o atentado terrorista. A reação francesa foi uma nova edição do jornal com uma nova charge do profeta.
Nem se discute sobre o atentado: é um ato terrorista que deve ser condenado exemplarmente. O que se discute é sobre os limites da liberdade de expressão.
***
No Brasil, os mesmos grupos de mídia que conduziram a campanha contra a Record levantaram-se em defesa da liberdade absoluta de expressão. E aproveitaram oportunisticamente do episódio para combater qualquer forma de regulação. Regulação, aliás, em curso em todos os países desenvolvidos.
***
Vamos por partes.
Não se pode comparar a forma de expressão individual de um artista, ou mesmo de um grupo em seu meio, com a penetração de um grupo de mídia, ainda mais daqueles montados em cima de concessões públicas.
A escala é totalmente diferente. Os grupos de mídia atingem milhões de pessoas, forjam o pensamento de vastas camadas de leitores ou telespectadores. Especialmente no Brasil, detém um poder de cartel imbatível.
Por isso mesmo, tem que existir limites à sua atuação. Mas uma visão vesga do Judiciário não entende essas características e tende a colocar todos os abusos ao abrigo do conceito de liberdade de imprensa.
***
Tome-se a própria Record.
Anos atrás, conduziu uma campanha pesada contra as religiões afro. O Ministério Público Federal de São Paulo abriu uma ação exigindo reparação, na forma de um programa produzido por lideranças negras, reparando os danos à imagem do negro e da religião.
Montou-se um programa digno, sem ataques à Record, mas explicando a natureza das religiões afro.
Não se conseguiu essa reparação. A sentença – absurda – dava à Record a liberdade total de veicular o que quisesse, sem que os atingidos tivessem direito à resposta.
Não há diferenças: o chute na santa, a charge do profeta, o ataque às religiões afro são atentados à religião. Por que esse tratamento diferenciado, de enaltecer o direito de Charlie Hebdo em satirizar o profeta, tirar o direito do bispo da Record de chutar a santa e conferir à mesma Record o direito de avacalhar às religiões afro?
A diferença está na ponta atingida: depende da maior ou menor influência do grupo atingido, em relação ao agressor.
***
Confira-se:
No episódio da santa, os católicos eram os atingidos e os evangélicos os agressores. Prevaleceu a maior influência católica.
No episódio das religiões afro, atingidos foram os seguidores de religiões afro; agressores, os evangélicos da Record. Prevaleceu a maior influência dos evangélicos.
No caso do Charlie, os atingidos eram muçulmanos.
***
Há algo de muito errado nessas métricas diferentes. Católicos, evangélicos, seguidores de religiões afro, todos merecem o respeito dos meios de comunicação. E os abusos devem ser coibidos, sim, pela Justiça.
E viva o Papa Francisco, o que melhor está entendendo esses tempos nebulosos.
Silvia Lazarin
18/01/2015 - 16h28
Minha contribuição:
“Silvia Lazarin Se os cartunistas da revista fizeram charges ofendendo o judaismo no mesmo nível das outras ofensas, eles não devem ter tido “coragem” para publicar. Talvez nunca saberemos se por temor aos sionistas terroristas ou por ordem destes. Como não foi postado o que foi pedido, agora o Mauricio pode confirmar que o humor desrespeitoso da revista contra tiranos inescrupulosos e dogmas prosaicos que escarnecem raças, povos e género, era seletivo.
January 16 at 8:31pm · Like · 2
Silvia Lazarin
18/01/2015 - 16h24
Talvez esse debate responda o que a sra Emilia esta pedindo
https://www.facebook.com/mauricio.abdalla/posts/802754593138074?pnref=story
Emilia M. de Morais
18/01/2015 - 15h30
Você desaprendeu a ler linhas e entrelinhas, Miguel? O que escrevi: “.só faltou me chamar”…
Duvidando da suposta isenção dos chargistas, referi-me à ausência de charges sobre os fundadores do judaísmo e os profetas do AT, desde meus comentários à 2a. parte deste texto. Que me conste, Jesus nada tem a ver com o judaísmo, ao menos para quem professa a fé judaica. Bom, se você não conseguiu enxergar isso até agora, duvido que consiga ainda… Baita dificuldade, hem?
