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Análise da pesquisa Datafolha para São Paulo

As primeiras pesquisas de intenção de voto para o segundo turno da eleição em São Paulo apontam forte favoritismo de Fernando Haddad. Segundo o Datafolha, o petista tem 56% dos votos válidos, contra 44% de Serra, vantagem de 12 pontos percentuais.

3 comentários
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As primeiras pesquisas de intenção de voto para o segundo turno da eleição em São Paulo apontam forte favoritismo de Fernando Haddad. Segundo o Datafolha, o petista tem 56% dos votos válidos, contra 44% de Serra, vantagem de 12 pontos percentuais.

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No Datafolha, levando em conta os brancos e nulos, Haddad tem 47%, contra 37% de Serra, vantagem de 10 pontos.

Considerando que o município de São Paulo, segundo as últimas conferências da Justiça Eleitoral, possui 8,6 milhões de eleitores aptos, a quantidade de eleitores de Haddad e Serra (usando o Datafolha), e a diferença entre elas, é a seguinte:

Eleitorado SP Eleitores
Haddad 4.051.010
Serra 3.189.093
Haddad-Serra 861.917
Total 8.619.170

Haddad tem 4,0 milhões de eleitores, contra 3,18 milhões para Serra, o que configura vantagem de 862 mil votos para o petista.

Eu separei algumas tabelas que constam do relatório completo do Datafolha, e faço alguns comentários abaixo de cada uma:

12 pontos de diferença, na contabilidade de votos válidos, é uma vantagem considerável numa eleição fortemente polarizada, onde apenas 10% dos eleitores afirmam que poderiam mudar de voto.

 

Haddad herda a maior parte do eleitorado de Russomano: segundo o Datafolha, 56% dos eleitores que votaram no apresentador votarão no petista, contra apenas 25% que escolheriam Serra; 12% ainda não sabem. O neoposte de Lula também leva vantagem entre os eleitores de Chalita: 43% destes disseram que votarão em Haddad, contra 34% que declararam optar pelo tucano; 15% não sabem.

 

Serra tem uma forte vantagem entre os mais pobres. Serra ganha vantagem junto com o aumento da renda. Junto ao eleitorado mais expressivo em São Paulo, que é a classe média baixa que ganha de 2 a 5 salários, Haddad registrou vantagem de 14 pontos: 49% X 35%. Serra tem vantagem de 23 pontos junto ao eleitorado que ganha mais de 10 salários.

 

A única faixa etária onde Serra ganha de Haddad são os eleitores com mais de 60 anos, onde ele registrou 53%, contra 33% de Haddad. O petista terá de investir em campanhas focadas nessa faixa, que representa um segmento expressivo do eleitorado. Haddad, porém, goza de vantagem olímpica entre os mais jovens: tem 54% X 28% entre jovens até 24 anos, e 53% X 31% entre jovens entre 25 e 34 anos. No segmento com 35 a 44 anos, Haddad tem 50% X 33% Serra; e registra 46% X 38% entre os que tem 45 a 59 anos. Ou seja, o eleitorado de Serra está muito concentrado nos mais velhos. Se Haddad fizer boas propostas para essa faixa, ganha fácil esta eleição.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Guilherme Scalzilli

16/10/2012 - 15h33

Os incrédulos vencerão

Se as pesquisas eram suspeitas quando transmitiam más notícias, agora elas merecem cautela redobrada.

Há muitas armadilhas possíveis nos supostos dez por cento que separam Fernando Haddad e José Serra. Imaginando-os verdadeiros, e forçando as margens de erro, a distância se resume a seis pontos, número irrisório no estágio atual da disputa. Mas começar em vantagem é sempre complicado. São Paulo e outras cidades populosas mostraram como a perspectiva de virada influencia a mobilização e o convencimento do eleitorado, tanto para agravar as curvas descendentes quanto para alavancar as reações.

O triunfalismo precoce, além de afrouxar o ímpeto da militância, leva a população, já bastante incrédula e despolitizada, a ausentar-se do segundo turno ou a optar por votos brancos e nulos, como forma de protesto. Um quadro estatístico falso gera planos de comunicação equivocados, que induzem determinado candidato a assumir posturas favoráveis às estratégias do adversário. Manter Haddad imobilizado na esfera propositiva, por exemplo, sem reagir aos inevitáveis ataques.

Fosse outro no lugar de Serra, talvez esses perigos soassem um tanto paranóicos. Mas o estilo rudimentar do tucano e a importância de sua vitória para o projeto oposicionista anunciam uma batalha feroz e inescrupulosa, cuja virulência passará longe da simples manipulação de números. Em certas situações, pessimismo demonstra sabedoria.

http://www.guilhermescalzilli.blogspot.com.br

Elson

13/10/2012 - 06h26

Hadad que se prepare, pois a baixaria vai começar, Cerra e seu braço midiático vão fuçar sua vida atras de qualquer pecadinho para poder publicar as vésperas da eleição, não faltaram os Rubenei Quícoli dispostos a melar e baixar o nível somente com a intenção de salvar o candidato do atraso.

migueldorosario (@migueldorosario)

12/10/2012 - 18h03

Análise da pesquisa Datafolha para São Paulo http://t.co/ya0qNQBG


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