Portos “ineficientes” insistem em bater recordes de movimentação de cargas :: José Augusto Valente10 maio de 2013 às
Por José Augusto Valente – Diretor Executivo da Agência T1 e TVT1
O governo federal, e a imprensa de um modo geral, insistem na tese de que os portos brasileiros são ineficientes e com alto custo. Não cansamos de explicar que a tarifa de operação dos terminais não é definido pelo operador portuário mas pelos donos dos navios (armadores).
Quanto à ineficiência, também temos mostrado que esse juízo é falso, diante dos dados que mostram que o as exportações/ importações cresceram de US$ 100 bilhões para US$ 480 bilhões, entre 2002 e 2011 e do fato que o comércio exterior brasileiro, entre 2009 e 2011, cresceu mais que China, Rússia, India e Japão e o dobro dos EUA e Canadá e o triplo da Alemanha.
Como se isso não bastasse, os portos insistem em bater recordes sucessivos de movimentação de carga. Tente explicar para um investidor estrangeiro que esses portos são ineficientes!
Vamos às informações de três dos maiores portos brasileiros:
O Porto de Santos registrou em março mais um recorde de movimentação mensal. Foram movimentadas 9.399.252 toneladas, 9,4% acima do resultado de março de 2012 (8.595.005 t), estabelecendo um novo recorde para o mês. Novamente, o aumento das exportações garantiu o bom resultado, ao atingir 6.806.463 t, 12,1% acima do registrado no terceiro mês de 2012 (6.068.032 t). As importações sofreram um leve aumento de 2,6%, passando de 2.526.973 t em março de 2012 para 2.592.789 t em 2013.
Os portos de Paranaguá e Antonina fecharam o primeiro quadrimestre do ano com alta de 4% na movimentação de mercadorias.
O porto do Rio Grande (RS) cresceu 2,9% no primeiro trimestre de 2013 (5.683.737 toneladas), em relação a igual período de 2012 (5.848.147 toneladas).
O investidor estrangeiro também teria dificuldade em entender como é que são classificados como ineficientes portos que hoje têm funcionamento 24 horas (agentes governamentais), como Santos, Paranaguá, Rio de Janeiro, Vitória, Suape, Itajaí e Fortaleza.
Como se vê, fica cada vez mais difícil sustentar a tese de ineficiência dos portos brasileiros.
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!