Quando a Folha esquece seu partidarismo enlouquecido, pára de entrevistar bebês, catar fichas falsas em sites anônimos, ou conspirar junto a seus amigos do cartel midiático, e se limita informar, pode ser um jornal como outro qualquer.
Pena que esses momentos sejam tão raros.
Gostei, por exemplo, desses infográficos publicados no jornal impresso de domingo. Eles ilustram a força, em verba partidária, tamanho de bancadas, número de governadores e tempo de tv de cada candidato.
Os gráficos explicam, em boa parte, o enorme salto alto da campanha dilmista, e o desprezo, até pouco tempo, pelas redes sociais, e super-valorização da tv, esquecendo que a TV rende votos, mas a luta de ideias acontece nas arenas onde é possível interagir, ou seja, na internet.
A pujança do PT, contudo, é apenas aparente, porque, se o partido tem mais tempo de tv na propaganda eleitoral, a maior parte do tempo normal de televisão, na programação normal, dedica-se à contribuir para a oposição.
Há uma clivagem cada vez maior entre a preferência da maioria e as aspirações de um grupo restrito de bilionários reunidos em torno dos barões midiáticos.
Bilionários que são os próprios barões.