Mauro
18/01/2015 - 13h18
Caro Miguel,
continuo e continuarei lendo o seu blog e de outros considerados blogueiros sujos, porque acho o trabalho de vocês, progressistas, um trabalho necessário e indispensável para a construção da nossa democracia.Admiro a coragem e o empenho na luta que não é só de vocês.
Mas não posso deixar de manisfestar a minha insatisfação com o erro que vocês cometem, que é o mesmo de muita gente que acredita na direita.Você está sendo intransigente nessa questão do Charlie Hebdo, assim como foi o Kiko Nogueira , do DCM.
Jeronimo Collares
18/01/2015 - 15h16
mas já decidiram qdo os Je sui (bibi e companhia) e os não je suis, (Le Pen e companhia), invadirão a Síria? (contém sarcasmo e o elemento central que estão tergiversando há dias)
Miguel Do Rosario
18/01/2015 - 15h11
Nao exagera, Emília. Nao te chamei de assassina. Vc pediu desenhos contra profetas e eu mostrei, um desenho com o maior profeta de todos, Jesus.
Miguel Do Rosario
18/01/2015 - 15h10
Andre lux leia o texto. Veja faz charges contra Bush e contra Israel? Não. Charlie.fazia
Silvia Lazarin
18/01/2015 - 14h03
Não estamos discutindo Jesus Cristo, estamos discutindo RELIGIÕES
Silvia Lazarin
18/01/2015 - 14h03
Não estamos discutindo Jesus Cristo, estamos discutindo RELIGIÕES
Emilia M. de Morais
18/01/2015 - 12h13
Nem precisa vocês entrarem na querela, comentarem ou mesmo curtir, ao menos o que escrevi. Gostaria só que vissem o ponto a que chegamos. Nesta mesma página do Miguel do Rosário, mais abaixo, vocês encontrarão meus primeiros comentários, na segunda parte deste longo texto que ele escreveu. Se vocês acham que ele respondeu às minhas questões iniciais, por favor, me façam ver o que não vi, por uma mensagem in box. Não quero me reconfortar na cegueira.
Marcelo Coutinho, Odra Noel, Socorro Jatobá, Gustavo Castañon, Maria Luiza Quaresma Tonelli, Jerome Bernardes, Diogo Cunha, Marko Loparic, Andrea Loparic, Ari Araújo, Iza Haim, Maria Lia Leal Soares, Tiago Ribeiro M. Souza, M Helena G Crespo
Nelson Menezes
18/01/2015 - 12h00
Eu não sou Charlie,ainda não estou convencido.
Emilia M. de Morais
18/01/2015 - 11h59
Miguel Do Rosario, em qual passagem do que escrevi, dei a entender, sequer nas entrelinhas, que os chargistas do Charlie deveriam ter sido assassinados ou que, em seus próprios termos, não “poderiam continuar vivos”? Só faltou me charmar de assassina! Que apelação tacanha e rasteira foi essa sua! Quero muito ainda crer: indigna de você!
Faço minhas, mais uma vez, estas palavras de Renato Janine Ribeiro:
Renato Janine Ribeiro12 de janeiro às 18:57
“O repúdio a todo massacre tem que ser incondicional.
Mas isso não quer dizer que não se pode entender por quê.
Compreender, contextualizar NAO quer dizer desculpar ou justificar.
Compreender é o cerne da ciência.
Quem confunde uma coisa e outra, e ataca os que tentam entender o que acontece/u/rá, na verdade não gosta do conhecimento.
Não gosta da ciência”.
