A sonegação do Brasil é “padrão Fifa”!
Já publiquei um post com estatísticas mostrando que o Brasil é o país que mais sonega impostos do mundo. A sonegação brasileira corresponde a 13% do PIB, contra apenas 2,3% nos EUA.
Acho que isso é um problema mais importante do que os estádios da Copa, não? Os estádios, mal ou bem, vão ficar aí para os brasileiros curtirem outros jogos de futebol. A sonegação é um dinheiro jogado no ralo.
Por que será que a Globo não adere à campanha contra a sonegação?
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Publicado no site do Sinprofaz
Sonegação de impostos ultrapassa em 25 vezes gastos com Copa
Segundo sindicato, R$ 200 bilhões seriam suficientes para beneficiar mais de 2,7 milhões de pessoas com o Bolsa Família
Com a campanha Quanto custa o Brasil pra você?, a entidade defende que todos perdem a sonegação fiscal
A sonegação de impostos no Brasil ultrapassou em 25 vezes os gastos com as construções das arenas para a Copa do Mundo, uma cifra de cerca de R$ 200 bilhões correspondente aos cinco primeiros meses do ano, segundo dados do “Sonegômetro”, coordenado pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz).
Com a campanha “Quanto custa o Brasil pra você?”, a entidade defende que todos perdem a sonegação fiscal. “Estamos sempre falando sobre a alta carga tributária, mas também precisamos discutir o efetivo combate à sonegação e um sistema de cobrança mais justo para com os que ganham menos”, afirma o presidente do Sinprofaz, Heráclio Camargo.
Segundo o sindicato, R$ 200 bilhões seriam suficientes para beneficiar mais de 2,7 milhões de pessoas com o Bolsa Família ou na construção de cinco milhões de casas populares. O monitoramento foi lançado em 2013 e fechou o ano na marca de R$ 415 bilhões.
“A mesma administração que comemora um recorde de arrecadação – foram R$ 123 bilhões só no primeiro mês do ano, de acordo com a Receita Federal – já deixou de recolher quase que o mesmo valor por não cobrar de maneira mais eficaz os grandes devedores de impostos”, explica Camargo.
O estudo encomendado pelos procuradores da Fazenda mostra que se não houvesse sonegação, o peso dos tributos poderia ser reduzido em 28,2% e manter o mesmo nível de arrecadação.
Messias F. de Macedo
27/05/2014 - 19h16
O FUTURO DO BRASIL CHEGOU, DIZ DOMENICO DE MASI
Para o autor do recente livro ‘O futuro chegou’, que participou nesta terça-feira 27 de audiência pública no Senado, o momento do Brasil é este; segundo o sociólogo italiano, o País pode oferecer a um “mundo desorientado” um novo e pouco conhecido modelo de vida
27 DE MAIO DE 2014 ÀS 17:44
Marcos Magalhães, da Agência Senado – Nem o clima tenso que antecede a Copa do Mundo nem a perspectiva de reedição de grandes manifestações populares conseguem obscurecer o otimismo do sociólogo italiano Domenico de Masi. Para o autor do recente livro O futuro chegou, que participou nesta terça-feira (27) de audiência pública no Senado, o momento do Brasil é este. E o país pode oferecer a um “mundo desorientado” um novo e pouco conhecido modelo de vida.
Ainda em 1930, recordou o sociólogo, foi dito pela primeira vez, pela voz de um personagem do livro País do carnaval, de Jorge Amado, que o Brasil seria o país do futuro. Uma década depois, prosseguiu, foi a vez de o autor austríaco Stefan Zweig usar a mesma expressão como título de um livro sobre as possibilidades do país. Agora, compara o intelectual italiano, o Brasil tem o sétimo maior Produto Interno Bruto (PIB) do planeta, conta com grandes intelectuais e possui dezenas de boas universidades.
– O futuro chegou. Este é o futuro – disse De Masi ao final da audiência pública, promovida conjuntamente pela Comissão Senado do Futuro e pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).
