Li há pouco, num jornal que dá golpe e depois pede desculpas, uma notícia convenientemente escondida na parte inferior da página 6, apesar de ser uma informação que pode mudar todo o cenário eleitoral para 2014. O TSE perdeu a paciência e estabeleceu um ultimato para a Rede. Ou consegue o resto das assinaturas em cinco dias ou faz como todo mundo: se organiza melhor e volta depois.
“A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Laurita Vaz deu na noite desta segunda-feira cinco dias para que a Rede Sustentabilidade, idealizado pela ex-ministra Marina Silva, apresente as certidões consolidadas comprovando que a legenda tem o número mínimo de assinaturas necessárias em nove estados para ser fundado.”
É agora ou racha!
Se a Rede conseguir passar por essa prova, será bem vinda ao cenário eleitoral. Iremos nos informar melhor sobre seus objetivos, membros, financiadores. O Brasil irá devassar suas ideias.
Mas eu confesso que não torço para Marina Silva conseguir criar seu partido por uma razão simples: criar partido novo às pressas, desesperadamente, com apoio da grande mídia, não me cheira bem. Quer criar um partido novo? Ótimo. Para mim quanto mais partido melhor. Mas faça direito, seguindo os prazos e não vem encher o saco do TSE dizendo que a instituição não está sendo rápida o suficiente. Pior: pressionando, querendo dar um “jeitinho” para o TSE aprovar só na “amizade”.
A capacidade técnica do TSE é uma das poucas coisas realmente boas no judiciário brasileiro, mas o órgão não tem obrigação de dar “prioridade” nenhuma ao partido da Marina. Independente de seu lugar nas “pesquisas”. Agora só falta essa: o TSE se guiar pelo Datafolha. A mídia quer mandar no TSE também? Já não chega o STF?
Se a Rede não for criada, todos os cenários eleitorais terão que se redesenhados. A notícia merece mais atenção.