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Análise da última pesquisa Ibope para o Rio de Janeiro

Eu separei e editei algumas tabelas para fazer alguns comentários rápidos sobre cada uma. Ao fim de cada comentário, emito uma opinião.

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O Ibope liberou, semana passada, a íntegra do seu relatório com as pesquisas de intenção de voto no Rio de Janeiro. São números que interessam a todo país, até porque há uma pesquisa presidencial no estado do Rio, sobre a qual ninguém falou.

Eu separei e editei algumas tabelas para fazer alguns comentários rápidos sobre cada uma. Ao fim de cada comentário, emito uma opinião (a qual, por favor, é apenas uma opinião de um blogueiro pretensioso).

Como essas análises não tem grande importância para o debate político, vou deixá-las fechadas apenas para os assinantes. Os que já estiveram logados, verão automaticamente o restante do texto. Os que não estiverem, terão que fazê-lo, caso sejam assinantes, digitando login e senha aí do lado.

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Confira a íntegra do relatório aqui.

 

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Na pesquisa de intenção de voto no Rio, o que me chama atenção é a força política de Garotinho. Depois de sair do governo e do PMDB praticamente escorraçado pela mídia, Garotinho lidera as pesquisas com 19% das intenções de voto; entre aqueles com até quarta-série, Garotinho tem 26%.

Crivella vem sem segundo lugar, com 17% das intenções de voto, seguido de Lindbergh, que marcou 11%.

Crivella lidera entre os evangélicos, com 24%. Se for mesmo candidato, o sobrinho de Edir Macedo, presidente da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Record, ajudará a dividir o eleitorado evangélico de Garotinho, que está encostado em Crivella, com 23%.

Ainda há uma parcela enorme do eleitorado ainda indecisa: 33%.

Opinião: Há espaço para um candidato “outsider” levar boa parte dos indecisos.  Isso reforça a necessidade, dos candidatos que lideram a corrida, de fazerem discursos mais ousados, distanciando-se do convencional.

 

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Jandira Feghalli tem uma boa pontuação (8%) entre os universitários, um público importante no estado, e não só apenas em qualidade; o estado tem uma quantidade relevante de universitários. Tanto que, no Ibope, universitários e eleitores com até a quarta-série, são similares em número de entrevistados.  Nesse segmento, Lindbergh lidera com 14%.

Opinião: Jandira ganha vantagem pelo fato de ser mulher; tem 7% entre as mulheres e apenas 3% entre os homens.  É a única mulher no pleito, e isso constitui um trunfo, para ela e para quem receber seu apoio.  A base de Lindbergh é a juventude universitária. É a partir daí que ele pode conquistar o estado.

 

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A desaprovação do governo Cabral é muito forte, especialmente na capital, onde é rejeitado por 65% dos eleitores.  A rejeição entre os que ganham mais de 5 salários está quase em 70%, uma situação bastante complicada, porque atinge os formadores de opinião.

Opinião: Acuado por uma rejeição tão grande na capital, o agora ex-governador terá que concentrar sua campanha no interior do Estado. Como Garotinho e Crivella também possuem rejeição forte na capital, abre-se uma avenida para Lindbergh e Jandira nessa região.

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Dilma lidera com 40% no estado do Rio, contra 13% de Aécio e 7% de Campos. A petista tem mais força na periferia (44%), onde, curiosamente, o número de votos nulos e brancos é bem menor do que na capital. No interior os votos em branco são ainda menores, e a oposição tem aí a sua melhor pontuação: Aécio tem 17%, Campos 12%.

O voto em Dilma tem características classistas muito fortes. Entre eleitores que ganham até 1 salário, a presidenta tem 49% dos votos; entre os que ganham entre 1 e 2 salários, 45%.

Interessante constatar a solidez da presidente junto ao eleitorado evangélico, onde ela tem 46% das intenções. Marina Silva obteve boa parte de seus votos no Rio desse eleitorado, que migrou para Dilma após a campanha negativa contra a petista na campanha de 2010.

Opinião:  Dilma talvez consiga, a partir do Rio, recuperar seu eleitorado de classe média, onde ela tinha muita força até junho do ano passado. Ela ainda lidera entre os que ganham mais de 5 salários no estado, com 34%, contra 24% de Aécio, mas se houvesse mais estratificação, provavelmente veríamos o eleitorado da petista minguando conforme subisse a renda.

 

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Ana Maria e Fernando Trindade

08/04/2014 - 10h41

Ora, é elementar meu caro Watson, digo Miguel.Onde há mais pobres e excluídos?

Quem mais está se beneficiando das políticas públicas dos governos Lula e agora Dilma?

Por isso a intenção de votos em Dilma é maior na periferia do que na capital e a de votos em branco e nulos é maior na capital do que na periferia.

Pode checar, a intenção de votos em branco e nulos aumenta à medida em que aumenta a renda.

Outra inversão interessante (antes era o contrário) desses tempos de governos trabalhistas não?


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