Alguns grão-tucanos iniciaram hoje uma operação de redução de danos, em virtude da péssima impressão provocada pela manifestação pró-intervenção militar, ocorrida no sábado, em São Paulo, e, em escala ínfima, em algumas outras cidades.
O constrangimento é evidente. Os protestos caracterizaram-se por um discurso apavorante de intolerância, truculência e falta de respeito com a democracia.
Álvaro Dias veio com a história hoje de que os pedidos de intervenção militar foram “infiltrados”.
Lobão postou nas suas redes sociais que não apoia intervenção militar.
Rodrigo Constantino, blogueiro pateta da Veja, embananou-se todo. Primeiro disse ser contra intervenção militar, mas termina o post afirmando que, se o STF não aceitar o impeachment da presidenta, será o primeiro a apoiar um golpe.
Por fim, o governador Geraldo Alckmin deu entrevista dizendo que não chancela nenhuma manifestação em apoio a uma intervenção militar.
Os tucanos estão assustados com o nível de ignorância e violência políticas de sua própria base.
Em Brasília, uma família foi atacada perto da Esplanada, durante a manifestação tucana, na qual também havia cartazes pró-intervenção militar.
Não houve nenhuma “infiltração”, senador.
Este é o PSDB de hoje, infelizmente.
Um partido que reúne a extrema-direita mais golpista e mais violenta do país.
As manifestações de ódio, pró-ditadura, que estamos vendo são filhas do PSDB e da campanha de desinformação da mídia.
Nem jornalões, nem TVs, fizeram até agora um mísero editorial contra essa vergonhosa pantomina golpista.
Ou seja, consentiram. Alimentaram e açularam a besta.
Assista aos vídeos abaixo. O primeiro é um trecho de vídeo feito pela TV Folha, com cenas e entrevistas da reta final da campanha de segundo turno deste ano.
Uma eleitora de Aécio explica que, apesar de votar no PSDB, o que desejava mesmo era uma intervenção militar.
O segundo é um vídeo-reportagem feito por um jovem para o blog DCM, cobrindo a manifestação de sábado. O jovem entrevistado diz que o melhor substituto para Dilma seria “Bolsonaro”, e balança a cabeça positivamente quando o repórter fala se não queria intervenção militar: “Bolsonaro foi militar, conhece isso”.