Dessa vez não vou criticar tanto a imprensa. A inflação é um dos piores fantasmas da economia brasileira e vale a pena assustar um pouquinho o governo quanto a seus riscos. Mas faço algumas ponderações e trago algumas estatísticas importantes para se compreender melhor o quadro.
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Nos EUA, os analistas econômicos sempre fazem dois índices de inflação, um com alimentos, outro sem alimentos. Porque alimentos têm grande volatilidade, em função de instabilidades naturais do mundo agrícola.
Se nossos analistas tivessem a mesma prudência, nosso índice ficaria bem mais ameno. Vamos analisar os números divulgados ontem pelo IBGE.
Dois itens puxaram a inflação:
O primeiro foi o grupo de alimentos e bebidas, puxado pela alta de alguns produtos. O povo,quando isso acontece, sempre tem a opção de trocar um produto por outro, e assim mantém estável o seu custo de vida.
O segundo item foi: despesas pessoais, puxado pelo cigarro.
Segundo o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, a inflação de janeiro será a maior de todo o ano. Ele espera queda pela metade em fevereiro.
E o Ministério da Agricultura estimou que a safra brasileira de grãos este ano baterá um novo recorde histórico, atingindo 180 milhões de toneladas, o que naturalmente afetará positivamente (reduzindo) a inflação.
Confira abaixo uma tabela com o histórico mensal da inflação nos últimos anos. Repare que o índice de 0,86% em janeiro, pode ter sido o maior em vários anos, mas foi menor, por exemplo, que em boa parte do período do Plano Real, quando em tese já deveríamos ter “vencido a inflação”. Em 1994, a inflação em janeiro foi de 41% (!), em 1995, de 1,7%, em 1996, de 1,34%, em 1997, de 1,18%.
No segundo mandato, tivemos bons janeiros, em termos de inflação, mas os problemas em outros meses do ano. Inflação, para evitar distorções sazonais, tem que ser mais avaliada em período de 12 meses. Na coluna No Ano, vemos que a inflação tem ficado estritamente sob controle nos últimos tempos. Em 2012, a inflação caiu em relação a 2011.
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Outra notícia interessante é a aparente tomada de decisão do PSB de lançar Eduardo Campos como candidato à presidente da República em 2014. Na verdade, tudo é um grande jogo político, porque decisão mesmo, só se tomará em 2014, mas aos poucos, as próprias forças governistas se dão conta que a entrada de Campos no cenário talvez não seja tão ruim. Ajudará a balancear a eleição, amenizando (em tese) a agressividade dos concorrentes. Ou não.
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Caiu a ficha no Estadão do “migué” que tomou do Henrique Alves.
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