(Eduardo Paes comemorando a vitória no Parque Madureira)
O resultado, de maneira geral, foi bom para a esquerda. A principal legenda do nosso campo político, o PT, tornou-se a mais votada no país, com 17,3 milhões de votos, 4,3% a mais do que em 2008. O PT agora tem 624 prefeituras, contra 558 em 2008.
O PMDB continuou na liderança em número de prefeituras, e obteve vitórias esmagadoras no Rio e Porto Alegre (ops, em Poa, a vitória foi do PDT, embora com apoio do PMDB) .
A oposição, por sua vez, sofreu pesadas perdas. O PSDB teve a preferência de 13 milhões de eleitores, 4% a menos do que em 2008. E o DEM caiu 51%, obtendo apenas 4,5 milhões de eleitores.
Para o segundo turno, o grande embate será em São Paulo. Haddad conseguiu a primeira vitória, que era continuar na guerra. E vem como favorito, ao obter o apoio de Russomano (PRB) e Chalita (PMDB). Serra tem uma rejeição pesada na cidade, o que lhe tolherá os movimentos políticos: se pegar pesado, periga esta aumentar ainda mais, inviabilizando sua candidatura.
Aqui no Rio, tivemos uma vitória tranquila de Eduardo Paes, com 65% dos votos válidos, o que o converte, automaticamente, na principal força política do estado.
O PSOL teve um bom desempenho na cidade, elegendo 4 vereadores. O PT, também 4. O PCdoB foi mal no município, não elegendo nenhum – seu eleitorado migrou, provavelmente, para o PSOL, que conseguiu se promover com sucesso junto à juventude.
Niterói, Caxias, Belford Roxo, para citar algumas cidades importantes da região metropolitana, tem candidatos na liderança do segundo turno com um perfil mais progressista. PT e PCdoB cresceram no estado, abrindo espaço para uma eventual candidatura de Lindberg em 2014.
Eduardo Campos sai fortalecido com as vitórias que obteve em Recife e Belo Horizonte. Terá condições de negociar uma parceria com o PT numa posição mais altiva. A oposição vai apostar tudo numa cisão da base aliada, mas o governo tem condições de pôr água na fogueira eleitoral e cimentar uma aliança estratégica para 2014.
PS: Balanço dos vereadores, por partido:
Destaques para PT, PSB e PCdoB, que cresceram 22%, 18% e 56%, respectivamente.
PS2: E ainda tivemos vitória de Chávez na Venezuela!