A Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep) decidiu criar uma nova metodologia para classificar as classes sócio-econômicas no Brasil. Segundo o novo modelo, há bem mais pobres do que se pensava. As classes D e E, que correspondiam a apenas 18% no modelo antigo, irão representar 37% no novo modelo. . A classe C, por sua vez, corresponderá a 42% da população brasileira.
Os dados são importantes para entendermos que ainda precisamos de sólidos programas sociais, e que o problema do saneamento urbano constitui uma das mais graves urgências da sociedade.
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População pobre é maior do que se pensa
Por Cynthia Malta | no Valor
Empresas de pesquisa especializadas em detectar hábitos de consumidores vão mudar o modelo usado para classificar os domicílios que compõem suas bases de dados e ele mostra que a camada mais pobre da população é maior do que imaginavam. Formada pelas classes D e E, essa parcela equivale a 37,3% dos domicílios no país e não 18,2%, segundo a metodologia atual.
Ao todo, 180 companhias reunidas na Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep) deverão aposentar o atual Critério Brasil e passar a usar um modelo mais amplo, que considera, além de posse de bens, acesso a rede de água, esgoto e rua pavimentada. (…)
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