Perspectivas industriais para 2013 continuam boas

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A Anfavea (Associação Nacional de Veículos Automotores) divulgou hoje o seu relatório sobre a produção brasileira de veículos em março. Segundo a instituição, a produção de veículos automotores cresceu 39,2% em março, na comparação com fevereiro e 3,4% na comparação com março de 2012.

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A exportação de veículos também apresentou um excelente resultado, com um aumento de 25,8% da receita em março, sobre o mês anterior, e de 4,3% sobre o mesmo mês de 2012.

 

O emprego se manteve estável sobre o mês anterior e cresceu 4,8% na comparação com 2012, empregando 151.930 pesssoas.

Esses dados vieram num bom momento, porque a divulgação esta semana, pelo IBGE, da queda na produção industrial produziu, como era de se esperar, uma nova onda negativa no noticiário econômico.  No Cafezinho de ontem, todavia, eu mostrei que os números da produção industrial brasileira não eram tão negativos assim, porque houve crescimento na produção de bens de capital, e nos setores mais avançados da indústria, como transporte, máquinas e aparelhos elétricos.

Vamos tentar explicar o que houve em fevereiro. A produção de veículos em fevereiro, segundo o IBGE, caiu fortemente (9,1%) na comparação com o mês anterior, puxando para baixo o índice. Mas tudo indica que foi uma queda temporária, provavelmente estimulada pelo feriado de carnaval. Tanto é assim que a produção de veículos no acumulado dos dois primeiros meses do ano, na comparação com igual período de 2012, experimentou o crescimento mais substancial dentre todos os setores industriais: 21%.

Quando avaliamos a indústria, devemos sempre estar de olho nos setores mais avançados da economia, e não necessariamente no índice geral, que mistura os setores mais atrasados, sem futuro, com outros importantes.

Deixando a produção de veículos de lado, visto que o declínio em fevereiro não revela uma tendência, mas apenas uma curva temporária, podemos ver que os principais setores industriais experimentaram crescimento em fevereiro. Recorto trecho do próprio IBGE:

As principais pressões positivas sobre a média global da indústria vieram de outros equipamentos de transportes (9,6%), máquinas e equipamentos (1,7%) (…) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,6%).

Esses foram os aumentos de fevereiro sobre o mês anterior. Na comparação do acumulado Jan/Fev 2013, com igual período de 2012, também encontramos números positivos.

 

É importante destacar que o setor de transportes, representado aqui pelos itens “Veículos automotores” e “Outros equipamentos de transporte” constitui o setor mais avançado da indústria brasileira. O Brasil é um grande centro de produção de carros, motos, caminhões, tratores, aviões, motos. O divisão internacional do trabalho é uma tendência histórica do capitalismo desde há muito tempo e o Brasil, desde a década de 50, vem se especializando no setor de transportes.

Outro setor de vanguarda é o de “máquinas, aparelhos e materiais elétricos”, cuja produção física no acumulado do ano registoru alta de 6,4%. O refino de petróleo também é importante para um país que vem aumentando substancialmente o seu consumo de combustível fóssil e que se vê na iminência da autossuficiência em petróleo.

Note-se que alguns setores que experimentaram queda no acumulado do ano, na comparação com 2012, registraram alta em fevereiro, na comparação com o mês anterior, como a produção de máquinas e equipamentos, que caiu 2,3% em Jan/Fev 2013, sobre 2012, mas cresceu 1,7% em fevereiro, na comparação com janeiro.

Conclusão: as perspectivas para a indústria brasileira este ano continuam boas, mas se considerarmos apenas os setores avançados, como transportes, máquinas e aparelhos elétricos, além dos bens de capital, talvez tenhamos surpresas ainda mais positivas. 
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Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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