O Tijolaço acaba de publicar um post mencionando pesquisa publicada há pouco pelo jornal Página 12, sobre o apoio dos argentinos a Ley dos Medios, que foi recentemente aprovada pela Suprema Corte de Justiça (o STF argentino).
Obs: Fallo, no jargão argentino, significa “decisão”.
Argentinos aprovam Ley de Medios
5 de novembro de 2013 | 00:35
Uma pesquisa publicada pelo jornal argentino Página 12, mostra que – apesar da intensa campanha de mídia – a população de Buenos Aires e seu entorno, que concentra um terço dos habitantes do pais, aprova a decisão de implantar a Ley de Medios, que obriga a desconcentrar a propriedade dos meios de comunicação, validada semana passada pela Suprema Corte.
Segundo o jornal, 56,% dos 1.200 entrevistados acharam justa a decisão, contra 33% que aformaram o contrário. A proporção dos que acham que a situação de liberdade de imprensa na Argentina é boa chegou a 60,5%, o dobro da que vê restrições, o principal argumento dos opositores da lei proposta por Cristina Kirchner.
Apesar disso, só 13,9% acham que a mídia cobre os fatos com objetividade, contra 24,5% que dizem que ela o faz a partir de seus valores e ideologia e quase a metade que afima que a cobertura é feita de acordo com os interesses políticos e econômicos.
A pesquisa tem mais importância porque foi feita na região onde o Governo Kirchner perdeu as recentes eleições, apesar de ter tido uma vitória a nível nacional. O nível de confiança da presidente Cristina Kirchner, todavia, se manteve quase três vezes maior que o dos líderes de oposição.
Ontem, o grupo Clarín apresentou ao Governo a proposta de dividir seu império em seis empresas independentes, para tentar driblar necessidade de vender partes de seu conglomerado e o Governo tem prazo de 120 para aprovar, rejeitar ou exigir modificações.
E o enfrentamento entre Governo e Clarín ganhou mais um capítulo ontem, ainda. Foi divulgada a descoberta de seis cadernos de atas do regime militar – as exibidas no alto do post – onde, segundo as informações que vazaram, constariam planos de sequestros, relatos de assassinatos e tortura e negócios entre o grupo de comunicação e os regime militar.
Por: Fernando Brito