Os infográficos abaixo evidenciam uma realidade incontestável, só mesmo escondida pela mídia.
O eleitorado de Marina Silva é incrivelmente concentrado em São Paulo, onde tem caído (tinha 38% e agora tem 32%).
O primeiro infográfico é do Estadão Dados, feito com números do Ibope. A mancha vermelha é Dilma. A amarela, Marina.
Marina lidera em 3 estados e no Distrito Federal. Dilma lidera em quase todo o resto do país.
Em Minas, pintado como cinza ou “empate técnico”, Dilma tem 32%, Marina 20% e Aécio 31%.
No Rio Grande do Sul, Dilma tem exatamente o dobro das intenções de voto em Marina: 42% X 21%.
Abaixo, um infográfico do Globo de domingo. Mostra os palanques de cada candidato no 1º e 2º turno. É impressionante a superioridade política de Dilma Rousseff.
Está claro que a candidatura de Dilma Rousseff é infinitamente mais capilarizada, mais representativa, mais distribuída, por todo o Brasil.
O fenômeno Marina é uma reação assustada de São Paulo, querendo subjugar o resto do Brasil. Sendo um estado com alto nível de industrialização, e com receitas próprias muito relevantes, São Paulo não se entusiasma tanto com os programas sociais federais, nem com a política de investimentos em infra-estrutura.
São Paulo está errada, contudo.
O PSDB, que governa o estado há décadas, não fez os investimentos mais básicos: infra-estrutura hídrica, para melhor distribuir a água nas áreas de maior concentração urbana; e metrôs, para desafogar o trânsito da capital.
A política industrial do governo federal, usando o BNDES para emprestar a juro baixo para as grandes empresas produtivas de São Paulo, permitiu a travessia da crise internacional com danos mínimos. Não houvesse a política industrial, poderíamos – incluindo São Paulo – ter saído da crise com um cenário de devastação.