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Povo ensina coxinhas a protestar sem violência

Hoje tem uma longa matéria no Valor, ocupando quase uma página inteira, refletindo como as mobilizações de rua evoluíram de junho do ano passado até hoje. A classe média saiu das ruas, entraram sem-teto e trabalhadores. A diferença maior? O povo pobre e trabalhador faz protestos bem mais organizados, com foco, tem lideranças que dialogam […]

14 comentários
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Hoje tem uma longa matéria no Valor, ocupando quase uma página inteira, refletindo como as mobilizações de rua evoluíram de junho do ano passado até hoje.

A classe média saiu das ruas, entraram sem-teto e trabalhadores.

A diferença maior? O povo pobre e trabalhador faz protestos bem mais organizados, com foco, tem lideranças que dialogam com as autoridades, e não promovem quebra-quebra.

Houve, de fato, uma crise na representação sindical, o que tem seu lado saudável, de dar um susto na pelegagem e forçar as diretorias a abandonarem a zona de conforto. Não adianta ser amigo do patrão. Tem que ficar ao lado da classe trabalhadora e entender suas demandas.

Claro que essa crise nos sindicatos tem um lado negativo, de levar ao extremo oposto da pelegagem, à influência de um radicalismo vazio, com ascensão de lideranças oportunistas e demagógicas.

Mas o tempo, sábio como só ele, encarrega-se de botar as coisas nos eixos. Aos poucos, o bom senso – um dom que o destino disseminou democraticamente para todos, conforme ensinava Descartes – prevalecerá.

O mais importante é que houve um processo de retomada das ruas por parte do povo.

Os coxinhas manipulados e manipuladores, reacionários e truculentos, deram lugar a trabalhadores e sem-teto. Esses não depredam patrimônio público e seu objetivo não é invadir a Câmara dos Vereadores para tirar a roupa lá dentro. Eles querem políticas públicas concretas, pontuais, que melhorem suas condições.

Ás vezes, suas manifestações cometem alguns excessos, como paralisar vias de importância vital numa cidade, impondo sofrimento a outros trabalhadores, mas não se pode, nem de longe, comparar ao clima barra pesado de violência pura que caracterizava algumas manifestações difusas, nas quais havia predomínio de classe média e coxinhas histéricos.

 

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Heloisa Gama

04/06/2014 - 13h10

Mas estes grupos populares sempre estiveram na rua, encarando tropas da polícia militar, políticos e,, inclusive, os “coxinhas” que antes criticavam tais manifestações, resumindo os sujeitos de “vagabundos que atrapalham a vida de trabalhadores”. Professores do Ensino Básico, MST, Indígenas nunca saíram das ruas.

Renato Colotto

03/06/2014 - 05h22

Até as chamadas de ordem nos protestos dos movimentos populares são melhores… Nas “coxinhatas”, a “mimimilitância” só sabe gritar: “não vai ter copa”, “sem bandeira”, tudo não, sem, não pode… Um negativismo deprimente. Nas passeatas dos movimentos populares o povo canta: “Esse é nosso país, essa é a nossa bandeira, é por amor à essa pátria Brasil, que a gente segue em fileira”… E as reivindicações são definidas: queremos moradia de qualidade, saúde para todos, transporte decente… O povo quer construir, não destruir!

Ermindo Castro

03/06/2014 - 01h49

o chefe deste s grupos é um professor filosofo, seu nome é Guilherrme Boulos e se formou na USP e um coxinha classe alta de São paulo estudou de graça no ensino publico !!

Liza Moretti

02/06/2014 - 16h37

Destes protestos tenho orgulho!! Ele tem pauta e reivindicação definida!

Vivi Treno

02/06/2014 - 15h04

Soraya, acho melhor vc desenhar, pois tem gente que não entende mesmo. Lá vc sabe quem é a Profª Marilena Chauí???? Vai defender o Aécio, vai.

Mauro Coelho

02/06/2014 - 14h58

Será que é só fingimento mesmo? kkkkkkk

O Cafezinho

02/06/2014 - 14h56

extrema esquerda radicalóide não nos representa, jony. deixa de se fingir de burro.

Jony Diaz

02/06/2014 - 14h23

Todos os q estão aprontando QUEBRADEIRA, são das correntes d extrema esquerda, PSOL e outras siglas insignificantes e sem voto, além dos BRÉQUIBRÓQUIS d costume. Mas os esquerdopatas d plantão, q não sabem o q fazer, jogam a merda no ventilador pra CULPAR A CLASSE MEDIA!!!! hehehehehe….Sindrome de CHAUÍ!

Mauro Coelho

02/06/2014 - 14h13

Muito bem Soraya, acho que você não vai precisar desenhar para o Jorge, que no mínimo se acha um rico integrante da classe média que contribui para o nosso belo quadro social! kkkkkkkk

Soraya da Silveira Franke

02/06/2014 - 13h41

Sr. jorge Silva O problema é que os que se dizem “classe média” não se veem como povo ou trabalhador, tanto que vivem dizendo: o povo brasileiro é isso…o Brasil é aquilo…, como se não fizessem parte; consideram-se aspirantes à elite. Importante compreender o conceito sociológico para compreender o ponto de vista da matéria. Por isso o “povo ensina coxinhas a protestar sem violência” na chamada. Abraço.

Jorge Silva

02/06/2014 - 13h24

“A classe média saiu das ruas, entraram sem-teto e trabalhadores.” Então a classe média não é trabalhadora, é isso ?

Vitor

02/06/2014 - 10h22

Miguel, coloco apenas alguns pontos:

1) A grande maioria dos chamados coxinhas não praticam violência, os tais “praticantes de tática black bloc” que trouxeram ela para as manifestações… Foi a extrema esquerda, não os direitistas…

2) O MST gosta, e muito, de protestar com violência, tá no DNA deles, mesmo sendo um grupo de “trabalhadores”, com muitas e muitas aspas…

3) Vi em um texto do DCM que participar em manifestações do MTST conta como critério para receber moradia. Desculpe, mas pra mim isso é quase que uma “bolsa-militante”…

De resto, concordo com vc. Aquelas manifestações não tinham objetivo nenhum, era um bando de “playboy” gritando contra o PT, basicamente… Um monte de gente que nunca pisou em um hospital ou uma escola pública pedindo padrão Fifa, com todo oportunismo possível…

Vera Lúcia Piesanti Molinar

02/06/2014 - 13h18

chupam coxinhas!

Ciclovias Ciclofaixas Ferrovias

02/06/2014 - 12h55

tá tendo greve nos institutos federais também – o chato é os patrões tentarem colocar tudo no mesmo saco


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