Saiu hoje na Folha a lista dos corruptores do ISS da prefeitura de São Paulo. É chocante pensar no que isso representou em termos de prejuízo ao erário público:
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NA FOLHA
Máfia do ISS dava ‘desconto’ maior a grandes devedores
ROGÉRIO PAGNAN
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
PEDRO IVO TOMÉ
FABRÍCIO LOBEL
BRUNO BENEVIDES
ADRIANA FARIAS
DE SÃO PAULO
A máfia do ISS de São Paulo aplicava uma lógica de mercado na hora de negociar a redução dos impostos de empresas em troca de propina, indica a contabilidade da quadrilha apreendida na casa do delator do esquema.
Análise da planilha feita pela Folha revela que, quanto mais uma empresa devia à prefeitura, maior era o “desconto” obtido por ela no recolhimento dos impostos.
Outro lado: Empresas negam ter pago propina a envolvidos na máfia do ISS
O documento expõe o prejuízo causado pela quadrilha ao caixa da prefeitura. Em dois casos, menos de 1% do que era devido foi pago.
Os dados mostram que os 20 maiores devedores do ISS recolheram em média 2,43% do imposto devido. Entre os 50 maiores, os tributos recolhidos sobem para 2,99%.
Dos 410 empreendimentos sob suspeita, a média de arrecadação chega a 4,61%.
A maior dívida de imposto é referente a um condomínio de alto padrão na rua Frei Caneca (região central).
Segundo a planilha, a ATT Empreendimento, responsável pela obra, devia à prefeitura R$ 974,7 mil, mas só recolheu R$ 17,4 mil –ou 1,78%.
Para ter esse “desconto”, indica a contabilidade, pagou R$ 94 mil para cada um dos quatro fiscais envolvidos. A empresa não se pronunciou.
O menor percentual de ISS foi recolhido por uma empresa de alumínio que pagou só 0,63% do que devia aos cofres, segundo registro na planilha –R$ 1.538 de R$ 243 mil.
A prefeitura diz que analisará os casos e cobrará, com multa e juros, os valores não pagos. Segundo a Promotoria, é possível concluir que os empreendimentos recolheram só R$ 2,5 milhões de R$ 61,3 milhões de ISS –e pagaram R$ 29 milhões de suborno.
O percentual da propina, ao contrário do imposto pago, não mudava em função do ISS devido –era sempre 50%, conforme a contabilidade.
O documento com os valores foi achado em um computador do auditor fiscal Luís Alexandre de Magalhães, que fez acordo de delação premiada com o Ministério Público.
Na lista, a Folha identificou até ontem 64 empresas –responsáveis por cerca de 200 empreendimentos.
Há estabelecimentos de grande porte, como o shopping Iguatemi, além dos hospitais Bandeirante e Igesp. Eles negam ter pago propina.
A planilha traz até um templo religioso. Trata-se da Igreja Assembleia de Deus na rua João Alfredo, em Santo Amaro (zona sul) –que devia R$ 79.675 em 2010, mas que, pela lista, teria recolhido só R$ 1.837. A igreja diz desconhecer pagamento de propina (de R$ 34.200, pela contabilidade).
Barbara Ferreiro
11/12/2013 - 23h50
I$$O É CRIAÇÃO DE COVAS , QUE TRANSFORMOU OS PEDÁGIOS PAULISTAS , EM MEU PEDÁGIO MINHA VIDA , os pedágios de SP , são 50 vezes mais Caros , que no resto do mundo e as estradas UMA MERDA , É PARDAL de 500 em 500 metros , é o caça NÍQUEL do CACHOEIRA , AQUELE que o JB , não prende pois PPS , PV , DEM , PSOL e PSDB , fazem parte DO TRENSALÃO TUCANO PAULISTA , que é o TREM FANTASMA DO JB , LOGO ELE que é MARAJÁ FANTASMA da UERJ , JB É LADRÃO até como PROFESSOR é um PREVARICADOR .
Martha Machado Nogueira
11/12/2013 - 19h36
Essa lista é a vergonha nacional.Impressionante como os corruptores não tem vergonha na cara. Essa desonestidade ultrapassou os limites da decência humana,mereceriam todos ser levados “ao paredon “.
Anderson
11/12/2013 - 14h29
Comecemos pela Fundação CESP, cujo valor sonegado foi o menor ($32.595,00). Aplica-se multa razoável de 10.000% e o valor devido passaria a $3.259.500,00. Este deveria ser o percentual mínimo a ser aplicado aos infratores primários. Arriscariam outros nos próximos anos?
Marmelo Melo
11/12/2013 - 15h37
Aquela Lo Prete é abaixo da crítica. Depõe contra tudo o q ela pensa que é. Coitada.
Marcos Carvalho Campos
11/12/2013 - 13h56
E aquela Lo Prete ainda pergunta (de maneira politizada) sobre o aumento BRUTAL do IPTU ao Haddad. Pode? Brutal é a sonegação destas empresas.