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Esclarecimentos sobre as eleições no Rio

Eu tenho várias críticas ao prefeito Eduardo Paes. Acho que o choque de ordem brutalizou pequenos vendedores ambulantes, há denúncias que algumas remoções foram feitas de maneira indigna, e a saúde pública no Rio de Janeiro, apesar das Clínicas da Família, ainda deixa muito a desejar.

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Vamos esclarecer alguns ruídos. Época de eleição, os sectarismos afloram com muita força e fica difícil se ater à racionalidade. Eu tenho várias críticas ao prefeito Eduardo Paes. Acho que o choque de ordem brutalizou pequenos vendedores ambulantes, há denúncias que algumas remoções foram feitas de maneira indigna, e a saúde pública no Rio de Janeiro, apesar das Clínicas da Família, ainda deixa muito a desejar.

Paes não é meu líder político e provavelmente temos ideias contrárias em muitas coisas.

Entretanto, vamos deixar de lado o maniqueísmo e o partidarismo barato. Paes detêm a segunda maior popularidade em capitais brasileiras, e 54% dos cariocas pretendem votar nele. Achar que 54% dos cariocas são desinformados, ignorantes ou reacionários, é preconceito sectário e presunção. Votam porque acham que ele foi um bom prefeito e deve continuar.

A prefeitura fez coisas erradas, como os primeiros momentos do choque de ordem, mas também fez muita coisa boa, sobretudo nas áreas mais pobres. Preconceito político é muito feio, então se informem, com calma, sobre as realizações do prefeito, antes de saírem xingando.

Paes não teria apoio de vinte partidos se tivesse feito um governo horrível. Essas legendas teriam lançados seus próprios candidatos, ou fechado aliança com outros.

Ontem houve outro ruído, causado pela leitura apressada da grande imprensa, a quem interessa sempre produzir crises, sobretudo na base aliada. Até o Conversa Afiada caiu na armadilha.

Folha e Globo deram a seguinte manchete:

A manchete desencadeou reações furibundas de petistas e simpatizantes contra o prefeito do Rio. Mais uma vez, a imprensa conseguiu produzir desinformação. Quase ninguém se deu ao trabalho de assistir à entrevista do prefeito ao RJTV. Transcrevo abaixo o trecho no qual a repórter aborda o tema do mensalão:

Ana Paula Araújo: Vamos mudar um pouco de assunto, falar de política. O país vem acompanhando o julgamento do Mensalão. Já temos dez réus condenados, no entanto, um dos seus principais aliados, o ex-presidente Lula, disse recentemente em entrevista ao New York Times, que o mensalão não existiu. O senhor concorda com ele? O mensalão, na sua opinião, existiu ou não?

Eduardo Paes: O mensalão foi um processo que eu participei muito ativamente em 2005 e 2006, como deputado, cumprindo com a minha obrigação. Quem vai dizer agora se o mensalão existiu ou não é a Justiça, é o Supremo Tribunal Federal.

Ana Paula Araújo: Mas o senhor foi sub-relator da CPI dos Correios e, na época, o senhor tinha convicção de que o mensalão existiu. Inclusive, chamou o presidente Lula de “chefe de quadrilha”, de “psicótico”. Por que o senhor mudou suas convicções?

Eduardo Paes: O presidente Lula não foi incluído no relatório, eu fui sub-relator. Então, não se encontrou nenhuma prova contra o presidente Lula. Em relação ao presidente Lula, Ana Paula, o que eu posso dizer é que, quando eu virei prefeito do Rio, eu tive dele muita parceria.

Ana Paula Araújo: Mas qual a sua convicção pessoal com relação a esse caso? No que o senhor acredita? O mensalão existiu? Não existiu?

