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O Datafolha acaba de divulgar a íntegra de seu relatório sobre as eleições em São Paulo. Neste post, fazemos uma análise detalhada e editamos e simplificamos alguns gráficos.
Essa é a última pesquisa antes da propaganda eleitoral, depois do que, segundo a totalidade dos analistas, a correlação de forças deve mudar completamente em São Paulo.
Ao cabo, Serra e Haddad ficaram com o mesmo tempo de TV: 7 minutos e 39 segundos, com 15 inserções diárias cada um.
Mauro Paulino, diretor do Datafolha, elenca alguns fatores que explicam o baixo desempenho de Fernando Haddad, candidato do PT, e que, ao mesmo tempo, sinalizam potencial de crescimento de sua candidatura:
- Boa parte dos eleitores ainda não conhece Haddad.
- Entre os que conhecem Haddad, sua intenção de voto cresce para 20%, mesma de Russomano; tucano aparece aí com 27%.
- Entre os que não conhecem Haddad, estão os com menos renda e escolaridade, mas que afirmam que pretendem acompanhar o horário eleitoral. A força de Lula deve fazer diferença nesse segmento, tanto por Lula como pela rejeição à Serra.
Vamos às tabelas e gráficos da pesquisa. Para os não assinantes, adianto apenas que a rejeição à Serra entre os jovens, beira os 50%. Para ser preciso, ficou em 47% entre jovens até 24 anos.
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Uma das “leis” de pesquisa eleitoral que eu descobri, na prática, é que o voto masculino antecipa a votação geral. A mulher demora um pouco mais a escolher seu candidato, mas a tendência é seguir o voto de sua categoria sócio-econômica, de maneira que o seu voto acaba se ajustando ao que o voto masculino já sinalizava.
Claro que tudo vai mudar a partir da propaganda na TV, e a mudança irá beneficiar, naturalmente, que possui mais tempo disponível, ou seja, Serra e Haddad. Como Serra já é amplamente conhecido, imagina-se que sua candidatura tenha atingido um teto eleitoral.
A novidade é Fernando Haddad, que será apresentado, pela primeira vez, a um grande contingente populacional, sobretudo as faixas mais pobres da sociedade paulistana.
Entre os homens, Serra amarga um segundo lugar com 24%, contra 32% de Russomano. Haddad tem 11%.
Na tabela acima, vemos um corte classista muito forte. O eixo do eleitorado serrista gira em torno dos mais ricos, onde ele dispõe de 42% das intenções de voto.
A tabela abaixo, de rejeição, traz números impressionantes.
A rejeição de Serra está se tornando o fator mais importante na eleição de São Paulo. Entre homens (que antecipam, como já expliquei, a votação geral), sua rejeição atingiu 41%. Entre jovens até 24 anos, ela bate em incríveis 47%. Já entre aqueles com entre 25 a 34 anos, a rejeição ao tucano ficou em 44%.
Quem salva Serra são os eleitores com mais de 60 anos, onde sua rejeição cai para 26%.
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Mauricio
23/08/2012 - 09h42
E olha que o Paulo Preto ainda nem falou na CPMI… O Serra largou o companheiro ferido na estrada em 2010 e agora vai levar o troco. Serra tá mesmo é lascado.
Elson
22/08/2012 - 06h14
Caro Miguelito, as eleições são uma caixinha de surpresas, agora é que o bicho vai pegar. Quem não se lembra do “poste”, que foi candidata em 2010 e, os gurus da ciência política diziam que não atingiria os 10 °/° de votos? Pois é, foi eleita presidenta.
É impressionante como a juventude se antipatiza com o Serra, isso é efeito da novas mídias, os jovens tem acesso as informações que seus pais desconhecem, como as pilantragens da direita demotucana e sua mídia. Eu ainda me lembro bem daquele tempo, quando o FMI vinha ao Brasil nos dizer oque deveríamos fazer, como nos sentíamos uma nação fadada ao fracasso, como éramos estimulados a aceitar uma vida medíocre. O Brasil mudou e a senzala percebeu isso, e quando os jovens olham para o Serra, eles vêem o retrocesso.