Ele criticou a soberba europeia, que renega outras culturas, e elogiou o escritor Gilberto Freyre por ter dito que nunca gostaria de ser “completamente maduro, mas sim experimental e incompleto”. Em sua opinião, essa busca constante pelo conhecimento e pela sabedoria é uma das boas características do que chamou de modelo brasileiro. Entre as outras, ele citou a mestiçagem, em um mundo cheio de conflitos raciais, e a contemplação da beleza.
Para o sociólogo, o arquiteto Oscar Niemeyer definiu o espírito brasileiro ao contestar o racionalismo do arquiteto suíço Le Corbusier, que havia feito a defesa da linha reta. “O que me atrai”, respondeu Nimemeyer, citado por De Masi, “é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida”.
– O Brasil nunca fez uma guerra contra seus vizinhos, com exceção da Guerra do Paraguai. E enquanto nós fazíamos guerras na Europa, o que faziam os índios no Brasil? Faziam arte, pintando o corpo da mulher amada – comparou Domenico de Masi.
Coragem
Provocado pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que promoveu um diálogo com o convidado durante a reunião, presidida pelo senador Cyro Miranda (PSDB-GO), o sociólogo criticou os intelectuais, por não formularem um novo modelo de referência para as sociedades em um período pós-industrial. Em sua opinião, os intelectuais perderam a coragem e não se arriscam a estabelecer novos paradigmas. Ele criticou inclusive os intelectuais brasileiros, que classificou de muito pessimistas.
A senadora Ana Amélia (PP-RS) citou o economista francês Thomas Piketty, autor do livro O capital no século 21, para perguntar ao italiano se concordava com a conclusão de Piketty, de que a renda está cada vez mais concentrada no planeta. O sociólogo concordou em que a concentração de renda vem aumentando dentro de cada país. Ele observou, porém, que os países ricos estão ficando menos ricos, e os pobres, menos pobres.
A senadora Ana Rita (PT-ES) e o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) lembraram as diversas campanhas sindicais em defesa da redução da jornada de trabalho no Brasil, atualmente estabelecida em 44 horas semanais. De Masi inicialmente lembrou que há vários tipos diferentes de trabalho. Quanto ao trabalho criativo, exemplificou, o trabalho não para nunca, pois o intelectual precisa estar sempre atento ao mundo que o cerca. Como regra geral, ele defendeu jornadas semanais de 15 horas.
– O trabalho é um vício, não uma virtude. Um vício imbuído pela religião, para compensar o pecado original. No paraíso não se trabalha – disse de Masi.
O sociólogo concordou com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), para quem programas de renda básica deverão integrar o “futuro que está chegando”. Ele criticou ainda os ricos que não aceitam compartilhar sua riqueza com as parcelas mais pobres da sociedade.
– Conheci muitos ricos no Brasil que viviam cercados de seguranças. Perguntei a eles por que eles não pagavam impostos maiores, para que eles não precisassem de seguranças. Na Itália também existem ricos, mas os perigos são mínimos – comparou.
Mauro
27/05/2014 - 21h14
Discordo do que ele diz em relação ao trabalho.É uma necessidade para a nossa evolução no sentido da perfeição e do paraíso.
Messias F. de Macedo
27/05/2014 - 18h58
Se tivesse ‘padrão Fifa’, o Brasil seria muito pior
Por jornalista Mário Magalhães
27/05/2014 06:50
A palavra de ordem se disseminou com intenção generosa: o Brasil padrão Fifa seria melhor.
(…)
Com o perdão dos que adotaram a divisa, eu acho que o padrão Fifa é uma balela ou significa o avesso do lugar-comum que se fixou no imaginário nacional.
O país seria muitíssimo pior caso se espelhasse nos valores, métodos e obra de Sepp Blatter e seus bons companheiros.
Na saúde, o padrão Fifa seria o contrário de cuidar da vida dos brasileiros, o que se faz (ou deveria ser feito) com bons hospitais e pronto-socorros, profissionais qualificados e bem remunerados, prevenção acurada, saneamento para todos, alimentação decente e outras providências.
Seria o contrário porque a Fifa secundariza a saúde dos jogadores de futebol e prioriza o caixa.
Na Copa de 94, a entidade, ainda conduzida por João Havelange, impôs jogos ao meio-dia no escaldante verão californiano.
