E olha que sonegação não constrói ponte, viaduto, metrô, VLT, estádio, BRT, não traz turista, não estimula construção de hotel.
A sonegação dos grandalhões apenas serve para jogar a carga tributária nas costas do trabalhador, da classe média e das pequenas empresas.
#sonegaçãopadrãofifa
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Texto publicado no site do Sinprofaz.
SONEGAÇÃO DE IMPOSTOS NO BRASIL É 12 VEZES SUPERIOR AOS GASTOS COM A COPA DO MUNDO
Nos primeiros oito meses de 2014, o Brasil deixou de arrecadar cerca de R$ 300 bilhões em tributos. É o que aponta o Sonegômetro, ferramenta criada pelo SINPROFAZ para aferir o quanto é sonegado no País.
Com o objetivo de atrair a atenção da população para o assunto, o SINPROFAZ realiza mais uma ação da campanha “Quanto custa o Brasil pra você?” Durante esta quarta-feira, 6/8, o caminhão com o placar eletrônico da sonegação estará no piso superior da Rodoviária de Brasília, revelando que a sonegação no Brasil já ultrapassa os R$ 300 bilhões. Esse valor equivale a 12 vezes o que foi gasto com a Copa do Mundo no Brasil.
A Copa 2014 apresentou um gasto global da ordem de R$ 25, 6 bilhões, de acordo com os dados da Matriz de Responsabilidade Consolidada, do Ministério do Esporte. Esse valor ainda precisa ser atualizado, pois o documento data de setembro de 2013 e refere-se aos custos de diversos empreendimentos: mobilidade urbana, estádios, aeroportos, portos, telecomunicações, segurança, turismo e instalações complementares destinadas à Copa das Confederações.
A estimativa é que a conta já tenha ultrapassado os R$ 30 bi. “Mas, se 25 ou 30 bilhões em obras com suspeitas de superfaturamento já representam um enorme gasto para o Brasil e, principalmente, para o bolso do contribuinte, o que dizer de um custo 12 vezes maior?”, observa Heráclio Camargo, presidente do SINPROFAZ.
O montante sonegado de janeiro a agosto de 2014, de acordo com o Sonegômetro, corresponde a mais de 200 Maracanãs, 300 Itaquerões ou quase 50 vezes o que foi destinado a todos os aeroportos das cidades-sede. “Mesmo sendo uma das questões mais graves para o equilíbrio das contas públicas e para a execução de políticas públicas, a sonegação descontrolada não tem despertado o interesse cidadão, por isso estamos fazendo o comparativo com os gastos da Copa”, afirma Heráclio Camargo.
O Sonegômetro é uma iniciativa do SINPROFAZ destinada a mobilizar e esclarecer a sociedade sobre os impactos da sonegação fiscal no Brasil. “O dinheiro que poderia ser investido na saúde ou na educação está indo pelo “ralo” porque a administração pública faz vista grossa para os grandes devedores e, com isso sacrifica cada vez mais os pobres e a classe média”, ressalta o presidente do Sindicato.
Estudo encomendado pelos Procuradores da Fazenda mostra que, se não houvesse sonegação fiscal, o peso da carga tributária poderia ser reduzido em 28,2% e, ainda sim, manter o mesmo nível de arrecadação.