Atualização: O Estadão acaba de confirmar o Ibope. Dilma subiu para 40% e ganha no primeiro turno. Confira o gráfico.
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A se confirmar o vazamento da Veja dos números do Ibope, explica-se o crescimento da animosidade do grupo de Eduardo Campos contra o PSDB. As eleições estão se polarizando entre Dilma e Aécio. Entre PT e anti-PT.
A ideia de colar Marina Silva à Campos não colou. Os marineiros ficaram decepcionados e os evangélicos descobriram, após quatro anos de governo, que Dilma não é filha do capeta.
Segundo Jardim (fonte perigossíssima, mas vamos lá, viver é perigoso), Dilma cresceu 3 pontos, Aécio 5 pontos e Campos apenas 2. Dilma estaria hoje com 40%, contra 20% de Aécio e 11% de Campos. Como Aécio e Campos somam apenas 31 pontos, seria vitória folgada de Dilma no primeiro turno.
A ver. O perigo é que os números sejam algum tipo de armadilha maliciosa da Veja.
De qualquer forma, acho que agora as coisas estão ficando mais consolidadas. Tem um setor da classe média, mais vinculado à opinião da mídia, que Dilma perdeu, porque foi incorporado ao antipetismo.
Mas há um outro setor, também da classe média, já vacinado. E o povão deve ir com Dilma, em função do baixo desemprego e da melhora da renda das camadas mais pobres. Dados recentes mostram que, durante a gestão Dilma, a desigualdade caiu fortemente, ainda mais que sob Lula. Isso vai fazer diferença no final, além de explicar também o “mau estar” das camadas mais egoístas das classes médias tradicionais.
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Na coluna de Lauro Jardim, da Veja.
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A pesquisa que o Ibope divulga hoje à noite dará alegria a todos os candidatos. Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos sobem em relação à última pesquisa Ibope, do dia 17 de abril.
Nela, Dilma aparecia com 37%, Aécio com 14% e Campos com 6%. Agora, Dilma surgirá na faixa dos 40%, Aécio no patamar entre 19%e 20% e Eduardo Campos sobe aos dois dígitos, em torno dos 11%.
Em comparação com o Datafolha de duas semanas atrás, poucas mudanças. Aécio e Campos, quando se coteja as duas pesquisas, estão do mesmo tamanho. E Dilma teria crescido um pouco, fruto do momento em que as entrevistas foram feitas – imediatamente após os programas de TV do PT e no auge da supreexposição de uma campanha publicitária em que o governo exibia suas obras.
De agora até o fim da Copa, é mais do que improvável que estes números mudem – exceto, claro, se acontecer algo muito significativo durante o evento. Ou seja, é com esses números que os três principais candidatos começarão a disputa em agosto, quando sobe a temperatura de campanha.
Por Lauro Jardim