Só lhe peço mais isso, Miguel do Rosário: não se proponha a liquidar o apreço que lhe tenho. Saiba que me custa-me até mesmo pensar na hipótese de que você se tornou cego ao que lê, surdo ao que ouve ou que surtou mesmo! Tudo isso só porque não encontrou resposta convincente ao apelo que lhe fiz? Haja ego ferido, meu caro!
De resto, quando você encontrar palavras discriminatórias, similares as da charge acima, nos próprios Evangelhos como se tivessem sido pronunciadas pelo Cristo (nos apócrifos inclusive) a gente volta a conversar. Tem quem nivele e confunda as palavras que teriam sido de Cristo com as de São Paulo (caso da larga maioria das religiões que se proclamam cristãs), mas lhe esclareço: não é o meu caso!! Todo grande quia espiritual é vítima de seus seguidores e dos que se arvoram a falar em seu nome. Você nunca se deu conta disso?
Meu objetivo aqui foi simples: apesar de tudo o que já citou, levar você a se informar ou a pesquisar mais e mais. Sorry, se isso lhe feriu tanto, ao ponto de motivar tamanha agressão.
Bom fim de domingo para você; vá esfriar a sua cabecinha tão privilegiada e que tem se revelado em um trabalho necessário a todos nós. Vá relaxar, passear em Paris com a sua amada, para desfrutar mais e melhor dessa cidade tão bela e impactante!
Miguel Do Rosario
18/01/2015 - 10h47
Gostou da charge aí em cima, Emilia M. de Morais. Agora eles poderiam continuar vivos?
Mauro
18/01/2015 - 13h23
Eu acho que você ainda não entendeu o ponto de vista de quem está contra o Charlie Hebdo.
Porque, seguramente, houvesse uma instituição radical, de terroristas,ou uma religião que defende (com fanatismo) os direitos das crianças de 13 anos, talvez sim, esta charge desencadearia uma reação violenta.
Jaide
18/01/2015 - 14h19
Bom enfatizar que as charges da CH sobre o islamismo vêm de longa data. E a represália, cf versão oficial amplamente aceita (embora já contestada até na França), ocorreu em um momento em que o governo francês apoiava a causa palestina e se rebelava com outras questões do núcleo EU/OTAN/EUA. “Cuo bono”? Certamente não os países islâmicos no eixo do conflito do OM.
PS: acabo de ver em site alternativo estrangeiro que o editor da CH tinha uma posição nada liberal sobre os que negam o holocausto. Segundo ele, nada de discutir com essa gente, temos que eliminá-los.
Silvia Lazarin
18/01/2015 - 02h16
Religioes que matam/mataram em nome da fé, oprimem e humilham povos, raças e mulheres não merecem respeito nenhum. Enquanto elas não se retratarem dos crimes cometidos e não editarem as doutrinas que me ofendem vou rir dessas charges eternamente
Emilia M. de Morais
18/01/2015 - 00h44
https://www.youtube.com/watch?v=KQZza2hKx7M
luiz mattos
17/01/2015 - 20h28
Miguelito esse charlie já encheu o saco.
Sueli Maria Pereira Halfen
17/01/2015 - 22h00
Discutir sim…debochar não…
Miguel do Rosário
18/01/2015 - 07h17
Quer dizer que o humor está censurado?
Emilia M. de Morais
17/01/2015 - 21h56
Miguel Do Rosario, tem ainda um adendo: não lhe falei, em nenhum momento, de charges que eu “queria”; não ponha na minha conta palavras suas, frutos de uma interpretação desatenta para dizer o mínimo, senão maldosa. Mais cuidado com as suas palavras! Não concordo que se deboche de crenças religiosas alheias, sejam quais forem, até mesmo aquelas que nossos preconceitos rotulam de anímicas ou primitivas. O que estou questionando é a ideia de isenção anárquica que você e outros estão repassando, em relação às charges!
Andre Lux
17/01/2015 - 21h48
Se disseminar lixo contra gente poderosa faz um publicação ser de esquerda, então a Veja e o Danilo Gentili também são. Só que não.
