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Com a divulgação do investimento estrangeiro direto (IED) em 2013, e sua estimativa para 2014, já é possível projetar o volume de dinheiro investido por países estrangeiros em empresas brasileiras durante a primeira gestão de Dilma Rousseff.

O investimento estrangeiro direto é um dado importante porque não inclui o capital especulativo. Na sua estimativa, entram só investimentos em novas fábricas, aumento de capital em empresas nacionais, aquisição de firmas brasileiras, enfim, investimentos produtivos de longo prazo.

O Banco Central estima que os IED em 2014 totalizarão US$ 63 bilhões em 2014. O número do “mercado” é mais pessimista: US$ 57,5 bilhões.

Com isso, o volume de investimento estrangeiro no Brasil nos últimos 4 anos deverá terminar, usando a estimativa mais pessimista para 2014, em US$ 253,6 bilhões. Esse número corresponderá a um aumento de 254% sobre o IED nos quatro primeiros anos do governo Lula, e de 62% sobre os quatro anos da gestão seguinte.

 

Abaixo, um gráfico trazendo um período mais antigo. Repare que o mercado havia estimado o IED de 2011 em US$ 50,5 bilhões, e este acabou sendo o maior da nossa história: US$ 66,7 bilhões. Pode ser que o mesmo aconteça em 2014.

 

De qualquer forma, os números desmentem uma série de análises pessimistas sobre o Brasil, muitas delas feitas com objetivo de reduzir o preço das ações de nossas grandes empresas públicas. Na hora do “vamo-ver”, o mundo continua acreditando no país. Falta só a o Brasil fazer o mesmo.

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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