Eduardo Paes: Não há dúvida que houve. Eu escrevi aquele relatório. O que eu estou dizendo é que não tem indiciamento do presidente Lula. E em relação ao presidente Lula, o que eu posso dizer é isso: ele foi um fantástico parceiro do Rio de Janeiro, ajudou muito a Prefeitura do Rio, ajudou muito a gente a fazer todos os investimentos que a gente está fazendo. Então, eu tenho a honra de ter o apoio do presidente Lula.

Ana Paula Araújo: Mas o senhor mudou, então, a sua convicção e se aliou ao PT depois. O senhor não se sente desconfortável com isso?

Eduardo Paes: O PT é um partido de 2 milhões de filiados, então, você tem pessoas que cometeram delitos, elas estão sendo julgadas. Agora, eu não posso culpar o partido inteiro. Meu vice-prefeito, Adilson Pires, foi meu líder no governo durante esses últimos quatro anos e é um quadro qualificadíssimo, um homem de história fantástica na vida pública. Meu secretário de Habitação, Jorge Bittar, deputado federal. O Partido dos Trabalhadores é muito maior do que alguns que cometeram, eventualmente, algum delito que o Supremo está julgando agora. Então, eu não mudei de opinião. Eu tenho aliança com o Partido dos Trabalhadores e tenho como vice, o Adilson Pires, que é um belo quadro político.

Só para contextualizar. Também hoje, o mesmo Globo (outros jornais devem ter feito o mesmo) estampou a seguinte manchete numa de suas páginas internas:

 

Estão vendo, Viana, um petista do alto escalão, afirmou que “houve mensalão”. Ora, isso é uma tremenda armadilha! Essa questão se o mensalão “existiu” ou não, é relativa. Eu mesmo, em post aqui no Cafezinho, também já afirmei que o mensalão existiu sim. Foi um processo político que envolveu caixa 2, corrupção na base aliada, manipulação midiática, e tentativa de golpe branco. Mas é uma tremenda balela, e uma visão distorcida e preconceituosa do processo de alianças, achar que houve compra de votos no Congresso. Quer dizer, poderia até haver compra de votos no Congresso, mas a prova disso não poderia ser o fato dos deputados votarem. Teria de haver provas testemunhais e documentais, ou seja, parlamentares afirmando que receberam para votar e áudios, vídeos e emails com envolvidos falando abertamente nisso.  E agora assistimos, estarrecidos, o relator do STF, Joaquim Barbosa, criminalizar os deputados porque fizeram aquilo para o qual foram eleitos: votaram! Esse é outro tema sobre o qual irei escrever esta semana.

Estamos numa democracia, e Paes pode ser criticado por qualquer coisa, mas é injusto  tentar jogá-lo contra o PT por causa de uma entrevista em que ele, mais do que muitos petistas, defende – com veemência – Lula e o PT.

Mais ainda, é hipocrisia usar isso como contraponto a seu adversário, Marcelo Freixo, visto que o PSOL se caracteriza como um dos partidos mais udenistas do espectro político, e está tendo orgasmos públicos com a condenação de petistas no STF.

Outro esclarecimento: uma amiga me abordou ontem dizendo que era um absurdo que “petistas” defendessem Eduardo Paes, referindo-se agressivamente à minha pessoa. Respondi que não sou do PT, nem de partido nenhum, e que quem defende Paes não sou eu, mas o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma. É incoerente defender Lula e negar esse fato, essencial para se entender a eleição no Rio. Com um detalhe: Paes foi o primeiro candidato escolhido por Lula para iniciar suas atividades de campanha no Brasil.

O PT integra a chapa do vice de Eduardo Paes, com um dos melhores quadros do Rio de Janeiro, o modesto e íntegro Adilson Pires, um petista com longa e respeitada trajetória como parlamentar na cidade, e que mesmo assim ainda mora numa favela.