Francisco de Assis
17/01/2015 - 18h41
Miguel
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Ainda bem que você deixou de lado, neste seu “Vive Charlie III”, o vira-latismo do seu “Vive La France II”.
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Mesmo assim, você continua preso no seu círculo de giz, a praticar um péssimo jornalismo neste triste episódio do covarde assassinato de jornalistas e outras pessoas inocentes em Paris.
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Um jornalismo piegas, de compaixão seletiva (como disse outro comentarista), na defesa “não sabe porque” da “honra” do Charlie Hebdo. Seria talvez por uma identificação com o terrorismo global, à base de canetas, de que está sendo vítima em terra brasilis?
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Um jornalismo inocente, e útil você bem sabe para quem, ao insistir no “… lado positivo, de ver o primeiro ministro de Israel e o presidente da Palestina , marchando juntos”, um “gesto simbólico de paz”, num elogio vergonhoso ao terrorista Netanyahu, esquecendo o sangue, ainda quente e latejante na consciência da espécie humana, do assassinato de mais de 2200 palestinos, dos quais mais de 500 crianças, no último massacre do genocida e criminoso de guerra Benjamin Netanyahu.
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Um jornalismo bovino que aceita a versão contada pela mídia judaico-cristã, metida até o pescoço nos crimes de guerra da “civilização industrial-militar ocidental” contra o Afeganistão, o Iraque, a Líbia, a Síria e tantos outros.
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Um jornalismo simplista que tenta reduzir todas as críticas que recebeu a uma só, a mais fácil de responder, tentando generalizar como se todos os seus críticos estivessem a difamar seus novos heróis, uma baita inverdade, que me ofende e a muitos colegas comentaristas da esquerda, que você até chamou de burra.
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Um jornalismo que, pior do que não enxergar o outro lado na sua inteireza, mostra claramente que não quer enxergá-lo, quando reduz o contexto espaço-temporal ao “caldo cultural” estritamente necessário às suas conclusões, ignorando totalmente o massacre que o Ocidente imperial e colonialista, com significativa participação da França, tem praticado continuadamente contra os muçulmanos, árabes, africanos e asiáticos, e reduzindo o crime a uma questão de vingança religiosa e pessoal de alguns jovens. Como faz nestes parágrafos, em que, tal qual um merval dos últimos tempos, aparenta ter entrevistado a alma dos supostos assassinos, para de lá extair a verdade:
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‘Esses jovens odiavam, é preciso admitir, o jornal Charlie Hebdo, por causa da decisão dele de publicar as charges de Maomé. Eles não conheciam quase nada do jornal. Nunca leram uma edição. Tinham apenas uma visão simplista, construída pelo maniqueísmo típico de redes sociais, cujo exemplo vimos também no Brasil, de que Charlie era “islamofóbico”.
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Este foi o caldo cultural que levou os terroristas a fazerem o que fizeram.’
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Teria muito mais a dizer, mas fico por aqui, torcendo para que você saia deste mergulho louco no mainstream. Para isso, acho que pode ajudar a leitura do seu colega e mestre Fernando Brito no artigo “Je suis Haiti”.
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E apenas repito o que já lhe disse anteriormente:
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“E viva o direito das crianças palestinas e muçulmanas de crescerem para poder se expressar, sem que um piloto-terrorista ocidental lhe jogue antes uma bomba na cabeça. Que elas não sejam esquecidas e sejam defendidas com tanta ênfase quanto os jornalistas covardemente assassinados em Paris, pois são todos seres humanos.”
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Um grande abraço.
