Vou dar uma dica, aliás, para se acompanhar o nível dos reservatórios em todo país. O link para o boletim diário do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está aqui:
http://www.ons.org.br/resultados_operacao/boletim_diario/2013_01_17/reservatorios.htm
Este é o último boletim. Para ver de outros dias, basta mudar a data. Por exemplo, para ver do dia primeiro de janeiro, mude o link para:
http://www.ons.org.br/resultados_operacao/boletim_diario/2013_01_01/reservatorios.htm
Atente sobretudo para o volume útil dos reservatórios, que é a quantidade de água acima de um determinado nível necessário para produção de energia, e que vai de 0% a 100%.
Nesse link, você acompanha os níveis, sem poder comparar, mas com informações sobre a participação dos reservatórios no total de cada região:
http://www.ons.org.br/tabela_reservatorios/conteudo.asp
O volume útil dos reservatórios cresceu nos últimos 15 dias em vários lugares, mas São Pedro ainda tem que colaborar por alguns meses para que estes voltem ao normal.
Nas Furnas, maior reservatório do país, o volume útil nos últimos 15 dias subiu de 12,5% em 01 de janeiro para 20,35% no dia 17.
Eu fiz uma tabela com os dados de todos os reservatórios, comparando os anos de 2012 e 2001, e verifiquei uma coisa: na verdade, os níveis em 2012 se mantiveram bons – bem melhores do que os da última crise no setor (em 2001) – durante quase todo o ano. Houve uma redução meio que súbita a partir do final do segundo semestre. O gráfico abaixo, relativo a Furnas, mostra bem isso:
Repare que o ano começou com o volume útil em Furnas superior a 90%. No segundo semestre começa a declinar, registrando um tombo de setembro a dezembro.
A lição que devemos tirar desta crise é que, apesar da importância das usinas hidrelétricas, e da necessidade de construirmos mais unidades, o Brasil não pode ficar dependendo do volume de chuvas num mundo onde o clima se torna cada vez mais irregular. A necessidade de diversificar matrizes é essencial para oferecer segurança econômica ao país.