O PT fluminense pode ser fraco, ou, como se diz nos botequins, com muita propriedade, uma “merda”. Há poucos quadros qualificados petistas no estado e na cidade. Mas é perfeitamente lógico, nas circunstâncias, que os petistas apóiem Eduardo Paes. O prefeito não é nenhum bicho-papão. Pode não ser um chavista ferrenho, não ter a tatuagem de Chê nas costas, mas também não é um traíra como Roberto Freire, nem um incompetente impopular como Kassab. Ele é leal à Lula e fez coisas suficientes para a cidade a ponto de receber a maior votação entre todos os prefeitos de capitais este ano.

Eu apoio Paes com tranquilidade. E não porque Lula e Dilma o apoiam, embora isso conte muito, claro. Não por questão partidária, embora eu seja defensor da lealdade de um militante ou filiado a seu partido. Eu apoio porque acho que ele foi um bom prefeito. Não sou só eu que acho: alguns eleitores do Freixo que comentaram neste blog também elogiaram a sua administração.

Acho que há muito oportunismo partidário com a questão das remoções. Remoção é uma coisa sempre dolorosa e polêmica, mas remover pagando indenização, transferindo para moradias melhores, é bem mais digno do que  incentivar  incêndios criminosos de favelas, como se faz em São Paulo, ou expulsar pessoas e levá-las para um abrigo infecto, como se fez em Pinheirinho. Não sou ingênuo, sei que há problemas. Mas não vale apenas entrevistar um morador reclamando. Também temos que ver o seguinte: tratava-se de área de risco? Se sim, a remoção foi importante para evitar tragédias. Houve indenização? Foi irrisória? Foi justa? Foi ridícula? Em vez de fazerem proselitismo em época de campanha, seria preciso que os movimentos civis organizassem as informações sobre os valores das indenizações, para que a sociedade carioca pudesse opinar com mais propriedade. O próprio Marcelo Freixo, que é deputado estadual do Rio de Janeiro, poderia ter liderado esse processo de esclarecimento.

As grandes cidades do mundo todas fizeram profundos reordenamentos sociais, que incluíram naturalmente o deslocamento de comunidades mal situadas geograficamente, seja por razões de riscos de acidente, seja por estarem no caminho de uma linha férrea ou de uma nova rua ou estrada, ou mesmo no lugar onde se deve construir um hospital ou escola.

Se um candidato diz simplesmente que “é contra a política de remoções”, ele está sendo demagogo e irresponsável. Em Niterói, por exemplo, houve uma tragédia na favela do Bumba, onde morreram 267 pessoas, porque não se praticou uma política responsável de transferência de moradores.

Por fim, e o mais importante: não vamos deixar que o udenismo, que também se manifesta na esquerda, através de um sectarismo apoplético e arrogante, criminalize a opinião política das pessoas, como alguns querem fazer. Apoiar Freixo virou cult, modinha, politicamente correto; e não apoiar se tornou motivo para ser apedrejado por esses novos donos da verdade.

Ontem, no Globo, o historiador Daniel Araão Reis, publicou mais um panfleto pró-Freixo. Francisco Bosco e Caetano Veloso recentemente também publicaram louvaminhas à Marcelo Freixo em suas colunas no Globo. É uma grande ironia que seja permitido a esses intelectuais que se manifestem a favor de Freixo no maior órgão de comunicação da cidade (e do Brasil), e as pessoas venham me xingar, ou fazer acusações maliciosas, porque eu expresse minha preferência por Eduardo Paes em meu blog pessoal! Eu sou apenas um humilde blogueiro, cuja opinião não impacta muito a sociedade. Se querem criticar alguém cuja opinião realmente influencia o Rio de Janeiro, por apoiar Paes, critiquem então Lula, Dilma, Jandira Feghali e Oscar Niemeyer!

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Anão Corcunda

27/09/2012 - 21h44

Olá Miguel,

sou leitor das antigas do Óleo do Diabo. Sempre gostei muito de lá e nesses dias resolvi fazer-lhe uma visita, quando lembrei que tuas forças estão muito mais voltadas para cá, e vim ler tuas coisas mais atuais.

