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A imprensa está divulgando a pesquisa Ibope, curiosamente, sem compará-la com o último levantamento do próprio Ibope, da semana anterior.
A razão é simples: Dilma cresceu e seus oponentes caíram. Como a mídia corporativa faz oposição descarada ao governo Dilma, ela está fazendo um exercício constrangedor para esconder esse fato.
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Na pesquisa Ibope realizada entre os dias 4 e 7 de junho, os números eram estes:
Ibope (pesquisa feita entre os dias 4 a 7 de junho)
Dilma – 38
Aécio – 22
Campos – 13
Total Aécio + Campos – 35
Diferença – 3 pontos
Já a sondagem realizada entre os dias 13 a 15 de junho, divulgada hoje, traz o seguinte quadro:
CNI Ibope (pesquisa feita 13 a 15 de junho)
Dilma – 39
Aécio – 21
Campos – 10
Total Aécio + Campos: 31
Diferença – 8
Observe que a diferença entre DIlma e seus dois principais adversários cresceu de 3 para 8 pontos.
Quando analisado o segundo turno, e este blog acredita que haverá segundo turno, o desempenho de Dilma também melhorou.
Na pesquisa encerrada no dia 7 de junho, quando o confronto fica entre Dilma e Aécio, a petista tinha 42%, contra 33% do senador; uma vantagem de 9 pontos.
No levantamento terminado no dia 15 de junho, a vantagem de Dilma sobre Aécio, num eventual segundo turno, sobe para 13 pontos, com ela marcando 43% e o tucano, 30%.
Quando o confronto é contra Eduardo Campos, a vantagem de Dilma também se ampliou, de 11% na semana passada, para 16 pontos. Antes ela tinha 41%, contra 30% de Campos; agora ela foi para 43%, contra 27% do pessebista.
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Analisando o relatório completo da pesquisa Ibope, permanece o aspecto fortemente classista dessas eleições. A vantagem de Dilma sobre os adversários cresce na proporção inversa da renda. Quanto mais pobre, mais vota em Dilma.
Com Aécio, se dá exatamente o contrário, a sua força reside entre os mais ricos.
Campos também tem a sua maior força junto aos mais abastados.
Interessante ainda notar que o percentual de branco/nulos entre os que ganham mais de 10 salários é muito alto, 18%, bem superior, por exemplo, ao perfil do voto dos que ganham até 1 salário, onde somente 8% disseram que votarão nulo.
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Paradoxalmente, esse aumento da vantagem de Dilma, porém, acontece numa conjuntura negativa de avaliação do governo e da própria presidenta. Os gráficos são muito ruins. O item emprego, principal trunfo do governo, em virtude do recorde histórico negativo do desemprego, recebeu avaliação negativa da população; até mesmo o combate à fome, que desde o governo Lula vinha sendo um dos poucos campos em que o governo sempre recebeu forte aprovação social, agora tem avaliação negativa. Esses dois fatores provam o fracasso retumbante da comunicação do governo.
João Santana pode ser um marketeiro brilhante, mas falhou miseravelmente até o momento, se é que ele tem alguma responsabilidade nisso.
Outro número complicado para Dilma é a sua forte rejeição: 43% dos entrevistados disseram que “não votariam nela de jeito nenhum”. Pode-se dizer, contudo, que esse é o voto de oposição, pois está em linha com os votos em Aécio e Campos, que somam 41%. E confirma os sinais, já bastante claros para quem observe as redes sociais, de uma eleição bastante agressiva e polarizada.
Separei alguns gráficos da apresentação divulgada pelo CNI/Ibope:
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