[s2If !current_user_can(access_s2member_level1) OR current_user_can(access_s2member_level1)]
O IBGE divulgou hoje o crescimento do PIB no ano passado, que foi de 0,9%, um lamentável pibinho. Mas antes de cortar os pulsos e ajoelhar no altar da Miriam Leitão, tentemos ver o lado positivo. O pior já passou. O crescimento do PIB no último trimestre de 2012 foi o segundo maior do mundo (sic), e todos os gráficos mostram uma vigorosa recuperação da economia brasileira.
Abaixo, reproduzo alguns gráficos extraídos do site do Estadão.
Note-se que o crescimento do Brasil no último trimestre superou economias altamente dinâmicas, como Coréia do Sul, e se deu num contexto de recessão generalizada no mundo desenvolvido.
[/s2If]
[s2If !current_user_can(access_s2member_level1)]
Para continuar a ler, você precisa fazer seu login como assinante (no alto à direita). Confira aqui como assinar o blog O Cafezinho.[/s2If]
[s2If current_user_can(access_s2member_level1)]
Outra surpresa foi que a indústria não caiu tanto como se esperava. A partir do segundo semestre, a indústria começou a reverter sua tendência de queda e encerrou o último trimestre com crescimento de 0,4% sobre o trimestre anterior, e de 0,1% sobre igual período de 2011.
Os números mostram que o vilão do PIB em 2012 foi mesmo a agropecuária, um setor volátil por natureza (e por causa da natureza).
Observe a tabela abaixo e atente para a coluna do quarto trimestre. Todos os itens apresentam números bastante positivos, com exceção da agropecuária.
Um dado negativo é que a indústria de transformação registrou queda no quatro trimestre do ano passado, mas vale fazer algumas ponderações. Vamos analisar a tabela abaixo, que traz os subsetores.
Na linha de indústria de transformação, vemos que a indústria caiu 0,5% no último trimestre do ano. Repare, contudo, que o setor industrial tem um histórico de sazonalidade. Cresce num trimestre e cai no outro. O setor havia experimentado uma alta relevante no terceiro trimestre do ano, de 1,5%. E a expectativa, já indicada em números para janeiro, é que volte a apresentar crescimento no primeiro trimestre deste ano.
Outro fator positivo é a forte queda nos estoques no último trimestre, somado ao crescimento do consumo das famílias e a melhora no investimento (formação bruta de capital fixo), que experimentou alta de 0,5%.
Para 2013, até mesmo a imprensa mais pessimista admite que as previsões gerais são de um crescimento acima de 3%, com muitos apostando em 4%. O importante, para a economia brasileira, é manter uma taxa similar durante um período razoável de tempo.
Em relação aos efeitos políticos, eu diria que, se o PIB crescer 3% ou 4% em 2013, a presidente Dilma dificilmente não ganhará no primeiro turno de 2014, sobretudo porque, aliado ao crescimento da economia, a taxa de desemprego continua declinando, aproximando o país de uma situação inédita de pleno emprego.
PS: A Miriam Leitão fica tão feliz quando tem notícias ruins a dar que hoje se deu ao luxo de anunciar pontos positivos nos números do IBGE, e lembrar que:
Isso tudo quer dizer que o pior momento pode ter ficado para trás. E por isso as projeções do mercado mostram um crescimento na casa de 3% este ano. Ou seja, daí pra frente, haveria aceleração, e não mais desaceleração.
[/s2If]