[s2If !current_user_can(access_s2member_level1) OR current_user_can(access_s2member_level1)]
Prezados, queridas, perdão por fechar o texto para conteúdo exclusivo. As acusações covardes de Noblat aos blogueiros talvez tenham feito eu carregar um pouco nas tintas, então é melhor deixar o texto circular somente entre os assinantes.
[/s2If]
[s2If !current_user_can(access_s2member_level1)]
Para continuar a ler, você precisa fazer seu login como assinante (no alto à direita). Confira aqui como assinar o blog O Cafezinho.[/s2If]
[s2If current_user_can(access_s2member_level1)]
Desde que o Tio Sam voltou os olhos para cá com mais atenção, após a II Guerra, a nossa imprensa defende mais os interesses deles do que os nossos.
E tem uma razão de ser. A maior fonte de recursos da mídia brasileira sempre foram agências de publicidade sediadas nos Estados Unidos.
Na década de 60, havia uma relação promíscua entre os serviços de inteligência dos EUA e estas agências.
Hoje se sabe, e há provas, que o golpe de 64 foi financiado em parte pelos EUA. E o dinheiro foi parar em mãos dos barões da mídia, que portanto traíram a nossa democracia e o nosso país.
A mídia brasileira não é apenas golpista.
É traidora.
A Globo foi criada com dinheiro sujo dos EUA.
Para o coxinha médio, todavia, o maior problema é o PT, partido operário criado a duras penas por trabalhadores, acadêmicos. Gente humilde e classe média, que arriscou sua vida e suas finanças para oferecer ao povo uma alternativa política com chances de vencer a direita e a mídia.
O coxinha médio é burro, ingênuo ou mal intencionado.
Ele acredita, por exemplo, em Ricardo Noblat.
Noblat trabalha para a Globo, a empresa que, à serviço dos EUA, apoiou o golpe de 64, sustentou a ditadura, e hoje apoia qualquer candidato que, ao invés de defender o interesse nacional, faça o jogo do titio Sam.
Marina, por exemplo.
A propósito, na última sexta-feira, a uma semana da eleição, Marina viajou aos EUA, junto com seu vice, Beto Albuquerque, para vender aos gringos uma proposta de “livre comércio”.
Ou seja, quer ressuscitar a Alca, que transformou o México numa economia devastada pelo desemprego e pela violência.
Noblat entrevistou a presidenta Dilma e, no meio da conversa, pediu que ela falasse menos, para que ele e seus colegas da Globo pudessem falar mais.
E agora, após a presidente conceder uma entrevista de mais de duas horas aos blogueiros, onde ela teve espaço para falar de seus programas de governo, Noblat deu um chilique na internet.
Num surto de irresponsabilidade e mau caratismo, ele chamou a entrevista de “farsa” e diz que os blogueiros recebem dinheiro do governo.
Ora, as entrevistas da Globo são um desastre. Aquilo não é entrevista, é uma gincana.
Uma sessão torturante em que todos ficam constrangidos.
De um lado, um punhado de jornalistas raivosos, ressentidos e intimidados por seus patrões golpistas.
De outro, um candidato visto antes como uma presa a ser abatida do que um representante político do povo brasileiro, que teve e terá dezenas de milhões de votos, e que precisa ser ouvido. Com um mínimo de respeito.
Estou falando de Dilma, Aécio e Marina.
A Globo não respeita ninguém. E acha que isso é o certo. Só empresários, celebridades e políticos de outros países merecem respeito. Políticos brasileiros, não.
Os blogueiros que entrevistam Dilma não recebem dinheiro de governo.
Conheço vários que fizeram a entrevista. Já fui na casa de alguns deles. São todos pessoas simples e idealistas, que tentam apenas fazer um trabalho diferente daquele que é feito por nossa imprensa dita profissional.
São pessoas cheias de problemas domésticos e financeiros, como a grande maioria dos brasileiros, mas, igualmente como a maioria, cheios de esperança e otimismo de que ainda viveremos num país mais justo.
A entrevista foi espontânea e corajosa. Blogueiros perguntaram o que quiseram. Não houve sequer um bate papo anterior com alguém do governo para que se evitassem certas perguntas.
Por que Noblat age assim?
Acusar sem prova é violentar a própria instituição do jornalismo.
É sabotar a própria liberdade de expressão.
Montesquieu conta que, tanto em Atenas quanto em Roma, a democracia procurava estimular a liberdade de expressão dos cidadãos que faziam discursos na ágora e demais espaços políticos populares.
Todos tinham liberdade para falar o que desejavam. Isso era emocionante, em vista dos séculos ou mesmo milênios, nos quais esses povos viveram sob regimes autoritários e tirânicos.
Por isso mesmo, para que a liberdade não fosse usada para fins escusos, a acusação sem prova era considerada um crime gravíssimo.
Em Atenas, aquele que lançasse uma acusação sem prova, era imediatamente condenado a pagar uma pesada multa.
Na Roma republicana, o crime de calúnia era considerado tão grave que o acusador era marcado com um K, de Kalunia, na testa.
Não preciso nem processar Noblat. Tenho mais o que fazer do que responder puxa-saco da Globo.
Basta-me, por hora, imaginar que ele tem um K impresso bem no meio da sua testa.
[/s2If]