Já na gestão de Joseph Blatter, entregou de modo suspeito o Mundial de 2022 ao Catar, onde o calor torturante ataca na época do ano que a tradição reserva ao torneio.
Isso é se preocupar com a saúde?
A educação inspirada no padrão Fifa não seria dos sonhos, e sim o oposto.
(…)
O que o padrão Fifa propõe para quem é flagrado em impedimento, senão a impunidade? Que punição houve para Havelange e Ricardo Teixeira?
É essa a Justiça ideal, o padrão Fifa de combate à corrupção?
Padrão Fifa é exigir do outro o que não se faz _faça o que eu digo, e não o que eu faço.
A Fifa já nos fez muito mal. Fará mais ainda se o seu famigerado padrão se tornar o nosso modelo.
FONTE: http://blogdomariomagalhaes.blogosfera.uol.com.br/2014/05/27/se-tivesse-padrao-fifa-o-brasil-seria-muito-pior/
Messias F. de Macedo
27/05/2014 - 18h44
Presidente disse hoje que “o padrão Fifa é uma forma incorreta no Brasil de se tratar algumas questões”; “Os aeroportos, vocês me desculpem, mas não são padrão Fifa, são padrão Brasil… Não estamos fazendo aeroporto para a Copa ou para a Fifa, é para os brasileiros”, argumentou Dilma Rousseff, que lamentou ainda a visão pessimista sobre o torneio; “Tem uma mania no Brasil de se olhar para Copa e fazer uma avaliação crítica”
27 DE MAIO DE 2014 ÀS 17:13
(…)
FONTE: http://www.brasil247.com/pt/247/247_na_copa/141380/Dilma-defende-padr%C3%A3o-Brasil-n%C3%A3o-padr%C3%A3o-Fifa.htm
Elvio Rocha
27/05/2014 - 18h20
A a volta do imposto do cheque (CPMF) ajudaria muito a identificar quem embolsa dinheiro e fica impune. Por isso os tucanos trataram de abolir a CPMF, com Virgílio, Álvaro Dias e outros bicudos dando de dedo na cara do governo e do povo.
Vitor
27/05/2014 - 18h49
O PT quando era oposição tb tentou derrubar a CPMF. O objetivo número 1 das oposições do Brasil é atrapalhar quem está no governo, não importa de qual forma.
Messias F. de Macedo
27/05/2014 - 18h15
Prezado, egrégio e impávido jornalista Miguel do Rosário,
o senhor esqueceu de mencionar que os recursos para a construção dos estádios de futebol representam financiamentos do BNDS e CEF! Portanto, estes recursos serão devolvidos aos cofres públicos com juros e outros encargos contratuais!…
Felicidades! E parabéns pelo excelente, excelente mesmo, trabalho em prol do verdadeiro Brasil!
Messias Franca de Macedo
José Reinaldo Coelho Santos
27/05/2014 - 18h10
Por que será que a classe média não comenta, não reclama, não diz nada sobre esse verdadeiro absurdo que é a sonegação de impostos no Brasil? Será por que não dá na GLOBO. E alguém imagina por que não dá na Globo?(rs)
Vitor
27/05/2014 - 17h21
A diferença é que nos EUA sonegador vai pro xadrez, não tem choro nem vela! Aqui, se tudo der errado pra ele, ele paga o imposto…
Rafael
27/05/2014 - 18h10
Ele paga o imposto com desconto ainda!!!
No dia que prender o sonegador isso resolveria.
E uma reforma tributária seria essencial, diminuiria a complexidade e ficaria menos difícil de achar os sonegadores.
Vitor
27/05/2014 - 18h19
Sem dúvida… Tb temos que atentar pro fato que pagar imposto no Brasil é muito caro, não apenas pelo valor mas pela equipe que você precisa contratar para isso…
Urubulino Coimbra
27/05/2014 - 19h12
Porra, Vitor, vê se para de encher o saco e vai morar logo nos EUA. Aproveita e leva a “equipe Ellus” contigo
Vitor
27/05/2014 - 19h28
Realmente, com essa argumentação super embasada eu fiquei sem palavras. Retiro tudo que disse, o sistema tributário brasileiro é excelente! Pra frente Brasil!!!