Pois é, os urubus terão que escolher outro sítio para pousar. Porque a inflação está sob controle, e nos itens mais importantes para a população.
Segundo o IBGE, que divulgou há pouco o IPCA-15, alimentos e habitação puxaram para baixo a inflação de junho. O primeiro item caiu de 0,88% em maio para 0,21%, ou seja caiu quatro vezes. A habitação não ficou para trás, caiu de 1,19% em maio para 0,29%.
A inflação só não foi maior por causa do preço das passagens aéreas, que aumentou um pouco, devido a Copa. Jogos de azar e hotel também impediram uma queda mais acentuada.
Leia abaixo o texto da assessoria de imprensa do IBGE:
Vários alimentos consumidos em casa se destacaram com resultados em queda: batata-inglesa (-16,35%), farinha de mandioca (-11,67%), cenoura (-5,05%), hortaliças (-4,69%), frutas (-3,44%), feijão-carioca (-3,37%). Com isso a alimentação consumida em casa apresentou queda de 0,23%. Já a alimentação fora de casa a taxa foi de 1,06%.
A redução de Habitação (de 1,19% em maio para 0,29% em junho) foi influenciada pela região metropolitana de São Paulo, onde o resultado do grupo ficou em -1,07%, em virtude da taxa de água e esgoto, que apresentou queda de 18,36%, reflexo dos efeitos do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água, aprovado através da deliberação ARSEP n° 469, de 03/02/2014 e ampliado através da deliberação ARSEP n° 480, de 31/03/2014. O objetivo do programa, durante sua vigência, é bonificar com 30% de redução nas contas de água e esgoto, usuários que reduzirem em 20% o consumo mensal. Assim, com o resultado de São Paulo, a taxa de água e esgoto nacional foi para -4,02% em junho.
Outros itens relativos à Habitação também apresentaram taxas menores de um mês para o outro como: mão de obra para pequenos reparos (de 0,66% em maio para 0,34% em junho) e energia elétrica (de 3,76% para 1,32%).
O grupo Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,20% em maio para 0,67% em junho) também contribuiu para a redução do IPCA-15 no mês, em função, principalmente, dos remédios, que passaram de 2,10% para 0,65%, refletindo a parcela complementar do reajuste autorizado sobre os preços em 31 de março, que variou de 2,70% a 6,31%, a depender da classificação do medicamento.
Sob influência da maior demanda decorrente da Copa do Mundo, as passagens aéreas se destacaram com alta de 22,15%, gerando o mais elevado impacto no índice do mês, 0,09 ponto percentual. A variação apropriada em Salvador chegou a 37,39%, seguida de Goiânia, com 33,87% e do Rio de Janeiro 33,53%. O menor resultado foi observado em Belém com 4,13%. Assim, a alta das passagens aéreas aliadas às passagens do ônibus urbano (1,05%) e conserto de automóvel (1,23%) fizeram com que o grupo Transportes fosse de -0,33% em maio para 0,50% em junho. Ainda no grupo Transportes os combustíveis (-0,20% em maio para -0,90% em junho) continuaram com os preços em queda. A gasolina passou de -0,03% para -0,35% e o etanol de –1,13% para -3,50%.
Quanto às Despesas Pessoais (0,51% em maio para 1,09% em junho) a pressão foi exercida pelos seguintes itens: jogos de azar (7,80%), reflexo do reajuste médio de 26% de 11 de maio, excursão (5,30%) e hotel (4,12%). Já as despesas com os artigos de residência (de 0,29% para 1,00%) foram influenciadas pelo item eletrodomésticos (2,43%).