Realmente a eleição deste ano na nossa cidade está sendo um capítulo à parte. O Freixo surgiu com uma força até certo ponto surpreendente, mobilizando muito uma juventude alienada “zona sul/lapa”, a “classe” “artística”, e mobilizou também uma grande parte da esquerda carioca, com alguma gente bacana aí incluída.

Tenho muitos grande amigos que estão apoiando o Freixo com várias ressalvas, a maior delas em relação à estupidez purista dos PSOListas. Mas, mesmo assim, acabaram entrando de cabeça na campanha, sem deixar de falar (em off, neste momento) das mazelas desse discurso moralista. Esse é um ponto que acho que devemos examinar com atenção: (eu acho que, não sei se você concorda) tem gente boa na campanha do Freixo (nenhum deles do PSol). Isso para não jogar fora o bebê junto com a água do banho.

Mas o mais importante é o seguinte: o Freixo me parece ser um bom candidato. Principalmente, porque ele toca em assuntos que quase nunca são abordados por político algum que tenha relevância na cidade. Há muito tempo eu não ouvia alguém falar com tanta repercussão sobre o domínio da Fetranspor na ALERJ, por exemplo. E ele tem falas bastante consistentes sobre esses e outros assuntos. Nesse ponto, ele parece ser um quadro muito diferenciado do restante do PSOL. E eu sinto que ele não é tão alinhado assim ao discurso da maioria do partido.

Você tocou num ponto importante ao lembrar do adesismo moralista de Caetanos da vida à candidatura dele e sua repercussão no Globo, mas acho que você esqueceu de uma coisa: esse jornal tem um alcance muito restrito. A entrevista do Freixo no RJTV não foi nada laudatória, muito pelo contrário, a âncora do programa queria avançar no pescoço dele (impossível não criar alguma simpatia por ele naquela hora). E acho que você também sente que a Globo tá com o Eduardo Paes, os artigos do Caetano e afins apenas fazem parte da reserva ecológica que eles mantém sob rédeas curtas.

Eu votei no Paes na eleição passada, por motivos quase idênticos aos que você expõe agora (pensando na política nacional, principalmente). Nesta eleição, por ter perdido o prazo de regularização do meu título, não vou poder votar. Mas acho que dificilmente eu votaria no Paes de novo (duas vezes é foda!!!). Talvez eu votasse no Freixo (sem nenhum entusiasmo, apenas porque gosto da figura dele), mas tenho absoluta certeza de que, se ele tivesse alguma chance de ser eleito, faria um governo desastroso por não ter qualquer margem de movimentação política dentro da assembléia.

Mas também não voto no Eduardo Paes porque não considero que ele tenha sido um bom prefeito. A parte da administração que conheço mais de perto é a educação (trabalho na secretaria) e acho que é uma administração muito desastrosa. Não se liga muito nesse IDEB não, porque quando a gente vê de perto como ele é medido, é de aterrorizar. A política de educação pública tem sido orientada para dar conta desses números da maneira mais arbitrária possível, sem qualquer preocupação com qualidade. Qualquer dia desses podemos sentar num bar e te conto com mais calma minhas experiências na área.

Concordo em parte contigo sobre a questão das remoções. Também acho que o esquerdismo está tomando “remoção” num sentido abstrato demais e isso é uma merda. Mas conheço também de perto alguns detalhes sobre a política de remoções do Eduardo Paes e sei de muita truculência, violência, barbaridades, coisas extremamente escandalosas que nossa mídia, é claro, não dá a menor notícia. Detalhe sórdido: a Sec. de Habitação é do PT (Bittar). Esse assunto é pra ser tratado com muita calma e é preciso que haja uma comunicação eficaz dentro da esquerda pra que a discussão não se perca, mas é o que vem acontecendo, em parte porque o esquerdismo tem essa mania chata de ficar levantando bandeiras e gritos de guerra como se fosse torcida organizada de futebol.

