Se tem uma uma coisa pela qual eu me orgulho de ser brasileiro é o bom humor.
E bom humor que se preza ri até mesmo da desgraça. É o caso agora. Lembram do post que eu publiquei há alguns dias, sobre matéria da Economist falando que a Globo é a companhia mais poderosa do Brasil e que detêm uma concentração absoluta da mídia nacional?
Pois é, nenhum órgão de mídia repercutiu.
Nenhum.
Silêncio sepulcral.
Acho que nem o Comitê Central da China tem tanto poder!
Até que…
no Manhattan Conection, um dos integrantes, numa distração fatal, solta um comentário inocente sobre a matéria.
“Tem uma matéria longa na Economist sobre a Globo. Diz que é a companhia mais poderosa do Brasil”
O âncora do programa, aterrorizado com o assunto, disfarça : “Companhia de mídia…”
Companhia de mídia uma pinóia. A matéria da Economist fala que é a mais poderosa do Brasil, e dá as razões.
E a família Marinho, dona da Globo, é a mais rica do Brasil.
Claro que a Globo é a mais poderosa, infelizmente.
Só que o assunto não dura nem 5 segundos. O âncora responde “é isso aí” e muda de assunto.
É para rolar de rir durante anos!
Parece o âncora da Coreia do Norte, ao comentar uma gafe do presidente Kim Jong-un. Um olhar apavorado e um “é isso aí”!
Não estou julgando os jornalistas em si. O problema é a situação.
Qualquer um na mesma situação, ou seja, com o leitinho das crianças dependendo da Globo, agiria de maneira similar.
O lado mais trágico da ditadura, mais do que a opressão em si, é a humilhação que obriga a maioria das pessoas a se curvar.
Os herois sempre são raros. E ninguém tem obrigação de ser heroi.
Por isso mesmo a pergunta urge: quando iremos nos livrar dessa ditadura?
A pérola me foi enviada por um leitor, cujo comentário reproduzo abaixo.
Sugiro vocês baixarem o vídeo e publicarem em outras plataformas, porque a Globo tem acesso fácil ao youtube e vai mandar proibir o vídeo já já.
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Por Midionauta, em comentário ao post “Economist: hegemonia da Globo não tem comparação no mundo!“:
Cafezinho! Você vai adorar essa: o Manhattan Connection “repercutiu” o artigo incômodo da Economist sobre a Globo: 15 segundos de nada e um “É isso aí”