Consta que Arnaldo Jabor, após assistir a esse vídeo, passou duas horas vomitando na janela, na cabeça de transeuntes da Vieira Souto, Ipanema. Maria Alice Setúbal, que ora escreve o programa de governo de Marina Silva, vem tentando, de todas as formas, apagar esse vídeo nas redes, mas ainda não conseguiu.
(sugestão do vídeo: @fernandocabral)
Agora, sem brincadeira. Eu publico aqui os elogios de Setúbal às conquistas sociais do governo Lula com uma intenção algo maligna. Para mostrar que só mesmos os reaças otários acham que a gestão petista de Lula ou Dilma tem algo a ver com Cuba ou qualquer tipo de comunismo.
Os comunistas mesmo sabem disso, e continuam apoiando Lula e o PT porque entendem que é melhor um governo de centro-esquerda e cheio de penduricalhos conservadores, mas que apóie os pobres e seja nacionalista, do que um outro que só defenda arrocho e seja entreguista. Essa orientação acontece desde que Luis Carlos Prestes decide apoiar a eleição de Getúlio Vargas, em 1950, mesmo tendo sido Vargas o responsável pela deportação de sua esposa grávida, Olga Prestes, para um campo nazista.
Outra informação que deveria mandar esses reaças de volta ao hospício de onde saíram foi publicada ontem na Folha. Reproduzo alguns infográficos abaixo. Comento em seguida.
Claro que o PT recebe mais doações porque é governo. Mas já na campanha de 2002 o PT recebia mais doações do que o PSDB. Por que as empresas doam para o PT, se a maioria dos empresários e executivos identificam-se ideologicamente mais com o PSDB? Porque eles sabem o que o PSDB fez ao Brasil: quebrou o país várias vezes, produziu uma crise cambial sem precedentes, impôs uma política de juros sem respeito nenhum com a classe produtiva, não fez nenhum programa decente de obras de infra-estrutura, torrou os recursos nacionais com pagamento de juros e mais juros.
O debate ideológico no Brasil anda mal das pernas. O radicalismo antipetista se baseia antes em preconceitos rasteiros do que em fatos reais. O PT é um partido social-democrata, talvez aquele que o PSDB quis ser antes de enveredar para o neoliberalismo terceiro-mundista que o caracteriza até hoje.