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A mídia e seus obedientes leitores aprenderam a idolatrar Joaquim Barbosa não por suas qualidades, que suponho também deve tê-las em profusão (embora eu, pessoalmente, ainda não as tenha descoberto), mas por seus defeitos, incluindo sua irascibilidade doentia, sobretudo quando seu fígado sensível se voltava contra seus adversários.
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Para continuar a ler, você precisa fazer seu login como assinante (no alto à direita). Hoje o Cafezinho comenta o surto do ministro, aborda o tema da regulação da mídia e, ao final do post, traz um outro assunto: uma tabela exclusiva com os principais produtos brasileiros exportados em janeiro deste ano, seguida de alguns comentários sobre o comércio exterior brasileiro. Confira aqui como assinar o blog O Cafezinho.[/s2If]
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Hoje, todavia, o temperamento colérico do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) se voltou contra o repórter Felipe Recondo, do Estadão, o jornal que mais tem acarinhado e mimado o ministro. Ele fez uma agressão violentíssima a um trabalhador da imprensa, gratuitamente. Eu pesquisei as matérias escritas por Recondo e todas são favoráveis a Barbosa. Se ele agride assim um jornalista que só lhe quer bem, imagine o que faria com alguém que lhe criticasse? Imagine se Lula ou Dilma fizessem isso…
Leiam a matéria da Folha abordando o caso aqui, e escutem o áudio por aqui.
Aliás, lembremos das agressões constantes de José Serra à jornalistas. Não só agressões pessoais. Serra ficou conhecido por ligar para redações e donos de jornais pedindo a cabeça de profissionais da imprensa. Lembremos dos processos constantes dos tucanos paranaenses contra blogueiros locais.
A atual conjuntura mostra bem que a maior ameaça à liberdade de imprensa no Brasil continua vindo da direita, exatamente como aconteceu em 1964. A mídia conservadora ataca virulentamente a esquerda, sempre inventando um bolchevismo que não existe, omitindo porém o caráter brutal da direita em relação a críticas.
Gilmar Mendes, Serra, Merval Pereira, Nelson Motta, todos próceres da direita nacional tem atacado a blogosfera com muita violência. Gilmar inclusive processa vários blogueiros.
O maior medo da mídia é que o governo proponha ao Congresso um novo conjunto de leis para o sistema de comunicação de massa no país. O Estadão de hoje traz um editorial cheio de fúria e pavor, motivado pela publicação de um documento, pelo PT, solicitando à presidente Dilma que apóie uma nova regulamentação da mídia brasileira.
O PT é o maior partido da Câmara de Deputados e poderia, portanto, propor uma novo projeto de lei sem a participação da presidente da República. Na prática, porém, isso muito difícil de fazer, porque o apoio político da presidenta é fundamental para que o processo tramite no Congresso, porque um projeto com tal impacto político precisaria ser encampado pela chefe de Estado para ter qualquer chance de ser votado e vencido no Parlamento.
Entretanto, as condições políticas para Dilma levar adiante algo sim não são favoráveis. Esse é o tipo de proposta que a presidente, provavelmente, só poderá levar adiante após a sua reeleição, e mesmo assim vai depender de vários fatores: a começar pelo convencimento pessoal da própria presidenta sobre a necessidade política de fazer uma reforma democrática na mídia brasileira. Até agora, todos os sinais emitidos pela presidência são desfavoráveis a levar esse debate agora para o Congresso.
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Hoje, só para trazer uma pauta diferente, preparei uma tabela com os principais produtos (por categorias) exportados pelo Brasil em janeiro último, comparando com janeiro do ano passado e janeiro de 2002. Para evitar confusão, eu deflacionei os números de 2002.
Repare que as exportações saíram de 5 bilhões de dólares em janeiro de 2002 para 15,99 bilhões em 2013. Ou seja, triplicaram. E olha que eu já deflacionei os números de 2002: no original, eram apenas 3 bilhões de dólares.
Vou pular o desempenho das commodities, porque é até covardia. Falemos apenas dos manufaturados. A exportação de veículos e autopeças cresceu 290% de 2002 a 2013. A de máquinas com motor cresce 162%. A de aparelhos elétricos, 34%.
Em relação a 2012, houve queda em alguns itens, mas é sazonal; se considerasse os últimos 12 meses, veríamos aumento ou queda menor. O importante é verificar que não procede a acusação de que nossa exportação de manufaturados está caindo. O déficit sim, este pode aumentar, porque o poder aquisitivo do cidadão tem aumentado num ritmo muito superior à velocidade da indústria brasileira, e ele quer consumir sobretudo produtos tecnológicos que não produzimos por aqui, como celulares, laptops, ipads, etc.
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