Menu

Curto circuito no golpe! Ayres Britto detona Barbosa!

Às vezes é tão bom ser blogueiro de política! Sobretudo quando a gente vê dois manés se pegando. Ayres Britto, aquele que chancelou o tempo inteiro as loucuras de Barbosa durante o julgamento do mensalão, aquele que proferiu todo o tipo de delírios psicodélicos no mesmo julgamento, aquele que simula ser grande conhecedor do hábito […]

17 comentários
Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Às vezes é tão bom ser blogueiro de política! Sobretudo quando a gente vê dois manés se pegando.

Ayres Britto, aquele que chancelou o tempo inteiro as loucuras de Barbosa durante o julgamento do mensalão, aquele que proferiu todo o tipo de delírios psicodélicos no mesmo julgamento, aquele que simula ser grande conhecedor do hábito alimentar dos passarinhos (mas que não sabe nada), aquele que assinou um prefácio babão para o amontoado de besteiras assinadas por Merval Pereira, agora que ganhou uma sinecura no Innovare, da Globo, resolve se afastar de Barbosa.

Talvez seja porque Ayres Britto pode ser golpista e vendido à Globo, mas não quer se associar à sociopatia carcereira de Joaquim Barbosa. Golpista sim, desumano não.

Estupra, mas não mata!

Vamos ao belíssimo artigo de Cynara Menezes, nossa segunda blogueira preferida de São Paulo (a primeira é a Conceição Lemes, do Viomundo).

*

Joaquim Barbosa, o justiceiro de toga

Por Cynara Menezes, na revista CartaCapital

Houve certa vez um juiz na Grécia antiga que passou à história por seu poder e extremo rigor. Tanto fazia se o crime fosse furto ou assassinato, ambos eram punidos com a morte. Esse legislador se chamava Drácon (650-600 a.C.) e sobre ele diria um orador ateniense que escrevera leis com sangue, e não com tinta. Sua celebridade não é, portanto, exatamente digna de orgulho.

Nos últimos dias, o epíteto “draconiano” foi repetido muitas vezes em conversas no meio jurídico da capital para se referir ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. Houve também quem o comparasse a Tomás de Torquemada, o inquisidor-geral dos reinos de Castela e Aragão, responsável por levar milhares à fogueira no século XV. Nada lisonjeiro para o ministro. A causa das comparações é o excesso de rigor com que Barbosa age em relação e tão somente em relação aos condenados do chamado “mensalão”, principalmente o ex-ministro José Dirceu.

Na sexta-feira 9, o presidente do Supremo negou novamente a Dirceu, preso em regime semiaberto na Penitenciária da Papuda, o direito de trabalhar fora durante o dia. Segundo Barbosa, seria preciso cumprir um sexto da pena para obter o direito. Com a ordem, desfez de forma monocrática um entendimento do Superior Tribunal de Justiça de 1999 que permite o trabalho de detentos no regime semiaberto até hoje. Ou seja: sua decisão não atinge apenas Dirceu, seu alvo preferencial, mas milhares de encarcerados nas mesmas condições em todo o País.

As críticas a Barbosa partiram de todas as direções: juristas de diferentes espectros ideológicos, além da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal, condenaram a decisão. A mais contundente divergência em relação ao entendimento do presidente do Supremo partiu, porém, de seu antecessor no cargo, Carlos Ayres Britto. Em entrevista exclusiva a CartaCapital, Ayres Britto considerou que negar ao preso em semiaberto o direito de trabalhar fora não é praticar uma visão humanista do Direito e se assemelha a uma decisão “taliônica”: olho por olho, dente por dente. “Isso remonta aos tempos da barbárie.”

O ex-presidente do Supremo fez questão de destacar que falava “em tese” e que é “um grande admirador da independência” de Joaquim Barbosa em relação aos outros poderes da República. Também ressaltou que a posição defendida pelo sucessor no comando do STF não é isolada: outros juristas interpretam a lei da mesma maneira, exigindo cumprimento de um sexto da pena antes de liberar para o trabalho externo. Sua visão, porém, é distinta da defendida pelo ex-colega.

“Peço data venia ao ministro Joaquim, mas não concordo com seu entendimento. Meu modo de interpretar é mais humanista”, afirmou Ayres Britto. “O regime semiaberto não passa pela necessidade de cumprimento de um sexto da pena. Como requisito de progressão, para saltar de uma pena mais dura para uma mais branda, sim. A pena tem dois significados: o castigo, que é o caráter retributivo, o indivíduo paga pelo erro cometido, e o caráter ressocializador. É um signo de humanismo e de civilização de um povo incorporar à pena sua dimensão ressocializadora. E o trabalho é um mecanismo de ressocialização.”