Joca de Ipanema
18/01/2015 - 18h56
Esse piloto terrorista não é ocidental, é Israelense, sob as ordens de Natanyahu, este sim extremista que nunca deveria ter sido alvo de honrarias em Paris. . Não confunda palestinos com Boko Haram, Al Kaeda e E.I., ou outros fanáticos extremistas religiosos, seja de que lado for. O Hamas já saiu da lista de movimentos terroristas da ONU, e a Palestina já foi reconhecida como nação, inclusive pela França. Os Charlie nunca foram contra o povo palestino, aliás muito pelo contrário. Não vistes uma das charges? Ou não quis ver? O princípio de teu comentário me leve a crer que estás beirando o espírito que Nelson Rodrigues chamou de complexo de vira-lata.
Francisco de Assis
18/01/2015 - 20h45
Confuso, hein Joca. Eu acho o Netanyahu um terrorista, e você, mais educado, acha o sujeito um extremista. Tamo junto aqui, certo?
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Pergunto-lhe agora: o Miguel do Rosário elogiou o Netanyahu ou não? Bem, ele não se defendeu da minha afirmação.
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E então você invade ‘minha alma’, como o Miguel fez com os supostos assassinos do Charlie, tal qual um merval dos últimos tempos, e dispara a me atribuir um monte de coisas.
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Confuso, né Joca?
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Cê me respeite, seu menino.
Joca de Ipanema
19/01/2015 - 18h26
Tá bem Tio Francisco. Agora você é quem invadiu minha alma, bafejando-a com agua da fonte da juventude. Desculpa Francisco. Netanyahu é Terrorista mesmo. Tá bom? Agora lê as charges pró palestina a constate que o Charlie, atira para todos os lados.
Mauro
17/01/2015 - 18h12
Miguel,
você defende a liberdade de expressão , isso é óbvio.
O que eu pergunto é se ela pode ou deve estar acima do bom senso?
Abraços.
Joca de Ipanema
18/01/2015 - 18h59
Defina você o que é bom senso. O problema começa aí, não não achas?
Mauro
19/01/2015 - 20h03
O bom senso fala por si só.
É sabido que existem terroristas muçulmanos que estão dispostos a matar e morrer em nome de um fanatismo.Evitar ofender um profeta de uma religião cheia de fanáticos, principalmente depois de vários precedentes como a perseguição a um escritor anos atrás já é um bom senso, ou estou errado?
Joca de Ipanema
20/01/2015 - 18h20
Acho que não, Isso é submissão das suas ideias por receio de uma resposta repressora.
Jocilene
17/01/2015 - 17h23
Nossa quanta agressividade com no Miguel.ele não eh obrigado a dizer o porque defende o Charlie. Ele eh blogueiro apaixonado pelo que fez muito mais que pediram..Eu me contentei em ver o Busch com aqla folha no rabo eu ri alto. Entendi q o cara tinha um humor negro e suas preferências era sim cuh alheio.nada de mais se o cub não fosse do Maomé.Enfim obrigada pelo artigo.Gostei um pouco de Charlie.Bem pouco.
Silvio Melgarejo
17/01/2015 - 18h34
E o que essa gente tão poderosa fez prá conseguir que o Charlie Hebdo abrisse esta exceção única em sua postura geral para adotar uma atitude de respeito pelo judaísmo que não teve com nenhuma outra religião?
Que tipo de argumento terá sido usado para persuadi-los de que sua liberdade de expressão tinha que se submeter ao limite do respeito aos valores e símbolos da fé e da cultura judaica?
Terão sido argumentos religiosos?
Morais?
Jurídicos?
Militares?
Ou terão sido argumentos financeiros?
Mistério…
Miguel Do Rosario
17/01/2015 - 18h10
ué, jeronimo, o fato de voce ficar reproduzindo a charge “infame”, te faz também um criminoso, então.
Miguel Do Rosario
17/01/2015 - 18h07
quer dizer, nem era exatamente piada antissemita. era uma piada até bobinha, mas despertou ódio em gente poderosa. mas foi demitido, não assassinado.
Miguel Do Rosario
17/01/2015 - 18h06
sobre a demissão do chargsita antissemita, explico sim na parte 2. não defendi. ele fez piada antissemita com o filho do presidente da república. o charlie não conseguiu segurar.
