Essa matéria da Monica Bergamo sobre a reunião de Aécio com empresários, somada à informação de que o tucano pretende rever o modelo de exploração de petróleo, não deixa dúvidas de que lado está o PSDB. Não é, definitivamente, ao lado do povo brasileiro.
Essas informações são importantes, inclusive, para a gente entender porque o PT se aliou ao PMDB para governar e porque Lula passou a aceitar até mesmo apoios de gente como Maluf quando o objetivo era derrotar o PSDB.
Não existe nada mais tão radicalmente antipovo e ao mesmo tempo nada tão reacionário, cafona, subdesenvolvimentista, colonizado, do que as frases proferidas por Aécio Neves nesta reunião com empresários, na qual ele afirma que tomará medidas “impopulares” e que não se preocupará sequer em passar quatro anos como um presidente impopular.
Como que saído de um romance de Garcia Marques, Aécio assumiu de vez o papel de um caudilho provinciano, direitista, mau.
Isso é estarrecedor. Um candidato que despreza tão profundamente o povo que, antes mesmo de se eleger, faz questão de dizer que não se preocupará com a opinião dele.
Neste ano de 2014, estamos a enfrentar não apenas o fantasma da ditadura, que voltou a nos assombrar através de manifestações oleosas para relativizar o arbítrio.
Estamos enfrentando também, e sobretudo, o monstro do neoliberalismo antipovo, que é muito mais perigoso porque não pertence ao passado. É um monstro do presente com a intenção de devorar o nosso futuro.
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