Disse ainda Ayres Britto: “Entre o trabalho externo e o interno, é preferível o externo, porque o interno tem um caráter estigmatizante e o externo é extramuros. O apenado passa a ser visto pela sociedade como alguém em franco processo de recuperação e isso é bom para atenuar o estigma. O Direito humanista preza pela desestigmatização do apenado, porque isso é um preconceito. O preso é privado da liberdade, não da dignidade. Melhorar sua imagem faz parte do processo.”

O ex-presidente do STF, condutor do julgamento do “mensalão”, lembrou que a Lei de Execuções Penais fala do trabalho em colônia industrial ou agrícola, inexistente no Brasil. “O preso não pode pagar o pato por uma omissão do Estado. Foi por isso que se chegou ao entendimento permitindo o trabalho externo no semiaberto.” Para Britto o julgamento foi “legítimo” e é importante continuar a ser “exemplar” na execução.

“Não se pode ser exemplar no julgamento e errar na execução. O preso não pode ir para um regime mais severo do que o que foi condenado. Se foi para o semiaberto, tem que desfrutar do semiaberto”, defendeu. “Não se pode praticar nem o Direito Penal do compadrio nem o do inimigo, que estigmatiza o preso, o réu, e o vê como uma besta-fera, um cão dos infernos. É preciso muito equilíbrio nesta hora.”

Ex-presidente do STF entre 1995 e 1997, Sepúlveda Pertence concordou com Ayres Britto na manutenção do entendimento do STJ, ao contrário do que prega Barbosa. “Independentemente da discussão teórica sobre a Lei de Execução Penal, que é confusa, existe um entendimento do STJ e milhares de presos beneficiados por ela. Eu seguiria esse entendimento.”

Um aspecto ilustrativo da escolha de Barbosa para castigar os “mensaleiros” é que, no projeto de reforma da Lei de Execução Penal a ser votado neste ano pelo Congresso, os artigos sobre o trabalho do preso foram modificados e preveem o trabalho externo não só para condenados ao semiaberto como ao regime fechado, independentemente da fração de pena cometida. A diferença é que os presos em regime fechado estariam sujeitos à vigilância constante. O projeto deixa claro o caráter ressocializante do trabalho. “Não se trata de benefício penitenciário, mas de componente da própria execução penal tendente à reintegração social do apenado”, explica o texto.

O próprio procurador-geral da República, Rodrigo Janot, emitiu parecer favorável ao trabalho externo de Dirceu. “No que concerne ao requerimento de trabalho externo ao sentenciado, não há nada a opor, porque, do que se tem conhecimento, os requisitos legais foram preenchidos”, afirmou ao arquivar o processo que investigou o suposto uso de celular por Dirceu na Papuda, uma “regalia” na prisão. Uma comissão de deputados que vistoriou a penitenciária tampouco constatou flagrantes diferenças de condições na cela do ex-ministro e dos demais detentos.

O fato de Joana Saragoça, filha de Dirceu, ter pegado carona com agentes penitenciários e furado a fila de visitas deu novo fôlego a Barbosa para recusar a autorização ao ex-ministro. “É lícito vislumbrar na oferta de trabalho em causa uma mera action de complaisance entre copains (ação entre amigos, em francês), absolutamente incompatível com a execução de uma sentença penal. É que, no Brasil, os escritórios de advocacia gozam, em princípio, da prerrogativa de inviolabilidade (estatuto da OAB), que não se harmoniza com o exercício, pelo Estado, da fiscalização do cumprimento da pena”, argumentou o presidente do Supremo.

Em resposta por escrito, o advogado José Gerardo Grossi, disposto a contratar Dirceu, chamou publicamente Barbosa de Torquemada. “A visão de Justiça Penal, dele, é torquemadesca, ultramontana. Houvesse de escolher entre Tomás de Torquemada e o bom Juiz Magnaud (magistrado francês célebre por suas decisões consideradas humanitárias), certamente ficava com este.”

O advogado Luis Alexandre Rassi, empregador de outro condenado, João Paulo Cunha, negou a inexistência de fiscalização do “Confere” (como é chamado pelos presos o órgão avaliador do trabalho externo). “Eles já estiveram aqui ao menos sete vezes”, afirma Rassi. Ele prevê a interrupção do benefício a Cunha. Por causa da decisão sobre Dirceu, foi revogado o direito a trabalho de Delúbio Soares, Romeu Queiroz e Rogério Tolentino. Não se sabe se Barbosa fará o mesmo com os cerca de 20 mil presos em regime semiaberto liberados a trabalhar fora da prisão.