Miguel Do Rosario
17/01/2015 - 18h05
silvio, esssa foto aí não precisa de explicação de contexto, o que precisa ser contextualizado é a postura geral do charlie, conforme explica o post.
Silvio Melgarejo
17/01/2015 - 18h03
Não vi ainda nenhuma explicação sobre o “contexto” desta charge.
Também não vi nenhuma explicação sobre o fato de Jesus Cristo e Moisés não terem sido retratados desta forma.
E também não vi nenhuma explicação sobre o extremo rigor da direção do Charlie Hebdo com o chargista considerado antissemita. Demitiram o cara por ele ter se recusado a pedir desculpas aos judeus..
Mistérios….
Claudionor Damasceno
17/01/2015 - 16h02
Todo esse rosário em defesa da revista “humorista” esquece de contextualizar o passado colonialista francês, de onde deriva o número de argelinos “vivendo” no país, e tudo de simbólico que isso carrega. E o mais importante: ao focar o debate no que deixa ou não deixa de ser a revista CH, o autor apenas fortalece a jogada sionista e imperialista que esta em curso, já fantasiada nas teorias huntingtonianas de “choque de civilizações”. Nesse rosário, imperialismo, neocolonialismo, rapinagem e roubo das riquezas do planeta pela elite sionista pluto-bélica dos EUA e Israel é apenas uma quimera.
Miguel do Rosário
17/01/2015 - 16h17
Contextualizei sim. Culpar uma revista de esquerda, contestadora, antirracista e pequena, sem recursos, pelos erros da política externa francesa, é como culpar a Caros Amigos pela guerra no Paraguai.
Joca de Ipanema
17/01/2015 - 18h24
Não adianta Miguel. Não compreenderam, não se estresse mais. Você disse que não sabe porque diabos decidiu defender o Charlie. Eu sei. É sutil. É aquela sensação de saber que algo de muito importante ocorreu, com suas potencialidades de mudar muita coisa na história. Mas no momento em que começam a pipocar certas opiniões, aí vira certeza. Aproveite e vá tomar umas num verdadeiro zing parigot. Sugiro a Rue St. André des Arts, paralela ao Bld. Sr. Germain, longe da muvuca. Ou então na Place dela Contrescarpe, e arredores da Rue Mufftard. É lá que está a verdade.
Miguel Do Rosario
17/01/2015 - 17h52
Respondi já.
Emilia M. de Morais
17/01/2015 - 17h51
Miguel, você não me respondeu com um só fato mas com sua hipótese imaginária. Acontece que eles fizeram várias charges com Cristo e Maomé e nenhuma, ao que parece, com Javé, Abraão, Moisés, ou profeta do AT. Apenas teriam deixado para escrachar os personagens sagrados do judaismo em um hipotético futuro? Seria isso mesmo? Com todo o meu respeito e admiração e até gratidão pelo seu incansável trabalho, permita-me lhe dizer: acho estranho mesmo que essa sua resposta lhe satisfaça! Sorry!
Miguel Do Rosario
17/01/2015 - 17h46
Emilia M. de Morais no texto eu respondo sim. se eles continuassem vivos, poderiam muito bem vir a fazer essas charges que você está querendo. Morreram, não poderão fazer mais.
AlceuCG
17/01/2015 - 16h25
Ê Miguel, entrastes numa roubada, hein? Esta sua resposta é bisonha! Rsrsr! Poderiam muito bem fazer charges sobre personagens do AT! Em quase 50 não fizeram e você usa tal argumento? Volto a perguntar, é mesmo o Miguel do Rosário que se enveredou por um labirinto do qual não tem competência pra sair honrosamente?
