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Análise da última pesquisa Datafolha, cuja íntegra foi divulgada no dia 20/10.
Selecionei alguns gráficos e tabelas da pesquisa para comentar.
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Observe que o aumento do número de pessoas a afirmar que o mensalão “não tem influência sobre seu voto” aumentou 8 pontos nas últimas semanas, justamente no momento em que o julgamento ganha enorme visibilidade na mídia. Ou seja, há desgaste em virtude da superexploração da notícia.
A tabela acima confirma o desgaste do assunto mensalão. Segundo o Datafolha, 84% dos entrevistados responderam que não mudaram seu voto no segundo turno em virtude do mensalão. E entre os 16% que afirmam ter mudado o voto, apenas 11% disseram que deixaram de votar em Fernando Haddad, do PT. 11% de 16% é um número residual, e que pode ter sido contaminado pelos eleitores de Serra, que assim responderam como forma de atingir, via pesquisa, o candidato petista.
Agora vejamos em que segmentos seerra vem perdendo votos:
Resposta: em todos os segmentos. Chama a atenção ainda o aumento dos brancos/nulos entre os que possuem curso superior: chegou a 14%, maior do que entre os que tem apenas ensino básico, que é de apenas 6%. Haddad conseguiu ainda estreitar a vantagem de Serra junto aos eleitores com ensino superior, de 7 pontos para 5 pontos.
Por faixa de renda, observa-se queda de Serra em todos os segmentos, com destaque para as famílias com renda entre 5 e 10 salários, onde o tucano perdeu 6 pontos e Haddad ganhou 3, assumindo vantagem de 5 pontos. Na pesquisa anterior, Serra tinha a liderança nesse segmento. Ou seja, o tucano perdeu apoio na classe média paulistana, talvez pela má qualidade de sua campanha, ancorada em baixarias. Lembremos que essa faixa inclui famílias com renda mensal entre 4 e 7 mil reais, aproximadamente, o que deve incluir a grande maioria dos profissionais liberais jovens que povoam a cosmopolita São Paulo.
Entre os que ganham mais de 7 mil reais por mês, Serra perdeu 2 pontinhos e Haddad, um ponto, estreitando um pouco a diferença, mas o tucano continua bastante isolado na liderança, com 54 pontos, contra 32 pontos de Haddad.
Entre os mais pobres, que ganham até 2 salários, numericamente 4 vezes superiores aos ricos, Haddad ampliou sua vantagem para quase 30 pontos, 54% X 25%. Entre os que ganham entre 2 e 5 salários, a vantagem de Haddad também cresceu, para 19 pontos, 50% X 31%.
Não é errado, portanto, falar em “levante popular” para explicar o notável desempenho de Haddad na capital paulista.
A íntegra do Datafolha pode ser vista aqui.
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