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Uma tal de União dos Vereadores do Estado de São Paulo (Uvesp) encomendou pesquisa ao Ibope cuja íntegra pode ser vista aqui.
A data da pesquisa são os dias 4 a 7 de junho, com 2002 entrevistas. Eu fiz uma análise para os assinantes do blog. Não esqueça que o Cafezinho vive, principalmente, de assinaturas.
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Separei vários gráficos para a gente comentar. Faço breves comentários embaixo de cada um. Como introdução, digo que a situação não está confortável para Dilma. Ela está perdendo feio demais entre as classes médias para cima; não confundir com gente rica.
Justamente o povo que ascendeu socialmente na era Lula já não sente nenhuma gratidão. Ao contrário, eles estão incorporando todos os preconceitos das classes superiores, como se eles quisessem copiá-las.
À primeira vista, a conjuntura me parece até um pouco perigosa, quase uma guerra de classes. No entanto, isso é comum em democracia: pobres de um lado, ricos de outro. O problema é que não são apenas os “ricos” que estão rejeiando Dilma, mas, como eu disse acima, uma classe média de recursos bastante modestos, que ingenuamente está se identificando com o andar de cima.
De qualquer forma, vale observar que o Ibope dá 38% para Dilma, contra 34% do Datafolha, mais recente. (A íntegra do último Datafolha já foi disponibilizada).
A confiança na presidenta está negativa, o que é péssimo. Entretanto, há uma concentração muito forte da rejeição nas classes médias para cima.
A divisão por região também revela uma disparidade impressionante entre o Sul e o Nordeste. No Nordeste, Dilma é aprovada por 61% X 32 que desaprovam. No Sudeste, a aprovação é negativa: 34% X 61% que desaprovam.
A mesma coisa.
Num segundo turno, quem está segurando o voto em Dilma são os mais pobres.
O nome de Marina faz Campos crescer um pouco na pesquisa, mas nada espetacular.
A divisão classista no primeiro turno é algo impressionante.
A divisão regional também impressiona. Repare, contudo, que Dilma se mantém na dianteira também no Sudeste, com 29%, contra 25% de Aécio e 11% de Campos.
A divisão por faixa etária não é significativa para nenhum candidato. Não há “choque geracional”. O fator predominante é classe sócio-econômica.
Conclusão: Dilma terá que trabalhar bastante para recuperar ao menos um pouco do eleitorado perdido da classe média. Uma coisa é ter a oposição da mídia; outra coisa é perder num setor que detêm hegemonia absoluta sobre os debates e a opinião pública.
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