Emilia M. de Morais
17/01/2015 - 17h35
Miguel, sou sua leitora assídua e, via de regra, gosto muito do que você escreve! Nos comentários à segunda parte desta sua longa matéria você anunciou que daria uma resposta às minhas objeções. Como chegou ao final da série, penso que já esgotou o tema. Sendo assim, respondo-lhe, mais uma vez. Não estou entendendo mesmo, nesse caso, a sua visão turva! Onde está a resposta ao que escrevi? Onde está uma charge, ao menos uma, debochando das figuras míticas e mais sagradas do judaísmo? Foi este o meu apelo: que você me mostrasse ao menos uma! Afinal, encontrou alguma nomeando Javé, Abraão, Moisés ou algum profeta do AT? A sua noção de isenção, na crítica anárquica, inclui o Estado de Israel mas exclui o judaísmo, é isso? Será que você considera que charges debochando, diretamente, das pessoas míticas e/ou históricas de Cristo e Maomé visam e ofendem apenas a cristãos ou a muçulmanos fanáticos e fundamentalistas? Será que aquelas charges não constrangeram também crentes cristãos ou islamitas moderados e pacíficos que jamais pegariam em armar para matar jornalistas? Será preciso me repetir e lembrar que poderosos de plantão nos EUA, em Israel ou alhures, assim como rabinos, papas, cardeais ou mulás se situam muito abaixo na esfera da espiritualidade, ou seja, estão muito mais na esfera do mundano do que do sagrado? O que mais ofendeu aos muçulmanos foram charges representando algum mulá ou chefe de um Estado árabe ou foram aquelas que escrachavam Maomé? Comparar críticas e ofensas a algum chefe de Estado (americano, árabe ou israelense) com deboche de Maomé ou Cristo me parece uma enorme forçada de barra. Pergunto ainda: nivelar governantes e tiranos ocasionais com os guias espirituais fundadores de algumas religiões, já não é um sintoma? Que toda a condenação do crime e de solidariedade com as vítimas, não nos impeça de enxergar o que aparece tão claramente. Quem quiser saber com mais detalhes sobre o que Miguel não me respondeu, pode consultar, nesta mesma página, meus comentários à segunda parte dessa matéria.
E, se é pra discutir a fundo limites, ou não, à liberdade de expressão, haveríamos de encarar também questões como esta: deve-se admitir um presumido “direito” (atenção às aspas!) de Jean Marie Le Pen propalar para Europa, França e Bahia que o holocausto foi só um mero “detalhe”?
AlceuCG
17/01/2015 - 16h14
Muito bom, Emília! Com outras palavras também já questionei o Miguel sobre essa questão. Seus comentários ele ainda publica, os meus, nem isso! Rsrsrsr!!
Luciano Prado
17/01/2015 - 15h11
Quando uma pessoa precisa explicar exaustivamente seus pontos de vista para uma multidão que não compreende ou até compreende, mas não aceita é porque essa pessoa está certa e todas as demais estão erradas. É assim que se formam sociedades civilizadas.
AlceuCG
17/01/2015 - 16h20
Luciano, você já pensou na possibilidade de o Miguel não estar conseguindo explicar sua posição na questão do Charlie justamente por falta de argumentos? Leia os comentários da Emília M. de Morais, a qual questiona a a total omissão do jornal quando o assunto é detonar os personagens do antigo testamento. Provavelmente se eles fizessem isso, ao invés dos radicais muçulmanos, seriam executados pelo mossad, pois os judeus ortodoxos são tão, ou mais fanáticos que os referidos muçulmanos. E lá em israel, no frigir dos ovos, quem manda são eles.
Karlo Brigante
18/01/2015 - 15h24
Onde assino?
HASSAN
17/01/2015 - 14h59
Charlie est mort, tout se est terminé, vous ne deviendrez pas se masturber inutile de vouloir justifier l’injustifiable, il a cherché la mort méprisé milliard et 600 millions de fidèles, sachant que cela signifie qu’il y avait deux qui serait le hanneton, donc la mort de Charlie
Samuel Oliveira
17/01/2015 - 13h57
http://oglobo.globo.com/mundo/2015/01/16/2273-brasileira-muculmana-atacada-pedradas-em-sao-paulo