Fora isso, acho que o Rio tá passando por várias degradações de um crescimento totalmente baratinado e insano, mas que gera muitas ilusões. Isso não é culpa do Paes simplesmente, é um fenômeno nacional recente, mas o Paes é representante ferrenho desse movimento e passa longe de propor qualquer contraponto. A degradação rodoviária do Rio de Janeiro inteiro é inquestionável e se agrava a cada dia sem qualquer perspectiva de solução significativa. A questão do lixo piora consideravelmente nos bairros mais pobres. A cidade tá deixando cada vez mais de dar conta de si mesma e acaba sobrecarregando também a periferia vizinha. Mas tem mais emprego na cidade e no país e isso é o que vem na frente: dinheiro no bolso. Isso é bom, mas dinheiro tem seu preço, não esqueçamos, a conta pode ser muito cara dentro de um futuro bem próximo…

Acho que vou ficar por aqui agora. Aquele abraço!

    Miguel do Rosário

    27/09/2012 - 21h58

    Valeu Anão, você é um leitor inesquecível do Óleo. Bom te ver por aqui. Concordo com algumas coisas que você diz. Mas um dia desses, vou combinar uma cervejada no Parque Madureira, para a gente conversar melhor sobre o Rio de Janeiro. Abs!

      Anão Corcunda

      27/09/2012 - 22h55

      Beleza, avisa por email que eu vou sim! Abs!

Alexandre Vasilenskas

19/09/2012 - 23h09

Ainda com dificuldades de apoiar um mafioso neoliberal e passar como “blogueiro de esquerda”? Lula meu caro também apoiou Sarney no Maranhão e acharia indigno (talvez você não) alguém de um partido remotamente de esquerda apoiar aquela oligarquia por isso. Paes fez um governo de direita clara em todas as questões… só que é apoiado pela mídia, está cheio de dinheiro federal ( que é distribuido entre as OSs, Fetranspor e Delta) e não tem a oposição formal do PT… ACM, Maluf e Serra também já tiveram governo “populares” e nem por isso a esquerda deixou de lutar contra eles.

    Rodrigo

    20/09/2012 - 01h08

    E as creches que ele fez?

    Miguel do Rosário

    20/09/2012 - 01h20

    Alexandre, não pretendo tentar te convencer porque sei que você é um dos comentaristas mais agressivos em relação a este tema. Mas, enfim, por amor ao debate, vamos lá.

    Comparar Sarney com Paes é absurdo. Sarney é um dos caras mais ricos do Maranhão, donos de meios de comunicação, e patriarca de um clã, com afilhados, filhos, dominando todo o Estado. Paes não tem recursos financeiros, não tem família poderosa, nem meios de comunicação.

    E até agora, no Globo, só vi colunas de apoio ao Freixo.

    Não acho que ele fez um governo de direita. Ao contrário, acho que fez uma gestão progressista, com criação de muitas creches, construção de 5 hospitais, melhorou muito a educação pública na cidade.

    Não concordo com a questão de OS, mas as Clínicas de Família são boas, e a expansão delas promete trazer ótimos resultados.

    Paes instituiu a meia passagem para estudante universitário prounista e cotista, e criou uma bolsa complementar ao bolsa família. O Minha Casa Minha Vida foi muito expandido na cidade, e a prefeitura fez parcerias para investir R$ 230 milhões num projeto de saneamento básico em Santa Cruz. E R$ 3 bilhões para reformas estruturas nas grandes favelas cariocas.

    Este ano, por iniciativa da prefeitura, pela primeira vez, o Festival do Rio de cinema terá abertura no reformado (pela prefeitura) Imperator, na zona norte. E haverá exibições de filmes em vários cinemas do subúrbio.

    Acho que Paes fez uma gestão bastante progressista e por isso vou votar nele e você pode espumar de ódio à vontade.

    Não tenho obrigação nenhuma a provar que sou blogueiro de esquerda para a turminha do leblon. Não sou esquerdista. Apóio iniciativas e políticas públicas que melhorem a vida do trabalhador e do pobre.

    Cordialmente.

