O Cafezinho agradece profundamente a Mario Mugusto Jakobskind, presidente da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), e Daniel Mazola, secretário executivo da mesma, e a todos, pela pronta defesa da minha liberdade de expressão, agredida covardemente pelo diretor-executivo de jornalismo do maior conglomerado de mídia da América Latina, Ali Kamel.
Kamel parece não ter noção do que ele é e do que ele representa, e ao mesmo também não entende o que eu sou, e o que eu represento. Ele representa um poder midiático descomunal. Seu advogado é também advogado da família mais rica do Brasil. Eu sou um modesto blogueiro, cujo único patrimônio é minha palavra. Se alguém representa, aqui, o conceito de “liberdade de expressão”, com certeza, não é ele, que dirige uma empresa cujo jornalismo tem um triste histórico de apoio a golpes e manipulações. Inclusive sob a direção dele, Ali Kamel. Vide o episódio da “bolinha de papel” e daquele ex-presidiário “Rubnei Quicoli”, a quem foi dado quase 10 minutos no Jornal Nacional, às vésperas da eleição presidencial de 2010, para dizer que o BNDES iria lhe emprestaria R$ 8 bilhões.
Ele quer me processar por chamá-o de “sacripanta”? De “reacionário”?
Que espécie de liberdade de expressão é essa defendida pela Globo?
Acabo de receber o seguinte email de Jakobskind.
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Comissão da ABI solidariza-se com o jornalista Miguel do Rosário
A Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI solidariza-se com Miguel do Rosário, que por escrever em seu blog Cafezinho em defesa do jornalista Rodrigo Viana está sendo processado pelo diretor executivo de jornalismo da Rede Globo, Ali Kamel.
Consideramos esta tipo de ação sem propósito e na prática de caráter punitivo em função de Rosário ter feito denúncias sobre sonegação fiscal que teria sido cometida pela empresa.
A Comissão entende que o tipo de ação proposta por Kamel, na prática se volta contra a liberdade de imprensa. Não tem sentido este tipo de ação por um comentário contrário a uma empresa, onde o jornalista que entrou com a ação, exerce o cargo de diretor executivo.
Esperamos que a Justiça leve em conta o caráter de tolhimento da liberdade de imprensa, direito fundamental para o exercício democrático e arquive o processo.
Mário Augusto Jakobskind, presidente da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI
Daniel Mazola, secretário da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI.