A Globo começou a atacar Roberto Amaral com incrível virulência assim que se soube da morte de Campos.
Como representante maior da direita no Brasil, a Globo entendeu que o então vice-presidente do PSB, agora presidente, representava o velho PSB de guerra, o PSB socialista de Miguel Arraes, hoje destroçado pelo neoliberalismo esverdeado de Marina.
E esse velho PSB tem que morrer de vez, para que o novo PSB, o PSB neoliberal e submisso às diretrizes da mídia, que por sua vez as bebe em Washington, possa ganhar espaço no partido.
Os ataques da Globo são infantis.
O box editorial publicado hoje na página 5 diz, entre outras babaquices:
“Sabe-se que Amaral, ministro de Lula, é lulopetista de carteirinha”, diz o Globo.
Ora, Amaral é presidente do PSB. Sua carteira é do PSB. Chamá-lo de “lulopetista” de carteirinha é uma baixaria inacreditável.
Esses editorialzinhos da Globo revelam o ódio mortal da emissora a qualquer força trabalhista.
É sintomático, porém, que a Globo esteja ao lado de Marina e contra Roberto Amaral.
Espero que um dia, o PSB acorde do pesadelo neoliberal provocado por Marina Silva, e volte a ser um partido comprometido com a luta contra a desigualdade e em prol do desenvolvimento.
Sobreviver à “pororoca da mudança” de Marina Silva será talvez o maior desafio do PSB desde a sua fundação.