      Alexandre Vasilenskas

      20/09/2012 - 13h18

      Ao contrário de você eu trabalho na Zona Oeste já faz alguns anos e agora estou especificamente em Santa Cruz. Sei o que representa o controle paramilitar das milícias na região, umbilicalmente ligada ao grupo político de Paes.
      E sei a situação de colapso da saúde pública que o marginal que você apoia produziu.. Somos o campeão hoje em casos de tuberculose e somos a única capital do país com epidemia de dengue… Isso dobrando o orçamento da saúde! Mas a grana vai toda para as OS’s boa parte delas importadas diretamente da tucanolandia de São Paulo. Quanto a educação.. basta conferir nosso IDEB e a entrega da gestão do setor a fundação Ayrton Senna pela Sra. Claúdia Costim membro do Instituto de ultra-direita Millenium mantida pela editora Abril e pelo grupo Globo.
      Com relação ao apoio da mídia basta ver as ultimas entrevistas de Freixo e a forma como costuma ser tratado pela grande imprensa ao contrário do tucano apoiado pelo petismo: vulgo Dudu Milícia.
      E tem mais.. moro na zona norte. Vá arrumar outro espantalho para se defender o bandido das milícias.

        Miguel do Rosário

        20/09/2012 - 13h22

        O Rio melhorou sensivelmente nas notas do Ideb e Santa Cruz vota em peso em Eduardo Paes. A história de controle pelas milícias é exagero. A milícia controla alguns guetos, não uma região inteira da cidade. Santa Cruz votou em Lula, Dilma e Jandira, assim como vota em Paes, enquanto a mesma zona sul que hoje vota em Freixo é a mesma que votou em César Maia, Alckmin e Serra.

        Chamar Paes de bandido das milícias é inominável baixaria, e um crime de difamação. Cuidado com a linguagem porque senão não vou sequer poder publicar seus comentários aqui, porque senão eu mesmo vou pagar pela sua leviandade, já que os tribunais punem os blogueiros pelos comentários.

        Miguel do Rosário

        20/09/2012 - 13h27

        Ideb 2011: entre as capitais, Rio avança no ensino fundamental

        A educação no município do Rio de Janeiro avançou nos dois últimos anos. Dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2011, divulgado nesta terça-feira pelo Ministério da Educação (MEC), mostra que, entre as capitais do país, o Rio subiu uma posição nos anos iniciais do ensino fundamental. O Ideb aumentou de 5,1, em 2009, para 5,4. Já nos anos finais, a melhora foi de cinco posições e a nota subiu de 3,6 para 4,4. Nas duas classificações a cidade está atrás de cinco capitais.

        http://oglobo.globo.com/educacao/ideb-2011-entre-as-capitais-rio-avanca-no-ensino-fundamental-5790487

          Alexandre Vasilenskas

          20/09/2012 - 13h49

          Sujeito arruma desculpa melhor para me expulsar.. porque a coligação do Dudu Milícia está infestada de milicianos e há vídeos do meliante apoiando o crime organizado na cidade (“por trazer tranquilidade à população). Quer dizer que o Rio subiu uma posição depois de oito anos de aprovação automática? (feito pelo criador político do Dudu Milícia). Grande feito do Instituto Millenium.. o próximo secretário pode ser o Merval Pereira outro expoente da organização que comanda a secretaria de educação do Rio. Pelo menos podemos nos orgulhar de sermos a única capital do país com epidemia de Dengue.. Graças ao nosso alcaíde o glorioso Dudu das Milícias!

          Miguel do Rosário

          20/09/2012 - 14h14

          Ok, sujeito. Ocorre que milicianos infestam, ao que parece, não só a coligação do “Dudu”. Há Bergs por toda parte, rs.