A defesa de Dirceu anunciou a decisão de recorrer à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. A ordem de Barbosa pode ainda ser derrubada no plenário do STF, mas, incrivelmente, depende do presidente da Corte colocar o assunto em pauta: a agenda é prerrogativa do comando do tribunal, que há meses não vota nenhum tema importante. Nos bastidores do STF, comenta-se que Barbosa trocou o ofício de ministro da mais alta Corte pela função bem menos nobre de carcereiro de Dirceu. Por que seus pares se calam?

STF-_-Mensalão-_-Ayres-com-Joaquim-CArflos-Humberto-STF-440x247

Apoie o Cafezinho

Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

Mais matérias deste colunista
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário

Escreva seu comentário

giordano

26/05/2014 - 14h51

Parabéns, Miguel, o Cafezinho e um espaço de reflexão importante e, portanto, de choque de idéias, inclusive. Sobre essa discussão se o ministro JB e o presidente da mais alta corte de justiça do pais, mas, ao mesmo tempo carcereiro da papuda, creio que vale a pena, quem nao viu, ver o vídeo Julgamento Medieval apresentado pelo escritor Fernando Moraes.

Kazuhiro Uehara

24/05/2014 - 10h24

O mentirão “petista” está desmoronando perante a massa bem conscientizada, sem o pIG.

Yacov

23/05/2014 - 17h25

O aYres briTTo é mais comedido que o JB, para ele a ‘cag…’ já está feita, mas vamos tentar minimizar as suas consequências e desdobramentos para dar um ar de legitimidade na coisa, capicci !?!? Já o JB chutou o pau da barraca, pois sabe que NINGUÉM vai peitar as decisões do REI DA INQUISIÇÃO, digo, do sTF do ‘breZeew’…

“ANOS tuKKKânus LEWINSKYânus NUNCA MAIS !!! NO PASSARÁN !! VIVA GENOÍNO !! VIVA ZÈ DIRCEU !! VIVA A LIBERDADE, A DEMOCRACIA E A LEGALIDADE !! VIVA LULA !! VIVA DILMA !! VIVA O PT !! VIVA O BRASIL SOBERANO !! LIBERDADE PARA JULIAN ASSANGE, BRADLEY MANNING E EDWARD SNOWDEN JÁ !! FORA YOANI e MÉDICOS COXINHAS !! ABAIXO A DITADURA DO STF DE 4 PARA A GLOBO !! ABAIXO A GRANDE MÍDIA CORPORATIVA, SEU DEUS ‘MERCADO’ & TODOS OS SEUS LACAIOS & ASSECLAS CORRUPTOS INIMPUTÁVEIS !! CPI DA PRIVATARIA TUCANA, JÁ !! LEI DE MÍDIAS, JÁ !! “O BRASIL PARA TODOS não passa no SISTEMA gloBBBo de SONEGAÇÃO – O que passa SISTEMA gloBBBo de SONEGAÇÃO é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”

mineiro

23/05/2014 - 17h06

dois lixos da mesma laia golpista a serviço da elite branca direitona. nenhum presta e nada que sai dai muito menos, agora o outro desgraçao ta tentando tirar o dele da reta , ta tentando abandonar o ditador do pig. ou é isso ou é so teatro para nos fazer do bobo, mas ninguem aqui é bobo , imbecil é a turma da direita a qual eles pertencem , tomara que se afunde cada vez mais na lama. esses golpistas ai se merecem , a se merecem.

Barbosa, do Innovare

23/05/2014 - 13h44

A foto: encontro de amigos no Instituto Innovare. Com direito a capa negra.

Barbosa, do Innovare

23/05/2014 - 13h37

A foto encontro de amigos no Instituto Innovare.

Carlos Ribeiro

23/05/2014 - 10h56

Ayres Britto o memória fraca. Saiu para lanchar e esqueceu o mensalão Tucano. Só se ele o comeu de lanche.

Marco Brito

23/05/2014 - 13h20

Fizeram tanta merda que uma hora ou outra iria feder!

Kazuhiro Uehara

23/05/2014 - 07h26

Está é querendo tirar a dele da reta,da farsa que legitimou “o mentirão”. Pressionado pelo PIG para vestir verniz de moderado e salvar o que der para salvar em termos de credibilidade midiatico. Porque o povão está lendo e criticando as informações veiculados por outras fontes, rejeitando e repudiando as informações publicizadas do PIG. O PIG está desmoralizada a caminho da falência, se continuar essa pratica imperial de mídia golpista.
Assim como a CNBB com a sua nota oficial sobre o comportamento do ditador capitão do mato Quincas e toda a farsa do maior julgamento farsesco do Brasil, com objetivo puramente politico.

