Lendo esta nota de Genoíno e assistindo ao vídeo que está em seu blog, não posso deixar de pensar numa coisa. Que um campo político inteiro se aferre a sentimentos pequenos de vendeta que não prejudicam um partido. Prejudicam seres humanos. O sadismo da mídia e seus acólitos contra José Genoíno não machucam significativamente o PT, que vem crescendo e pode ganhar agora São Paulo e Minas Gerais. Machucam pessoas.
É triste ver, sobretudo, pessoas que festejam a desgraça dos outros. Ironicamente, é a mesma classe de pessoas cujo único motivo de júbilo é anunciar dados negativos sobre a economia brasileira. Sempre que há qualquer boa notícia, escondem e distorcem. Mas quando o governo deles aumentou os juros em 45%, aí disseram que estávamos “no caminho certo”.
Ou seja, apenas se rejubilam diante da miséria humana, coletiva ou individual. Essa falta de humanismo acaba lhes gerando derrotas eleitorais, que eles tentam compensar com mais e mais domínio dos meios de comunicação, com os quais podem promover linchamentos que, bem trabalhados politicamente, podem resultar em ações públicas reais.
São golpes em versão moderna. O golpe de 64 foi assim também. Cooptaram agentes públicos e políticos: militares, governadores, juízes e deputados ligados à oposição, uniram-se sob a batuta da mídia e dos EUA, e derrubaram um presidente eleito e (agora sabemos) amado por seu povo.
Agora prendem um homem público dotado de grande integridade moral, um dos nossos maiores heróis da luta antiditadura e, após lhe castigarem com sete anos de tortura midiática (que Genoíno reputa ainda pior que a tortura física de que foi vítima), mandam-lhe para a prisão.
Isso é obviamente um absurdo, uma injustiça, e reitero o argumento que desenvolvi em outro post. Isso se voltará contra eles, contra a direita e a mídia.
NOTA PÚBLICA
Aonde for e quando for defenderei minha trajetória de luta permanente por um Brasil mais justo, democrático e soberano.
Com indignação, cumpro as decisões do STF e reitero que sou inocente, não tendo praticado nenhum crime. Fui condenado porque estava exercendo a presidência do PT. Do que me acusam, não existem provas. O empréstimo que avalizei foi registrado e quitado.
Fui condenado previamente numa operação midiática inédita na história do Brasil. E me julgaram num processo marcado por injustiças e desrespeito às regras do Estado democrático de direito.
Por tudo isso, considero-me preso político.
Aonde for e quando for defenderei minha trajetória de luta permanente por um Brasil mais justo, democrático e soberano.
José Genoino
Deputado Federal pelo PT.