          Alexandre Vasilenskas

          20/09/2012 - 14h17

          E depois vem se queixar das organizações Globo… coisa feia! O partido detecta um sujeito que não é miliciano mas tem ligações políticas com um e o expulsa rapidamente. O outro tem dezenas na coligação que continuam lá.. e tem vídeos onde defende o fenômeno. Além do apoio político dos criminosos a sua candidatura… Tudo a mesma coisa.

          Miguel do Rosário

          20/09/2012 - 16h46

          Berg não está expulso ainda. E poderá de qualquer forma se eleger como avulso. Ou seja, se ele for miliciano, e se eleger, Freixo terá ajudado a colocar um miliciano (ou laranja de miliciano) na Câmara de Vereadores.

          Alexandre Vasilenskas

          20/09/2012 - 16h48

          não tente usar a cortina de fumaça criada pelas organizações Globo para igualar Freixo ao marginal que você defende. Berg só não foi expulso ainda por questões burocráticas.Bem diferente dos milicianos a soldo do Dudu das Milíicas…

          Miguel do Rosário

          20/09/2012 - 17h02

          Não defendo nenhum marginal. Aprenda a discutir política de maneira educada. Berg está aí, bem na sua cara, um grande Berg gigante para mostrar a vossa hipocrisia e udenismo ilimitados! Você não é o Alexandre das Milícias, de Santa Cruz? Acusar é fácil, né.

pedro cavalcante

19/09/2012 - 20h38

cunhado to contigo
tu ta certo

cë és uma puta revelaçao!

Verinha

19/09/2012 - 18h51

Seu texto como sempre é muito bom. Faz tempo que visito seu blog todos os dias e sempre tenho algo a aprender. Obrigada por tamanha dedicação. Continue seguindo essa trilha, por favor. Nâo dê muita bola para essa moçada direitosa que acha que descobriu a política. Ela só sabe gritar para tentar intimidar os adversários. Mas não passa disso. Pessoas como você é que fazem a diferença. Parabéns pela coragem e pela honestidade!

    Márccio Campos

    19/09/2012 - 20h30

    Verinha, queria ter a tua calma!! pra afirmar que “essa moçada direitosa que acha que descobriu a política só sabe gritar para tentar intimidar os adversários”… estas “crianças” (e outros desvairados do oder) cerram filas com torturadores assassinos, que nos subjugam há 512 anos; e que não hesitariam em massacrar (quem quer que seja!) a multidão que seja a lhes impedir a realização de seu horroroso poder…

    leia: http://www.blogdacidadania.com.br/2012/09/meu-nome-tambem-e-lula/

    e se prepare para o combate; pois ele virá!

    Miguel, mais uma vez parabéns pelo frescor e visão das idéias: um craque!!! (e ainda tens que aturar “papo” do escroto careca do chapéu e comentários yupies de velhos baianos… haja saco de filó!!!…

    abraço!

    Márccio LULA Campos
    rio de janeiro 2016
    maravilharemos o mundo!!!

    Márccio Campos

    19/09/2012 - 20h37

    em tempo, Verinha!!!!

    perceba a dureza de que lhe falei acima:

    http://revistaforum.com.br/blogdorovai/2012/09/16/maria-rita-kehl-alckmin-usa-a-mesma-retorica-dos-matadores-da-ditadura/

    …”e o melhor lugar do mundo é aqui! e agora?”…

    sds,

    Márccio LULA Campos
    rio de janeiro

@DarioAlok

19/09/2012 - 16h52

de fato… é diferente do que foi divulgado.. RT @migueldorosario: Esclarecimentos sobre as eleições no Rio http://t.co/7Hz3f4V3

@reinaldoazeverd

19/09/2012 - 16h10

“@migueldorosario: Esclarecimentos sobre as eleições no Rio http://t.co/v2toC62f” | #OBomDebate

@Tekatete

19/09/2012 - 16h06

Esclarecimentos sobre as eleições no Rio – http://t.co/Ghmh5icK

migueldorosario (@migueldorosario)

19/09/2012 - 16h01

Esclarecimentos sobre as eleições no Rio http://t.co/kIa1z1qB


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