Saiu o principal índice de inflação apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA ficou em 5,91%, ligeiramente acima da inflação registrada em 2012, mas ainda abaixo do teto, de 6%.
A inflação de 2013 registrou um pico em dezembro, devido a um impacto forte do item transportes.
A boa notícia é que o grupo de alimentos registrou inflação em 2013 abaixo da observada no ano anterior, embora ainda bastante elevada. Reproduzo trecho da análise do próprio IBGE:
Os preços dos alimentos vêm aumentando de forma expressiva nos últimos anos e, embora o resultado de 8,48% de 2013 tenha mostrado certo recuo em relação aos 9,86% de 2012, foi Alimentação e Bebidas que apresentou a maior alta de grupo e exerceu o mais forte impacto no IPCA do ano. Detendo 2,03 ponto percentual, os alimentos foram responsáveis por 34% do índice.
A despesa com alimentação ocupa de parte significativa do orçamento das famílias (24,57%) e aumentou em todas as regiões pesquisadas, sobretudo na região metropolitana de Recife, onde a alta foi de 9,47%, seguida de Porto Alegre, com 9,36% e Rio de Janeiro, com 9,34%.
Os alimentos consumidos fora do domicílio exerceram forte pressão, tendo em vista que os preços cresceram 10,07% em 2013, ainda mais do que os 9,51% de 2012. O item refeição fora, que aumentou 9,49%, liderou os impactos individuais no IPCA do ano, com 0,47 ponto percentual. Mas não foi só refeição; a maioria dos itens relativos à alimentação fora aumentaram, conforme mostra a tabela.
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O lado mais positivo dos números do IBGE foi a queda no índice de inflação que mede o custo de vida das famílias de baixa renda (renda familiar de 1 a 5 salários). Segundo o IBGE, a inflação para os mais pobres (INPC) foi de 5,56%, abaixo dos 6,2% observados em 2012.
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Reproduzo abaixo duas matérias da Agência Brasil sobre o tema.
IPCA fecha 2013 em 5,91%
10/01/2014 – 9h07
Isabela Vieira, Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O indicador que mede a inflação no país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou o ano de 2013 em 5,91%. Divulgado hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado ficou acima do centro da meta estabelecida pelo governo, de 4,5%. Em 2012, a inflação oficial fechou o ano em 5,84%.
O crescimento da inflação em 2013 refletiu no preço de produtos e serviços do grupo alimentação e bebidas em todas as regiões, que subiu 8,48%. A alimentação é uma das maiores fontes de despesas e consome cerca de 30% do orçamento das famílias brasileiras.
No mês de dezembro do ano passado, o IPCA ficou em 0,92% – acima da taxa registrada em novembro (0,54%) e é o maior IPCA mensal desde abril de 2003, quando cresceu 0,97% em um mês.
Em dezembro de 2012, o IPCA ficou em 0,79%. O aumento no preço dos combustíveis, em novembro, e das passagens aéreas pressionou o indicador mensal, de acordo com o IBGE.
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Inflação para famílias de baixa renda termina 2013 em 5,56%
10/01/2014 – 10h46
Isabela Vieira, repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O indicador que mede a inflação para famílias de baixa renda, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), fechou 2013 com alta de 5,56%, resultado menor que o de 2012 (6,2%). Os dados foram divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE).
Influenciaram a inflação para essas famílias em 2013 os preços dos produtos e serviços do grupo alimentação, que subiram 8,03% e têm peso importante no orçamento das famílias. Também aumentaram os custos de educação (8,01%), despesas pessoais (8,1%), além de saúde e cuidados pessoais (6,5%)
De acordo com o IBGE, entre as regiões metropolitanas pesquisadas, o maior INPC foi registrado em Fortaleza (6,94%) e em Recife (6,93%). Nas duas capitais, além do grupo alimentação e bebidas, pressionaram a inflação os reajustes nos preços dos alugueis. A inflação mais baixa foi identificada em Salvador (4,7%).
O INPC calcula a inflação para famílias com renda mensal de um a cinco salários mínimos em nove regiões metropolitanas, incluindo Brasília e Goiânia.
Edição: Talita Cavalcante
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Copiei uns infográficos lá do G1 também.
Mário Nascimento
11/01/2014 - 00h33
O Recife já tinha 3 estádios de futebol: o Arruda, a Ilha do Retiro, e os Aflitos. Mesmo assim, Eduardo Campos resolveu construir um QUARTO estádio do zero, a Arena Pernambuco, a um custo de mais de 500 milhões de reais, só para a Copa! #DuduFACTS
Aline Fão
10/01/2014 - 15h12
hahahaha…baixa, apenas para os baixa renda…tu sabe que eu curti!!!