Acabou de sair a pesquisa Vox Populi, em parceria com a revista Carta Capital.
As principais diferenças entre a pesquisa Vox Populi e Datafolha, divulgadas ambas neste final de semana, é que o primeiro tem uma quantidade maior de eleitores indecisos ou que votarão nulo. Com isso, os percentuais de todos os candidatos caíram.
Entretanto, a vantagem de Dilma sobre seus adversários é ainda maior no Vox Populi. Pelos números, ela vence com muita folga no primeiro turno.
Mais importante, o Vox Populi confirma o impressionante declínio da oposição. Tanto Aécio como Campos caíram. A queda de Eduardo Campos carrega até um certo mistério, afinal todos previam que ele cresceria bastante após a entrada de Marina Silva em seu partido. Não é o que está acontecendo. Ele está minguando.
Os eleitores, pelo jeito, não viram com bons olhos a manobra, talvez vista como “esperta” demais.
Reproduzo abaixo três notas publicadas há pouco na Carta Capital, que analisam os números do Vox Populi.
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Dilma é favorita para se reeleger no 1º turno
A presidenta tem quase o dobro das intenções de votos de seus principais adversários na disputa
por Redação — publicado 23/02/2014 09:44
A oito meses das eleições, a presidenta Dilma Rousseff mantém uma boa vantagem sobre os adversários e venceria no primeiro turno se os brasileiros fossem hoje às urnas. Pesquisa Vox Populi / CartaCapital realizada entre os dias 13 e 15 de fevereiro mostra que o índice de intenção de votos da petista é de 41%, quase o dobro da soma do desempenho dos candidatos do PSDB, Aécio Neves (17%) e do PSB, Eduardo Campos (6%). Juntos, os demais proáveis candidatos – Pastor Everaldo (PSC), Randolfe Rodrigues (PSOL), Levy Fidelix (PRTB), Eymael (PSDC) e Mauro Iasi (PCB) não somam mais de 1% das intenções de votos.
Cerca de 20% dos eleitores não responderam ou ainda não sabem em quem votar. Outros 15% optariam pelo voto branco ou nulo. O instituto ouviu 2.201 eleitores em 161 municípios de todas as regiões do País. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais, para mais ou para menos. Em relação à ultima pesquisa, Dilma oscilou dois pontos para baixo. Aécio e Campos tinham 20% e 10% das intenções de voto, respectivamente. O número de eleitores indecisos era mais baixo: 9%.
No Nordeste, o número de eleitores declarados da presidenta chega a 59%, o maior entre as regiões. É lá também que Campos atinge seu maior patamar (11%). Na região, Aécio é citado por apenas 9% dos eleitores, seu pior desempenho. No Sudeste, o senador mineiro seria a escolha de 22%, contra 32% de Dilma Rousseff, o mais baixo entre as regiões.
Dilma se sai melhor entre eleitores de municípios pequenos (49%), idosos (47%), com baixa escolaridade (47%) e com renda de até dois salários mínimos (50%).
Na pesquisa espontânea, quando a lista dos candidatos não é apresentada ao entrevistado, a presidenta é citada por 19%. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece em segundo lugar, com 7%, seguido por Aécio Neves (4%), Marina Silva (1%), Eduardo Campos (1%) e José Serra (1%). Nesse critério, 51% dizem não saber em quem votar ou não responderam.
Uma medida de como a eleição ainda não animou os brasileiros: 91% ainda não escolheram candidato a governador, 95% a senador, 95% a deputado federal ou estadual.
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Avaliação de Dilma cai 20 pontos desde junho
No inicio dos protestos, o desempenho da presidenta era aprovado por 52% dos eleitores; hoje o índice é de 34%
por Redação — publicado 23/02/2014 09:45, última modificação 23/02/2014 10:54
A aprovação do desempenho da presidenta Dilma Rousseff caiu quase 20 pontos percentuais desde os protestos de junho, revela pesquisa Vox Populi / CartaCapital realizada entre 13 e 15 de fevereiro.
Na primeira semana das manifestações, o instituto mostrou que a presidenta era bem avaliada por 52% dos eleitores. Este índice caiu para 34% oito meses depois. O número leva em conta a soma dos entrevistados que avaliam o desempenho da presidenta como “ótimo” (4%) ou “bom” (30%).
Outros 22% dos eleitores disseram considerar o desempenho negativo (“ruim” para 12% e “péssimo” para 10%). O índice em junho de 2013 era de apenas 11% – ou seja, metade.
Para 44%, o governo é avaliado como “regular”.
A região onde a avaliação da presidenta tem o melhor índice é o nordeste (42%). A pior é no sudeste, onde 28% dos eleitores consideram o governo ruim ou péssimo.
Dilma tem avaliação melhor entre eleitores de cidades pequenas (41% consideram o governo bom ou ótimo), com baixa escolaridade (39% entre quem estudou até o ensino fundamental) e baixa renda (40% entre quem ganha até dois salários mínimos).
Para esta pesquisa, o instituto ouviu 2.201 eleitores em 161 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais, para mais ou para menos.
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Dilma perde votos entre eleitores ricos e escolarizados
Favorita para a reeleição, a presidenta tem desempenho pior à medida que crescem os níveis de renda e escolaridade
por Redação — publicado 23/02/2014 09:45, última modificação 23/02/2014 12:04
Favorita para se reeleger no primeiro turno, a presidenta Dilma Rousseff perde votos à medida que aumenta a renda familiar e a escolaridade dos eleitores entrevistados na pesquisa Vox Populi / CartaCapital. Realizada entre 13 e 15 de fevereiro, a pesquisa do instituto mostra que a petista é a candidata favorita de 41% dos eleitores.
Entre quem ganha até dois salários mínimos, o índice de intenção de votos chega a 50%. Cai para 36% entre quem ganha de dois até cinco salários e para 31% entre os que ganham mais de cinco salários. Neste último grupo, o candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) registram o seu melhor desempenho, ainda assim abaixo da petista (21% e 7%, respectivamente).
Entre aqueles que estudaram até o ensino fundamental, Dilma é a favorita de 47% dos eleitores. O índice cai para 37% entre os que estudaram até o ensino médio e para 28% entre os que têm ensino superior. Neste grupo, Aécio soma 23%. Como a margem de erro é de 2,1 pontos percentuais, para mais ou para menos, os candidatos ficam próximos de um empate entre os eleitores mais escolarizados.
O instituto ouviu 2.201 eleitores em 161 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais, para mais ou para menos.