Sonia Beligerante

23/05/2014 - 03h43

Nos últimos anos, o termo BRICS – grupo formado por Brasil, Rússia, índia, China e áfrica do Sul – ganhou destaque no mundo todo, que via nestes cinco países uma situação bastante parecida, com economias mostrando um rápido crescimento e por serem nações ainda em desenvolvimento. Porém, as preocupações que surgiram nestes mesmos países no final do ano passado acabou tornando os BRICS os “5 frágeis” dos economistas, algo que, segundo o Credit Suisse, está mudando novamente.
De acordo com uma matéria de Jens Erik Gould, publicada no site The Financialist, do próprio Credit, passados apenas alguns meses desta nova denominação para os 5 países, tudo que eles menos mostraram foram fragilidades, principalmente quando o assunto são suas moedas locais. Considerando o índice Bloomberg com 20 divisas de países emergentes, a lira turca, o real brasileiro e a rupia indonésia tinham ganhos de pelo menos 7% ante o dólar em relação às suas mínimas do ano. Enquanto isso, a moeda sul coreana atingia seu nível mais forte em mais de 5 anos.
A matéria lembra que o título de “frágeis” começou a ganhar força há mais ou menos um ano, quando os rumores das retiradas de estímulos nos EUA começou um movimento de retirada de investimentos nesses emergentes, que tinham sido muito favorecidos com a grande entrada de capital estrangeiro durante o Quantitative Easing. Com o anúncio da retirada de estímulos feito em dezembro e os dados de crescimento mais lento na China, ocorreu uma grande onda de vendas de moedas nesses mercados emergentes, o que preocupou os economistas.
Diante da mudança de cenário, o Credit Suisse afirma que “os 5 frágeis agora se tornaram 5 entre os 6 mercados emergentes mais atrativos” quando o assunto é volatilidade. Essa atratividade ocorre por conta da possibilidade do carry trade, uma conhecida estratégia no mercado cambial onde investidores combinam a posição vendida em uma moeda com baixa taxa de juro e uma posição comprada em moeda com juro elevado. Com isso, o investidor busca lucrar na diferença entre as taxas.
Segundo os analistas Ray Farris e Trang Thuy Le, essa mudança para “5 formidáveis” ocorre porque os fundamentos nesses países continuam bons. Desde o início do ano, quando o mercado estava pessimista com essas economias, eles já afirmavam que uma grande crise era improvável porque esses países emergentes estavam mais fortes do que em outros momentos de pânico. Entre os fatores que comprovam isto estão as dívidas externas mais baixas, melhores balanças comerciais e altas reservas de dólares.
Os analistas lembram que o momento positivo para o carry trade ocorre enquanto a taxa de juros nos EUA seguem baixas. Por outro lado, eles alertam para a mudança neste cenário, já que o mercado começa a trabalhar com uma elevação nos juros já para este ano. O Credit Suisse espera que os títulos do tesouro de 2 anos já mostrem um rendimento de 0,5% neste meio de ano – contra 0,36% em abril -, enquanto os título de 10 anos cheguem a 3,1% – contra 2,7% no último mês.

J.Carlos

22/05/2014 - 22h54

É na última frase da excelente Cynara que está o x da questão. Por quê os demais ministros se manteem acumpliciadamente calados? Em qualquer clubinho a maioria dos sócios pode se autoconvocar através de sua maioria. Por quê o stf não pode? Talvez seja por quê se reunidos serão obrigados a revogar todas as decisões da besta-fera desde que assumiu, transitoriamente, a presidência do tribunal.

PIG – Partido da Imprensa Golpista

23/05/2014 - 01h24

Olá, amigos! Vamos continuar, juntos, combatendo as manipulações e mentiras do PIG? Curtam e compartilhem: https://www.facebook.com/Brasilantipig

Vera Lúcia Oliveira

23/05/2014 - 01h16

Tá querendo tirar o dele da reta, isto sim!!!E outro lacaio da globosta!!!

Valdson Cleto

22/05/2014 - 20h21

A Cynara Menezes não é de Brasília?

Luís CPPrudente

22/05/2014 - 19h42

O Carcereiro da Papuda, o ministro Joaquim Barbosa, está perdendo aliados de todos os lados.

O ministro-carcereiro deveria voltar rapidamente à sanidade e legitimar a Satiagraha.

Será que ele vai ter interesse? Acho que não…

Celso Orrico

22/05/2014 - 17h57

Miguel, avisa para a Cynara que que o blog dela, Socialista morena, está dando alerta de virus quando tentamos entrar..
Abraços


Leia mais

Recentes

Recentes