Agora os coxinhas vão pirar de vez. Segundo matéria de João Villaverde, um digno e talentoso repórter do Estadão, a presidente está prestes a aprovar um conjunto de leis, algumas em caráter urgente, que irão satisfazer demandas históricas dos índios.
Em suma, os índios irão receber, por lei, parte dos recursos arrecadados por todas hidrelétricas construídas próximas às suas áreas, e qualquer futura construção terá de passar por um processo formal de consulta das aldeias.
Dilma tenta reforçar discurso ambiental com fundo de compensação para índios
Engavetada há anos, medida passou a integrar a agenda do Planalto com o objetivo de fazer frente às críticas da ex-ministra Marina Silva; plano de atenção às comunidades atingidas por hidrelétricas deve valer apenas para pacote de novas usinas
04 de novembro de 2013 | 7h 37
João Villaverde – O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA – A presidente Dilma Rousseff estuda criar um fundo de compensação para índios que vivem em áreas próximas às hidrelétricas previstas no plano de energia do governo para 2021. Também prepara a regulamentação de um artigo da Constituição que obriga o poder público a consultar as comunidades indígenas antes de operar essas usinas.
Trata-se de uma estratégia para reforçar o discurso do governo no embate com a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, uma crítica da política de desenvolvimento do País, que segundo ela não é sustentável.
Ex-petista, Marina se aliou ao projeto presidencial do governador Eduardo Campos (PSB) e poderá até disputar a sucessão do ano que vem na condição de vice do pernambucano.
As duas medidas que o governo tenta agora reativar por causa do “efeito Marina Silva” ficaram paradas por quase 11 anos de gestão do PT no Planalto.
A primeira delas, o fundo, é uma antiga reivindicação dos índios. Ele seria criado com dinheiro da Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos (CFURH), paga pelas empresas que exploram as hidrelétricas. A verba equivale a 6,75% do valor total de energia mensal produzida pelas usinas. Só entre janeiro e setembro deste ano, foram repassados R$ 1,3 bilhão da seguinte forma: 45% para os municípios atingidos pelos reservatórios, 45% distribuídos aos Estados onde estão as usinas e 10% para a União.
Uma das propostas que circula no governo, elaborada pelo Instituto Acende Brasil, voltado ao setor elétrico, prevê que a União abra mão de metade do que recebe, e os Estados abram mão de 22% da sua cota.
O Plano Decenal de Energia 2021 do governo federal prevê a construção de 34 hidrelétricas na Região Norte do País. Atualmente elas estão em fase inicial ou ainda só no papel. Nesse plano, para o qual valeriam as novas regras de compensação dos índios, não estão incluídas as polêmicas usinas de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio, alvos de constantes embates entre as comunidades atingidas e o governo federal.
Consultas. A segunda medida prevista no pacote pró-indígenas de Dilma se refere ao artigo 231 da Constituição, que prevê que os potenciais energéticos oriundos de recursos hídricos só podem ser aproveitados após consulta às comunidades que vivem no local de instalação do empreendimento. Segundo integrantes do governo, essa medida já é considerada urgente no Palácio do Planalto.
Adicionalmente, o governo também vai regulamentar a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário desde 2003. Essa convenção também estabelece critérios para consulta aos índios.
Em Belo Monte, por exemplo, as comunidades atingidas dizem não ter sido consultadas. Já o governo diz que fez a consulta. Ao estabelecer um critério, a ideia é acabar com polêmicas assim. “Os povos indígenas têm suas próprias formas de debater temas sobre seu futuro, e nossa regulamentação precisa dar conta disso, quer dizer, vamos criar um mecanismo que absorva o protocolo de cada povo, de cada etnia”, diz o secretario nacional de articulação social da Secretaria Geral da Presidência, Paulo Maldos.
Marilza G Diniz
05/11/2013 - 23h41
tá demorando!!!
O Cafezinho
05/11/2013 - 05h14
vou repetir, deixa de ser ranheta, robson. vamos acompanhar a notícia, se sai do papel e se transforma em realidade. será uma conquista histórica, que não exclui evidentemente a sequência de lutas históricas de todos os indigenistas do passado.
Robson Silva
05/11/2013 - 02h19
Daqui a pouco vão dizer que as conquistas de chico mendes e seu grupo…nunca fizeram nada assim como nunca na história desse país…nunca se fez nada….
Robson Silva
05/11/2013 - 02h16
só acho que vcs (tijolaço e cafezino) deviam ser um pouco mais coerentes nos post, pelo menos dar uma opinião sobre o assunto não somente repassar noticias…assim pelo menos pode-se formar uma opinião mais embasada, e verificar a imparcialidade dos jornalistas.
Nelma F. Santos
04/11/2013 - 23h52
Quero ver se é verdade e sai do papel. Chega de tanto sofrimento entre os indígenas brasileiros !
Flá Ahm
04/11/2013 - 23h38
Coxinha vai dizer que faltará luz! Coxinha faz mal. Notícia cheia de esperança!
Libertad Martinez
04/11/2013 - 22h42
Quiero ver para crer!!
Libertad Martinez
04/11/2013 - 22h42
Buenas noticias??
Antonio Lucas Furtado
04/11/2013 - 21h48
Demorou só um mandato, quase. De boa, né.
O Cafezinho
04/11/2013 - 21h00
robson, deixa de ser ranheta. se esses projetos forem aprovados, será uma vitória histórica dos índios.
Robson Silva
04/11/2013 - 20h25
outro dia haviam publicado que era um absurdo dizer, falar dos impactos ambientais do gado e leite…dizendo que aumentar impostos sobre estes produtos era tirar a comida da boca dos que agora podem compra-la…aí depois acusam a bancada do agronegócio, ruaralista…este blog só presta um desserviço…manipula e aliena…e ainda dizem que são imparciais…só controvérsia…devem estar no esquema…
Robson Silva
04/11/2013 - 20h19
No texto aparece quem encabeça o projeto e pq ele esta sendo votado agora…no império romano eles se apropriavam de tudo e desqualifica os que o antecederam…http://amazoniareal.com.br/governo-dilma-e-omisso-e-negligente-com-os-povos-indigenas/
Raquel Adornato
04/11/2013 - 19h45
Demorô Dilma, mas antes tarde do que nunca…valeu!