Aos poucos a economia vai entrando nos trilhos.
O nosso maior terror, a inflação, contra o qual o governo concentra à sua munição mais pesada, às vezes até com um certo exagero, encerra o ano abaixo do teto da meta.
Segundo o IPCA-15, que é a inflação mensal medida pelo IBGE, do dia 15 de um mês até o dia 15 do mês seguinte, a inflação no acumulado de 2014 ficou em 6,46%.
Abaixo, portanto, do teto da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 6,5%.
Assim, o primeiro mandato de Dilma termina com essa importante vitória: manteve a inflação dentro da meta durante os quatro anos de gestão.
É uma vitória econômica e social que se transforma, naturalmente, em vitória política.
Explica a vitória de Dilma nas eleições deste ano.
A economia registra um crescimento baixo, mas a inflação se manteve sob controle, a renda subiu e o desemprego se mantém nos níveis mais baixos da nossa história.
O mesmo IBGE também divulgou hoje o nível de desemprego em novembro: 4,8%.
É praticamente uma situação de emprego pleno.
As ações da Petrobrás encerram o pregão de sexta-feira em alta, tanto na Bovespa, onde subiram quase 4%, fechando em R$ 9,83, quanto na bolsa de NY, onde registrou alta de 2,37%, atingindo US$ 7,34.
Circulou nas redes e nas bolsas a informação, simultaneamente alarmante e positiva, que George Soros está comprando pesado ações da Petrobrás.
Alarmante porque quem deveria estar elevando a sua participação acionária na Petrobrás, aproveitando o momento de baixa, é o governo brasileiro.
Positiva porque mostra o início de uma inversão de expectativas. Soros é um dos homens mais bem informados do mundo. Se ele está comprando Petrobrás é porque entende que há motivos para valorização das ações da estatal.
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No front político, há uma notícia que iremos explorar mais nos próximos dias.
Trata-se de um desdobramento do mensalão tucano, que deu origem ao mensalão petista, e nunca foi investigado a contento pelas autoridades, muito menos pela mídia. Ali, o dinheiro desviado é 100% público.
Ninguém precisa ingerir alucinógenos para provar isso, como fez um certo ministro do STF, tentando mostrar a Visanet, usada por Marcos Valério no mensalão, como “pertencente ao sistema público” apenas porque tinha “brasileira” em seu nome jurídico.
A lista de Furnas circula há anos nas redes sociais. A mídia insiste em chamá-la de falsa, apesar de atestada por autoridades e por um de seus autores, Nilton Monteiro.
Aliás, Nilton Monteiro é um delator das roubalheiras tucanas em Minas Gerais que jamais contou com a boa vontade do Estado, como tiveram Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef.
Youssef toda hora é beneficiado pelo esquema de delação premiada. Delata, é perdoado, volta ao crime, é preso de novo, volta a delatar, é perdoado de novo, num ciclo sem fim.
Já Nilton Monteiro delata, traz provas, monta o quebra-cabeças, mas como o esquema atinge tucanos, a mídia não lhe dá um milésimo de segundo em suas páginas e telejornais.
Para Youssef e seu advogado, horas e horas de Jornal Nacional, perdão de seus crimes.
Para Paulo Roberto Costa, perdão para ele e toda a família!
Para Nilton Monteiro, nada, apenas as masmorras do sistema penal mineiro.
Agora que, mais uma vez, a Lista de Furnas foi atestada como um documento verídico, por quanto tempo a mídia irá esconder isso do grande público?